sexta-feira, 31 de julho de 2009

Hino de Gibraltar

Hino do País de Gales



e alfabeto Galês...

Hino das Ilhas Faröe

Hino do povo Saami

Hino nacional da Ilha do homem

Hino do País Vasco e da Catalunha

País Vasco


Catalunha

HIno do Império Russo

hino da Bielo-Rússia atual

RUSSADIAN

Até hoje não entendi muito bem o que é isso, se se trata de uma proposta de união entre a Rússia e o Canadá ou o que ? Enfim, tem hino e tudo mais.

Hino da Cana-Rússia ou Rússia-nadá

HINO DO CANADÁ RUSSO OU DA RÚSSIA CANADENSE

hino da Bielo-Rússia soviética

MUITO BELO

God save the Tsar (Deus salve o Czar)Rússia

Hino proposto para a Rússia

HINO DA FEDERAÇÃO DOS PLANETAS

Que merda é essa?

NATIONAL ANTHEM OF ÅLAND



MUITO BONITO.PESQUISAR MAIS.

Hino das Nações Unidas

HINO DA MACEDÔNIA

Hino da Estônia



OUVIR ESTE COM MAIOR ATENÇÂO.SERIA INSPIRADO EM ALGUM OUTRO HINO???

http://www.national-anthems.net/images/hymny/en-hymn.gif
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MP3 para Download
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Hino nacional de Luxemburgo

HINO DA FINLÂNDIA

HINNO DE ISRAEL

Hino da Groenlândia

Hino real da Dinamarca

Hino do Japão

Hino da Dinamarca

Hino da Noruega

Hino da Suécia

Hinos da Checoslováquia,República Checa e Eslováquia

HINO DA EXTINTA CHECOSLOVÁQUIA



HINO DA ESLOVÀQUIA



Hino da República Checa

A Internacional Comunista

http://rapidlibrary.com/index.php?q=hino+da+internacional+comunista

http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Internacional

A Internacional

De pé, ó vitimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da idéia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra

Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos neste mundo
Sejamos tudo, ó produtores

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Senhores, patrões, chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum

Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Crime de rico a lei cobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido

À opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha

Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ela o restitua
O povo só quer o que é seu

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Nós fomos de fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos, trabalhadores

Se a raça vil, cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verás que as nossas balas
São para os nossos generais

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a Terra aos produtivos
Ó parasitas deixai o mundo

Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional



Hino da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

Hino da França ocupada durante a segunda guerra

Bayernhymne {hino da Bavária}

Quincy Choral Society, Olympic Hymn

Hino da OTAN

Organização para o tratado do Atlântico Norte
http://www.youtube.com/watch?v=8IZgVxBaU_g
(Ele não pode ser incorporado mediante solicitação.HAJA)

HIno do Império Iraniano

قو می و اها نت به قو مها -تا ریخسازی-درو غ-تظا هر -تجا وز -حقه بازی-ا جنبی پر ستی و خیا
نت به ایر ان

تحفه 2500 سا ل فر هنگ شا هنشا هی=فحا شی -خدمت ر جو یت+پهلویت+بها ئیت به صد ا م و سعودی و ایجا د جنگ
جاوید ایران.
سگ شاشید به روح محمد، خمینی و جمهوری اسلامی
ISSO ESTAVA ESCRITO NOS COMENTÁRIOS DO VÍDEO,VAI SABER O QUE SIGNIFICA...

este hino realmente vale a pena escutar...

NATIONAL ANTHEM OF EAST GERMANY

I WISH I WAS IN DIXIE LAND

U S A MILITARY MARCH TAPS ON TRUMPET (DEDICATED TO FAT JOE)

NATIONAL ANTHEM OF KINGDOM OF PRUSSIA

ANTHEM OF NAZI GERMANY

A execução no Brasil deste hino é crime.


NATIONAL ANTHEM OF CONFEDERATE STATES

Hail Columbia{Primeiro hino dos USA}

Yankee Doodle (Dandy)

Vintage Audio: It's a Long Way to Tipperary

Vintage Audio: It's a Long Way to Tipperary

It's a Long Way to Tipperary

Up to mighty London came
An Irish lad one day,
All the streets were paved with gold,
So everyone was gay!
Singing songs of Piccadilly,
Strand, and Leicester Square,
'Til Paddy got excited and
He shouted to them there:

It's a long way to Tipperary,
It's a long way to go.
It's a long way to Tipperary
To the sweetest girl I know!
Goodbye Piccadilly,
Farewell Leicester Square!
It's a long long way to Tipperary,
But my heart's right there.

Paddy wrote a letter
To his Irish Molly O',
Saying, "Should you not receive it,
Write and let me know!
If I make mistakes in "spelling",
Molly dear", said he,
"Remember it's the pen, that's bad,
Don't lay the blame on me".

It's a long way to Tipperary,
It's a long way to go.
It's a long way to Tipperary
To the sweetest girl I know!
Goodbye Piccadilly,
Farewell Leicester Square,
It's a long long way to Tipperary,
But my heart's right there.

Molly wrote a neat reply
To Irish Paddy O',
Saying, "Mike Maloney wants
To marry me, and so
Leave the Strand and Piccadilly,
Or you'll be to blame,
For love has fairly drove me silly,
Hoping you're the same!"

It's a long way to Tipperary,
It's a long way to go.
It's a long way to Tipperary
To the sweetest girl I know!
Goodbye Piccadilly,
Farewell Leicester Square,
It's a long long way to Tipperary,
But my heart's right there.

Extra wartime verse

That's the wrong way to tickle Mary,
That's the wrong way to kiss!
Don't you know that over here, lad,
They like it best like this!
Hooray pour le Francais!
Farewell, Angleterre!
We didn't know the way to tickle Mary,
But we learned how, over there!

http://www.firstworldwar.com/audio/itsalongwaytotipperary.htm

Oh Susana



I come from Alabama
With my banjo on my knee
I'm going to Louisiana,
My true love for to see

It rained all night
The day I left
The weather it was dry
The sun so hot,
I froze to death
Susanna, don't you cry

Oh, Susanna,
Oh don't you cry for me
For I come from Alabama
With my banjo on my knee

I had a dream the other night
When everything was still
I thought I saw Susanna
A-coming down the hill

The buckwheat cake
Was in her mouth
The tear was
In her eye
Says I, I'm coming from the south
Susanna, don't you cry

Oh, Susanna,
Oh don't you cry for me
For I come from Alabama
With my banjo on my knee

folks americanos e celtas

http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_celta

http://pt.wikipedia.org/wiki/Folk_rock

http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_dos_Estados_Unidos_da_Am%C3%A9rica

Viva a crítica liberal

Demétrio Magnoli
A revogação da Lei dos Cereais (1846), dos Atos de Navegação (1849), dos Atos do Açúcar (1852) e do sistema de proteção fiscal, no orçamento de Gladstone (1860), assinalaram a vitória do programa liberal na Grã-Bretanha. Durante o meio século seguinte, até a guerra mundial, apagou-se lentamente a memória dos “famélicos anos quarenta”, o tempo da grande fome irlandesa e dos altos preços do pão no conjunto das Ilhas Britânicas.
O fim do protecionismo assegurou uma elevação continuada dos níveis de consumo da população e consolidou a liderança britânica no comércio e nas finanças internacionais. Liberdade econômica converteu-se, na imaginação das pessoas, em um equivalente de libertação do desemprego, das incertezas e da carestia. Mais além da esfera material, tornou-se um equivalente de liberdades constitucionais, no reino e nas colônias, e de um governo limitado por instituições políticas responsáveis. O poder magnético do pensamento liberal não se dissociará, jamais, da curta era de ouro encerrada pelas catástrofes que pontuaram quase toda a primeira metade do século XX.
Contudo, e ao contrário do que diz uma lenda da qual emanou o termo “neoliberalismo”, os liberais nunca mais, em nenhum lugar relevante, conseguiram empalmar o poder e aplicar seu programa original. O Estado liberal, plenamente delineado na Grã-Bretanha daqueles tempos gloriosos, não ultrapassou o estágio embrionário na Europa continental – e não teve tempo para deitar raízes profundas nos EUA. Sob o impacto das lutas sociais, da Grande Depressão e das guerras devastadoras, emergiu a democracia de massas do segundo pós-guerra, que tem um componente antiliberal irrevogável.
Nos anos 20, os gastos públicos sociais nos EUA não alcançavam 5% do PIB. Depois, com o New Deal e as décadas de expansão econômica do pós-guerra, criou-se o Welfare State e os gastos sociais cresceram até perto da linha de 20% do PIB. Ao contrário das percepções populares associadas ao mito do neoliberalismo, o Welfare State sobreviveu aos golpes hayekianos de Ronald Reagan, que apenas estabilizaram temporariamente as despesas públicas com pensões, educação, saúde e welfare. Hoje, tais despesas ultrapassam os 20% do PIB – e isso nos EUA, pois na Europa atingem patamares superiores a um terço do PIB.
O liberalismo original existiu, brevemente, no ambiente formado pela democracia restrita. A extensão do direito de voto a todos os adultos, homens e mulheres, proprietários e despossuídos, constituiu o arcabouço político para o Welfare State, que é a componente antiliberal da democracia de massas. Não há volta nessa trajetória: é impossível recolocar o gênio dentro da garrafa. A primavera liberal é, agora, um capítulo nos livros de história e os liberais estão condenados a figurarem como facção minoritária na cena política contemporânea. Mas essa minoria desempenha uma função crucial – e insubstituível – de resistência contra a perene ameaça às liberdades que pode ser expressa pela metáfora do Leviatã.
Liberdade e igualdade formam os dois princípios da modernidade. Eles se completam num jogo de tensão e oposição. O partido da liberdade é a corrente liberal, que enxerga no Estado a fonte da opressão. O partido da igualdade é a corrente social-democrata, que enxerga no mercado a fonte da injustiça. A queda do Muro de Berlim representou o triunfo histórico de um sistema que abrange as duas correntes, os dois partidos e os dois princípios. O totalitarismo comunista, uma perversão sangrenta do princípio da igualdade, não foi derrotado pelos liberais sozinhos, mas por um sistema complexo de instituições políticas e econômicas que oscila sem cessar entre os cantos sedutores do mercado que enriquece e do Estado que protege. Os berlinenses que atravessaram a barreira no 9 de novembro de 1989, encerrando com aquele gesto a aventura do totalitarismo, queriam os dois: oportunidades e segurança.
No mundo de hoje, um liberalismo tout court só poderia ser aplicado pelo cancelamento dos direitos políticos da maioria da população. Só por essa via extrema seria possível reverter a trajetória que produziu o Welfare State, com sua vasta rede de proteções sociais. Um experimento desse gênero foi tentado no Iraque sob ocupação americana, mas não é nem sequer uma hipótese plausível nas democracias ocidentais ou nas economias emergentes.
Simetricamente, o programa tradicional da social-democracia, com suas abrangentes estatizações, não tem chance de conquistar um eleitorado que aprendeu a apreciar as vantagens proporcionadas pela dinâmica do mercado. A derradeira tentativa nessa direção, representada pelos turbulentos anos inaugurais do governo Miterrand na França, fracassou estrepitosamente. A ascensão simultânea de Thatcher, na Grã-Bretanha, e Reagan, nos EUA, foi o dobre de finados dos social-democratas estatistas. Tony Blair e Bill Clinton aprenderam a lição – e só por isso chegaram ao poder. A crise atual da centro-esquerda do Velho Mundo, tão nítida nas recentes eleições para o Parlamento Europeu, continua a refletir os impactos ideológicos da “revolução hayekiana” da década de 80.
O “socialismo real” deixou a cena, para sempre. Os partidos que o defendiam não apenas baixaram suas bandeiras como mudaram seus nomes, a fim de passar uma borracha sobre o seu próprio passado. Não há triunfo maior que esse: a conversão do adversário. Mas, duas décadas depois, como prova de que a história não tem fim, emerge uma nova alternativa à economia de mercado. O nome dela é capitalismo de estado. China, Rússia e, aqui perto, Venezuela funcionam como modelos da alternativa, que levanta a cabeça um pouco por toda parte, sob o estímulo adicional oferecido pelo colapso financeiro iniciado com a queda do Lehman Brothers.
Referindo-se, no calor dos acontecimentos, às revoluções democráticas de 1989, Timothy Garton Ash escreveu: “Karl Marx jogou com a ambiguidade da expressão alemã burgeliche Gesellschaft, que tanto podia ser traduzida como sociedade civil quanto como sociedade burguesa. Marx (…) nivelou deliberadamente as duas ‘cidades’ da modernidade, os frutos da Revolução Industrial e Francesa, o burguês e o cidadão. (…) o que a maior parte dos movimentos de oposição por toda a Europa central e grande parte do povo que os apóia está realmente dizendo é: Sim, Marx tem razão, as duas coisas estão intimamente ligadas – e nós queremos as duas! Direitos civis e direitos de propriedade, liberdade econômica e liberdade política (…) cada um desses termos apóia o outro.” O capitalismo de estado, como antes dele o “socialismo real”, é a negação da vontade política que fez 1989.
Os liberais não empalmarão o poder, ao menos sozinhos, e não restaurarão o mundo de Gladstone. Mas a crítica liberal dirigida contra o Leviatã é mais atual e necessária do que nunca.
http://www.imil.org.br/artigos/viva-a-critica-liberal/

Stallone está certo

RockyA declaração do ator de "Rambo" é a coisa mais verdadeira que alguém disse sobre o Brasil nos últimos anos: este é um país de covardes, que preferem antes bajular os seus agressores do que tomar uma providência para detê-los.

A mídia inteira está brabíssima com o ator Sylvester Stallone porque ele disse que no Brasil você pode explodir o país e as pessoas ainda lhe agradecem, dando-lhe de quebra um macaco de presente. Alguns enfezados chegaram até a resmungar que com isso o ator estava nos chamando de macacos - evidenciando claramente que não sentem a diferença entre dar um macaco e ser um macaco.
Da minha parte, garanto que Stallone só pecou por eufemismo. Macaco? Por que só macaco? Exploda o País e os brasileiros lhe dão macaco, tatu, capivara, onça pintada, arara, cacatua, colibri, a fauna nacional inteira, mais um vale-transporte, uma quota no Fome Zero, assistência médica de graça, um ingresso para o próximo show do Caetano Veloso e um pacote de ações da Bolsa de Valores. Exploda o País como o fazem as Farc, treinando assassinos para dizimar a população, e o governo lhe dá cidadania brasileira, emprego público para a sua mulher e imunidade contra investigações constrangedoras. Sequestre um brasileiro rico e cinco minutos depois os outros ricos estão nas ruas clamando pela libertação - não do sequestrado, mas do sequestrador (passado algum tempo, o próprio sequestrado convida você para um jantar na mansão dele). Crie uma gigantesca organização clandestina, armando com partidos legais uma rede de proteção para organizações criminosas, e a grande mídia lhe dará todas as garantias de discrição e silêncio para que o excelente negócio possa progredir em paz; sobretudo, ninguém, ninguém jamais perguntará quem paga a brincadeira. Tire do lixo o cadáver do comunismo, dando-lhe nova vida em escala continental, e os capitalistas o encherão de dinheiro e até se inscreverão no seu partido, alardeando que você mudou e agora é neoliberal. Crie a maior dívida interna de todos os tempos, e seus próprios credores serão os primeiros a dizer que você restaurou a economia nacional. Encha de dinheiro os invasores de terras, para que eles possam invadir mais terras ainda, e até os donos de terras o aplaudirão porque você "conteve a sanha dos radicais". Mande abortar milhões de bebês, e os próprios bispos católicos taparão a boca de quem fale mal de você. Mande seu partido acusar as Forças Armadas de todos os crimes possíveis e imagináveis, e os oficiais militares, além de condecorar você, sua esposa e todos os seus cupinchas, ainda votarão em você nas eleições presidenciais. Destrua a carreira de um presidente "direitista" e alguns anos depois ele estará trocando beijinhos com você e cavando votos para a sua candidata comunista no interior de Alagoas.
Um macaco? Um desprezível macaquinho? Que é isso, Stallone? Você não sabe de quanta gratidão, de quanta generosidade o brasileiro é capaz, quando você bate nele para valer.
Fora essa ressalva quantitativa, no entanto, a declaração do ator de "Rambo" é a coisa mais verdadeira que alguém disse sobre o Brasil nos últimos anos: este é um país de covardes, que preferem antes bajular os seus agressores do que tomar uma providência para detê-los.
O clássico estudo de Paulo Mercadante, A Consciência Conservadora no Brasil, já expunha a tendência crônica das nossas classes altas, de tudo resolver pela conciliação. Mas a conciliação, quando ultrapassa os limites da razoabilidade e da decência, chega àquele extremo de puxa-saquismo masoquista em que o sujeito se mata só para agradar a quem quer matá-lo.
Curiosamente, muitos dos que se entregam a essa conduta abjeta alegam que o fazem por esperteza, citando a regra de Maquiavel: se você não pode vencer o adversário, deve aderir ao partido dele. Esses cretinos não sabem que, em política prática, Maquiavel foi um pobre coitado, que sempre apostou no lado perdedor e terminou muito mal. A pose de malícia esconde, muitas vezes, uma ingenuidade patética.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A História Oral - Fatos de 1924.

A História Oral - Fatos de 1924.

”Revista da Semana”, um dos veículos que cobriu
o conflito no momento.
Saques em 1924
Revista da Semana - fuga da população
Êxodo da população duarante o conflito:
não de só meu avô.
Revista da Semana - bombardeio
Incêndios na cidade.

Existem histórias que podem ser contadas como sempre se fez desde o início da humanidade: histórias que foram ouvidas e repassadas à frente sem que nenhum escrito mais “confiável” tenha sido pesquisado, sem que nenhum dado oficial tenha sido catado, mais na confiança da idoneidade dos que contaram, e muito mais fielmente ao modo inicial da construção de nossa memória (desde tempos imemoriais). Quando criança, ouvi diversas vezes de minha mãe uma história que ela não sabia se era fruto de um devaneio infantil ou de imaginação demais: dizia que morava no bairro do Tatuapé (cidade de São Paulo), que deveria ter uns 3, 4 ou 5 anos quando bombas começaram a passar por cima de sua casa (“uma revolução, dizia”) de maneira tão perigosa e constante que seu pai (meu avô, portanto) agarrando poucas coisinhas, filhos e esposa se mandou para um refúgio longe de um “conflito inimaginável no nosso país” (pensava eu, cada vez que ela contava o caso). O refúgio oferecido e aceito ficava na distante Santo Amaro (uma cidade ainda, então, antes de virar um bairro “quase central” da capital paulista), num convento de freiras francesas. O que realmente sempre me instigou nesse relato repetido algumas vezes era sob qual conflito teria ocorrido tal situação.

Calculava épocas e o tempo que minha mãe morou no Brasil antes da volta de avô e cia para o Líbano (vale lembrar que o pai de minha mãe veio ao Brasil numa das primeiras levas de imigrantes libaneses, que aportaram em grande quantidade, bem no início mesmo do século XX, na Bahia, Ilhéus, por conta do progresso local relacionado ao cacau. Vale lembrar que os dois irmãos mais velhos de minha mãe nasceram na Bahia mesmo, e que ela e mais uma irmã um pouco mais nova nasceram em São Paulo) - quando ela deveria estar com uns 6 anos de idade -, e cheguei à conclusão que tudo realmente foi fato verídico durante a revolução de 1924, quando ela estava com 3 anos.

Fato histórico real: chamada de “Revolta Paulista” ou “Revolução Esquecida”, ou ainda de “Revolução do Isidoro”, foi a segunda revolta tenentista ocorrida nos anos 1920 – sendo que a primeira e mais famosa foi a “Revolta dos 18 do Forte de Copacabana” (1922) -, geradas por jovens oficiais do exército contra o voto de cabresto e a favor do voto secreto. Alguns nomes que ouvimos hoje por aqui – alguns como designação de ruas, avenidas ou praças – surgiram nesse conflito: Isidoro Dias Lopes foi um superior que comandou os jovens militares insubordinados ao governo central, entre eles, Joaquim Távora e Índio do Brasil. As bombas que passavam por sobre o bairro do Tatuapé – zona leste da cidade – tinham origem nas tropas federais que, vindas da capital do país, o Rio de Janeiro, então, se aquartelaram no bairro da Penha (bairro vizinho do outro), como o primeiro ponto urbano onde desembocava o caminho do Rio; tais bombas tinham como destino o quartel central da Luz (Quartel da Força Pública), a sede do governo, no vizinho bairro dos Campos Elíseos, e os baiiros operários da Zona Leste (Belém, Brás Moóca).

A curiosidade que me causava um relato de bombas - vindo da boca de minha mãe, em plena cidade de São Paulo -, depois de apaziguada pelas pesquisas e cálculos que fiz, ganhou cara de espanto total quando das minhas visitas (já em época de faculdade) à casa de um vizinho (“seo” Domingos Cipullo) que veio a tornar-se meu guru intelectual. As tardes regadas a café e com bolo de fubá na casa dele e de suas irmãs renderiam muitas histórias pitorescas (talvez volte a elas), mas o espanto que cito acima – relacionado também a 1924 – surgiu quando soube, por ele, da existência de um pequeno zoológico (talvez o primeiro da cidade) incrustado dentro do parque da Luz (portanto, vizinho do quartel central e da sede do governo paulista): pois bem, durante os bombardeios, parque abandonado, os bichos fugiram de suas jaulas (bombardeadas?) e viraram alimento dos vizinhos. Segundo meu velho guru caipira (“seo” Domingos nasceu na ex-cidade de Pirambóia – região da Sorocabana paulista), nenhum foi recuperado (com certeza não tinham elefantes e leões, pois não?): a cidade ainda mantinha hábitos caipiras, e qualquer coisa que se movesse ou respirasse virava comida.

Bombas sobre casas, animais comidos impiedosamente, fatos de pouco reconhecimento atual. Conto sobre eles como história oral, mas bastante crível. Sobre a revolução, vi que tem muita coisa

aqui na internet. Curiosidade: até hoje existe numa praça, perto da avenida Tiradentes, bem próximo ao quartel do exército e do Parque da Luz, uma Torre-Chaminé de tijolos (projetada por Ramos de Azevedo) com marcas de tiros de canhão, preservada como lembrança de então.
Cartaz ufanista com imagem de Isidoro Dias Lopes,
sobre a bandeira de São Paulo.
”Torre-Chaminé” - com as marcas das balas - que
existe até hoje como lembrança.
Mapa da Cidade em época próxima do ocorrido
Obs: as quatro primeiras fotos foram obtidas da “Revista da Semana” (agosto de 1924).

Cavalera faz declaração de amor a São Paulo

Foi emocionante ver a paixão da equipe liderada por Alberto Hiar, pela cidade onde moram e trabalham. Usar o elevado conhecido como Minhocão, ícone da decadência do centro de São Paulo, como passarela, já era genial. Transformar a bandeira listrada de preto e branco em camisetas, vestidos e tênis, muita gente pode fazer - haja visto o que já foi feito com a bandeira inglesa. Ou a americana. Botar gente comum misturada com o elenco de modelos, ok, nada de novo.

» Veja mais fotos do desfile da Cavalera
» Assista a trechos do desfile da Cavalera
» Cavalera homenageia a cidade de São Paulo

O caso é que tudo deu certo, sob a direção do Alberto Renault, autor do desfile onde as modelos levitavam, e a coleção era toda verde. O dia está lindo, a platéia e os fotógrafos ficaram bem instalados - detalhe importante em apresentações externas. E as roupas, ótimas. Calças e bermudas de gancho baixo, derivadas das dohti, em sarjas corais, o jeans em versão destrouy, com desfiados, em base bem lavada, quase branca. Neste ponto, atenção: a Cavalera convence que colete é fundamental, tal o design das peças. Se a cidade é famosa pelo clima ruim, há os dois extremos: camisas e bermudas com estampa de nuvens em céu azul ou regatas e calças de céu nublado, cinzento.

Ao som dos equipamentos montados em carros de colecionadores, passaram skatistas, caras em bikes TR1, da Sundown (não, não é marca de filtro solar, é de motos e peças), mães tatuadas com bebês vestidos com macacões com estampa da bandeira de Sampa. A riqueza local foi resolvida dentro das tendências, em tecidos brocados em ouro e prata, em sobreposições de regatas com recortes em curva. E se é uma cidade de executivos, a referência do terno e gravata virou paletós e calças em patchwork de tecidos de alfaiataria.

Podia ficar piegas, banal, não fosse a qualidade de corte das roupas, na medida certa dos ganchos, das modelagens e do colorido. Uma bela coleção, muito bem apresentada.

http://moda.terra.com.br/spfw/verao/2010/interna/0,,OI3836692-EI13964,00-Cavalera+faz+declaracao+de+amor+a+Sao+Paulo.html

Site de história e filosofia

http://www.brasilcult.pro.br/

BANDEIRA DE SÃO PAULO SIGNIFICADO DAS CORES E HISTORIA DA BANDEIRA

História da bandeira

A bandeira do Estado de São Paulo foi proposta em 16 de julho de 1888, logo após a Abolição da Escravatura, por Júlio Ribeiro, escritor e jornalista fundador do jornal "O Rebate", que fazia campanha pela República para ser a bandeira do Brasil. Ela foi descrita assim:

«a bandeira simboliza de modo perfeito a gênese do povo brasileiro, as três raças de que ela se compõe - branca, preta e vermelha. As quatro estrelas a rodear um globo, em que se vê o perfil geográfico do país, representam o Cruzeiro do Sul, a constelação indicadora da nossa latitude astral ... Assim, pois, erga-se firme, palpite glorioso o Alvo-Negro Pendão do Cruzeiro!!!»
(Júlio Ribeiro)
A bandeira se tornou símbolo dos paulistas na Revolução de 32. Todavia, Getúlio Vargas, durante o Estado Novo, suspendeu o uso dos símbolos nacionais, incluindo a bandeira paulista, que só seria oficializada em 27 de novembro de 1946, sob o Decreto-Lei 16.349 da Constituição Federal, que devolve aos Estados e municípios o direito de cultivar símbolos próprios. Os Revolucionários em 1932 assumiram a bandeira de São Paulo como uma representação da luta deles por um Brasil melhor, e não por um São Paulo melhor.

Significado das cores
A bandeira possui treze listras variando entre branco e preto, começando e terminando na faixa preta, para que fique delimitado o começo e o final da bandeira, sem que haja nenhuma dúvida. As faixas pretas e brancas representam os dias e as noites que os bandeirantes lutaram pelo "bem" do estado. Possui um retângulo vermelho na horizontal, que representa o sangue derramado pelos bandeirantes, alinhado no topo à esquerda, tendo dentro um círculo de fundo branco e o mapa do Brasil em azul, sendo o azul a cor da pujança, que os bandeirantes acreditam ter trazido para o estado de São Paulo, com todos os dias e noites, e sangue derramado - amarrando a idéia clara de que foi grande a contribuição bandeirante para o estado. Há também quatro estrelas amarelas na parte interna dos quatro cantos do retângulo. No verso da bandeira, a única diferença é que o retângulo fica alinhado no topo à direita, porém o mapa do Brasil continua idêntico à parte da frente como mostram as figuras do artigo.
Por causa da bandeira, as cores que caracterizam o Estado de São Paulo são o preto, branco, vermelho, azul e amarelo.

BANDEIRA DE SÃO PAULO

As cores Preto, Branco, Vermelho, Amarelo e Azul escuro

http://www.achetudoeregiao.com.br/ATR/bandeira_sao_paulo.htm

23 de maio MMDC OU MMDCA ?

O dia 23 de maio é lembrado pela morte de quatro jovens paulistas - Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antonio Américo de Camargo Andrade - em choque com a polícia numa manifestação no centro de São Paulo, no ano de 1932. Os jovens protestavam contra o governo instalado em 30.

As iniciais dos nomes dos quatro estudantes - MMDC - passaram a ser o símbolo da luta de São Paulo por uma Constituição. O movimento que teve início com a morte dos quatro estudantes eclodiu finalmente no dia 9 de julho (leia mais no final da matéria) numa rebelião armada que passou para a História com o nome de Revolução Constitucionalista de 32.

No mesmo evento, que causou a morte dos quatro estudantes, um outro jovem, Orlando Alvarenga, também foi baleado, mas faleceu meses depois, ficando fora da sigla MMDC. Segundo textos históricos, ele faleceu exatamente dois dias após o então governador Pedro de Toledo ter assinado um decreto oficializando a sigla MMDC como símbolo da Revolução Constitucionalista de 32.

De lá para cá, a sigla sempre provocou discussões em torno da inclusão ou não da letra "A", representando o estudante Alvarenga. Em 2002, por meio do Decreto nº 46.718, o governo do Estado de SP criou o Colar "Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos" para homenagear o estudante e outros heróis.

DECRETO Nº 46.718, DE 25 DE ABRIL DE 2002

Dispõe sobre a oficialização do Colar "Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos"

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e à vista da manifestação do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito,

Decreta:

Artigo 1º - Fica oficializado, sem ônus para os cofres públicos, o Colar "Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos", instituído pelo Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, nos termos do Regulamento que acompanha este decreto.

Artigo 2º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 25 de abril de 2002

GERALDO ALCKMIN
Rubens Lara
Secretário-Chefe da Casa Civil
Dalmo Nogueira Filho
Secretário do Governo e Gestão Estratégica

Em 2003, a ALESP, alegando "corrigir um erro histórico", aprovou o PL 435/2003, que instituiu o "Dia dos Heróis MMDCA", a ser comemorado anualmente no dia 23 de maio. O objetivo do projeto era o de incorporar o nome de Alvarenga à célebre sigla MMDC, que na Lei nº 11.658, publicada em 13 de janeiro, se tornou MMDCA. Veja abaixo.

LEI Nº 11.658, DE 13 DE JANEIRO DE 2004

Institui o "Dia dos Heróis MMDCA"

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica instituído o "Dia dos Heróis MMDCA", a ser comemorado, anualmente, no dia 23 de maio.

Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 13 de janeiro de 2004.

GERALDO ALCKMIN
Cláudia Maria Costin
Secretária da Cultura
Arnaldo Madeira
Secretário - Chefe da Casa Civil

Em Migalhas...

Em 2005, o imbróglio em torno da famosa sigla foi tema de acirrados debates no informativo. Veja abaixo os comentários dos leitores publicados em Migalhas 1.173 (23/5/2005) e 1.174 (24/5/2005) e a resposta da Sociedade Veteranos de 32 no Migalhas 1.176 (30/5/2005).

Migalhas dos leitores - 23 de maio

"Estimados migalheiros, a data de 23 de maio de 1932 jamais poderá ser apagada do calendário cívico da Cidade de São Paulo, servindo como exemplo de patriotismo às gerações futuras, o ideal de quatro jovens que perderam suas vidas em prol da Constituição de seu País. Foram eles, Euclides Bueno Miragaia, Mário Martins de Almeida, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Américo Camargo de Andrade. Com as iniciais de seus nomes é composta a sigla MMDC (Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo). Depois da morte destes quatro paulistas, São Paulo se prepara para a luta armada por uma nova Constituição, promessa não cumprida por Getúlio Vargas quando assumiu o governo em 1930. Assim, em 9 de julho de 1932, São Paulo abandona os discursos para ir definitivamente às armas, estourando a revolução. Em reconhecimento aos heróis desta Revolução e em homenagem ao civismo e brio do povo paulista, tramita pela Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 147/05, de autoria do Vereador Aurélio Nomura, já aprovada em primeira votação, com o objetivo de devolver à cidade de São Paulo a legitima e histórica denominação do Túnel 9 de Julho, que a ex-prefeita Marta Suplicy, por ignorar a historia do povo que governava, rebatizou, após quase setenta anos de sua inauguração, por Túnel Dr. Daher Elias Cutait, ilustre medico merecedor também de outra grande homenagem, que certamente a edilidade lhe prestará em outro local nobre da cidade, pelo tanto que fez em prol da medicina em nosso País. Com isso, espera-se das autoridades representativas do Município a necessária atenção, e merecida justiça, para com o patrimônio histórico e a memória cívica da Cidade da Cidade de São Paulo." Pedro Paulo Penna Trindade - membro da comissão "TÚNEL 9 DE JULHO PARA SEMPRE" - OAB/SP: 37.292

Migalhas dos leitores - A guerra dos paulistas

"Senhor Diretor MMDC é MMDCA Sim (Migalhas 1.173), a sigla que rememora o 23 de maio de 1932 foi atualizada em 2003 pelo Governador Geraldo Alckmin, em boa hora, por lei estadual, para incluir a letra "A" representativa de Orlando Alvarenga, ferido na Praça da República junto com Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, porém, falecido 81 dias." Antonio Claret Maciel Santos

"Meu caro migalheiro, Pedro Paulo Penna Trindade (Migalhas 1.173), saiba que o pleito da Comissão Túnel 9 de Julho para Sempre é a exigência de todos os paulistanos. A questão não é mais política e sim jurídica. Essa senhora Martha Sulicy deveria ser responsabilizada pelos prejuízos morais que causou a todo o povo paulista ao "esquecer-se" da importância do 9 de julho para os desta terra. A não reeleição da ex-prefeita não foi o bastante. Que se lhe inflija, pois, e a tempo, além da indispensável condenação pecuniária, o castigo efetivamente merecido : zurzi-la até zebrá-la na própria avenida! Alexandre Thiollier

"Apenas para termos algum contraditório, quero dizer que a história, felizmente ou infelizmente para outros, tem várias facetas. Assim é que o movimento paulista de 1932 pela "redemocratização" brasileira, encobre motivos bem menos nobres do que aqueles geralmente mostrados pelos historiadores ligados a uma história voluntarista e triunfalista de São Paulo. Os cafeicultores paulistas, desbancados pela Revolução de 1930, mostraram seu inconformismo em várias ocasiões, mas foi em 1932 que, finalmente, conseguiram mobilizar parte da mocidade estudantil para a aventura contra os estados que defendiam o governo central. A chamada revolução de 1930, ao derrubar a "política dos governadores" popularmente conhecida como "café com leite", desenvolvida pelo paulista Campos Salles, trouxe esperanças ao povo brasileiro, principalmente, à incipiente classe operária, fortemente arraigada aqui na cidade de São Paulo. Os barões do café, longe de se preocupar com a democracia ou com a constituição, estavam preocupados com o que sempre estiveram: seus interesses econômicos. Para isso, basta olharmos para a República Velha, recheada de violências contra o povo (um presidente dizia que a questão social "era questão de polícia"), desrespeito à constituição feita por eles mesmos e enriquecimento geométrico. Portanto, 23 de maio de 1932, representa a generosidade de alguns jovens, ideologicamente manipulados pelos aristocratas em luta contra Vargas (ainda tão somente um governo provisório)." Armando Rodrigues Silva do Prado

"Em relação ao assunto "MMDC" e ao texto do nobre colega Pedro Paulo Penna Trindade - que tratou do Projeto de Lei nº 147/05, de autoria do Vereador Aurélio Nomura, que visa a devolver à cidade de São Paulo a denominação do "Túnel 9 de Julho", rebatizado de "Túnel Dr. Daher Elias Cutait", na gestão da Prefeita Marta Suplicy - ambos constantes do Migalhas 1.173 (23/5/05), tenho a acrescentar a seguinte informação. Desde o ano passado, foi instituído pelo Governador Geraldo Alckmin, por meio da Lei nº 11.658, de 13 de janeiro de 2004, o "Dia dos Heróis MMDCA", a ser comemorado todo dia 23 de maio. A referida lei teve origem no PL nº 435/2003, de autoria do Deputado José Caldini Crespo (PFL). Como se pode perceber, acrescentou-se a letra "A", ao final da já famosa sigla "MMDC". Com isso, reverenciou-se o nome do quinto herói falecido em decorrência dos acontecimentos do sangrento dia 23 de maio de 1932: Orlando de ALVARENGA. Além dos conhecidos Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, foram feridos naquela oportunidade Manuel Jacinto Lessa (sem maior gravidade, apenas com um tiro no antebraço) e Orlando de Alvarenga (este, ferido gravemente com um tiro de fuzil na coluna). Alvarenga veio a falecer quase três meses depois, no dia 12 de agosto. A inicial de seu sobrenome, até a edição da referida Lei 11.658, não constava da sigla "MMDC", por um fato de certa forma curioso: é que no dia 10 de agosto daquele ano (somente dois dias antes do seu óbito, portanto) o então Governador Pedro de Toledo assinara o decreto nº 5.627-A, que oficializava a sigla "MMDC" (referente aos únicos mortos até aquela data) como símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932. Ainda que tardiamente, a homenagem a este quinto falecido é justa e deve ser lembrada." Asdrubal Franco Nascimbeni - escritório Franco Nascimbeni e Azevedo Advogados Associados

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Migalhas dos leitores - A guerra dos paulistas

Amigos Migalheiros, por meio deste estamos nos posicionando aos comentários publicados na edição Migalhas 1.174, ficaríamos aliviados que o fato fosse devidamente esclarecido. A Sociedade Veteranos de 32 - MMDC esclarece que, a sigla MMDC não pode ser mudada, jamais, pois:

1. A sigla MMDC é patenteada e acordo com o Processo nº 824756118 - INPI e, sua violação constitui crime, conforme capitulado na Lei nº 9279 de 14 de maio de 1996 (...).

2. Historicamente, MMDC é conhecido mundialmente e não se pode alterar o curso dos acontecimentos;

3. Pessoas muito mais inteligentes do que nós, como Guilherme de Almeida, Ibrahim Nobre, Aureliano Leite, Alfredo Elis e outras centenas de autoridades que viveram a época não mudaram a sigla. Como agora alguém altera o MMDC ao arrepio da história?

4. Alvarenga merece ser homenageado no dia 12 de agosto, data de sua morte, pois a bala que o matou não foi a mesma que o feriu em 23 de maio de 1932, pois, sua entrada no Hospital Santa Rita, mortalmente ferido (medula seccionada), foi em 13 de julho de 1932 (44 dias após o 23 de maio), conforme prova o livro daquele nosocômio, médicos atestam que se a bala de 23 de maio tivesse seccionado a medula naquela tragédia causaria a sua morte instantaneamente e não 81 dias depois."

Sociedade Veteranos de 32 - MMDC

Ouro para o bem de São Paulo

Existem histórias que jamais foram comprovadas e que se tornaram lendas contadas durante séculos. Existem outras, verídicas, que continuam sendo narradas como se fossem partes da cultura popular.

Na movimentada São Paulo, por exemplo, é possível ouvir comentários sobre a histórica Revolução de 1932 e seus percalços. Um deles, muito famoso, é o que dizem sobre um edifício incrustrado no centro velho da capital paulista.

E, essa história, que registra a honestidade e a dedicação dos antigos, é contada hoje em Migalhas.

  • 9 de Julho

No dia 9 de julho São Paulo relembra o início da "Revolução Constitucionalista", movimento armado que marcou a insurgência paulista à Revolução 30.

São Paulo, que em 1932 enfrentou isolado esses quase noventa dias de luta contra as forças getulistas, insuflou sua gente a uma arrecadação de fundos para sustento da Revolução. Foi a inesquecível a campanha de “Ouro para o bem de São Paulo" (campanha aliás que o golpe de 64 tentou sem sucesso reeditar - 32 anos depois como se esgarçou o caráter brasileiro...).

Muitos doaram suas alianças de casamento, por não ter nenhuma outra peça de ouro para dar. Outros, mais ricos, chegavam a abrir mão de jóias de grande valor, às vezes cravejadas de pedras preciosas. Os que aderiam à campanha recebiam um certificado (v. abaixo) com a inscrição "Doei ouro para o bem de São Paulo" ou um anel de metal com esta frase gravada.

Mas o Movimento de 1932 teve seu findar antes da aplicação da maior parte dos recursos arrecadados. E para que o governo central não empalmasse os valores já apurados, o comando das forças paulistas doou os fundos à benemérita Santa Casa de Misericórdia, que com eles construiu – para perpétua memória do fato – um prédio retratando a bandeira paulista, chantado no Largo da Misericórdia, no coração de São Paulo.

O edifício registra um dos maiores símbolos da guerra dos paulistas: a Bandeira de São Paulo.

O prédio tem 13 andares representando as 13 listras da bandeira paulista. O mastro, representando as alianças doadas, foi decorado com um capacete constitucionalista.

E o edifício recebeu o nome de “Ouro para o bem de São Paulo”.

Bandeira Paulista

Bandeira da minha terra,
bandeira das treze listas:
são treze lanças de guerra
cercando o chão dos Paulistas!

Prece alternada, responso
entre a cor branca e a cor preta:
velas de Martim Afonso, sotaina do Padre Anchieta!

Bandeira de Bandeirantes,
branca e rota de tal sorte,
que entre os rasgões tremulantes
mostrou a sombra da morte.

Riscos negros sobre a prata:
são como o rastro sombrio
que na água deixava a chata
das Monções, subindo o rio.

Página branca pautada
Por Deus numa hora suprema,
para que, um dia, uma espada
sobre ela escrevesse um poema:

Poema do nosso orgulho
(eu vibro quando me lembro)
que vai de nove de Julho
a vinte e oito de Setembro!

Mapa de pátria guerreira
traçado pela Vitória:
cada lista é uma trincheira;
Cada trincheira é uma glória!

Tiras retas, firmes:
quando o inimigo surge à frente,
são barras de aço guardando
nossa terra e nossa gente.

São os dois rápidos brilhos
do trem de ferro que passa:
faixa negra dos seus trilhos,
faixa branca da fumaça.

Fuligem das oficinas;
cal que as cidades empoa;
fumo negro das usinas
estirado na garoa!

Linhas que avançam; há nelas,
correndo num mesmo fito,
o impulso das paralelas
que procuram o infinito.

Desfile de operários;
é o cafezal alinhado;
são filas de voluntários:
são sulcos do nosso arado!

Bandeira que é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho,
O coração do Paulista!

Guilherme de Almeida

Os migalheiros ao passar por ali, no burburinho da esquina da Rua Direita, haverão de reverenciá-lo, como merece.

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Revolução Constitucionalista de 1932

Movimento de insurreição contra o governo provisório de Getúlio Vargas ocorrido de julho a outubro de 1932, em São Paulo. Os insurgentes exigem a convocação da Assembléia Constituinte prometida por Vargas em sua campanha pela Aliança Liberal e na Revolução de 1930. Além dos interesses da oligarquia paulista, a Revolução Constitucionalista tem raízes na tradição liberal democrática de amplas alas da sociedade urbana estadual.

Derrotados pela Revolução de 1930, setores da oligarquia paulista defendem a instalação de uma Constituinte com o objetivo de fazer oposição ao governo provisório. Vargas é acusado de retardar a elaboração da nova Constituição. No início de 1932, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Democrático (PD) aliam-se na Frente Única Paulista e lançam campanha pela constitucionalização do país e pelo fim da intervenção federal nos estados. A repercussão popular é grande. As manifestações multiplicam-se e tornam-se mais fortes. No dia 23 de maio de 1932, durante comício no centro da cidade de São Paulo, a polícia reprime os manifestantes, causando a morte de quatro estudantes. Em sua homenagem, o movimento passa a chamar-se MMDC – iniciais de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, os mortos – e amplia sua base de apoio entre a classe média.

Batalhões de voluntários

Em 9 de julho começa a rebelião armada, proclamada pelo ex-governador paulista Júlio Prestes e pelo interventor federal Pedro de Toledo, que aderira à campanha constitucionalista. Milhares de voluntários civis são incorporados aos batalhões das forças estaduais. Seu efetivo chega a 40 mil homens, deslocados para as três grandes frentes de combate, nas divisas com Minas Gerais, Paraná e no Vale do Paraíba.

Os comandantes militares Isidoro Dias Lopes, Bertoldo Klinger e Euclydes Figueiredo, contudo, sabem que as forças federais são superiores. Eles contam com a adesão e o apoio prometidos por outros estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Mas o reforço não chega, e São Paulo é cercado pelas tropas legalistas. Depois de negociações, envolvendo anistia aos rebeldes e facilidades para o exílio dos líderes civis e militares do movimento, os paulistas anunciam sua rendição em 3 de outubro de 1932.

Jornais de 1932

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Esta matéria foi colocada no ar originalmente em 23 de maio de 2007.

http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia.aspx?cod=39554