sexta-feira, 10 de julho de 2009

Reuters 10/07/2009>>GM sai da concordata,Gana muda imagem da África e Google discute com Aplle.

Google discute vínculo com Apple com lançamento de novo software

SUN VALLEY, Estados Unidos (Reuters) - O presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, afirmou que conversará com a Apple sobre como seu papel no conselho daquela empresa pode mudar após a iniciativa do Google de lançar um novo sistema operacional.

No início desta semana, o Google anunciou que estava desenvolvendo um software para computadores pessoais baseado no navegador de Internet Chrome, que competirá com o Windows, da Microsoft, e com a plataforma OS X, da Apple.

Schmidt acrescentou na quinta-feira durante a conferência de tecnologia e mídia Allen & Co, em Idaho, que as fabricantes de computadores podem anunciar produtos com o sistema Chrome OS no final deste ano.

Schmidt, cuja companhia está resistindo melhor que as outras à recessão, também disse que embora a pior fase do declínio econômico tenha passado, não há nenhum sinal forte de uma recuperação imediata.

"Nós estamos atravessando um choque, um colapso. Eu diria que o pior ficou para trás, falando de modo generalizado, mas não especificamente para o Google", disse ele a repórteres, junto com o co-fundador da companhia, Larry Page.

De acordo com a lei federal de competitividade, uma pessoa não pode atuar no conselho de duas companhias se isso interferir na concorrência.

"Eu conversarei com o pessoal da Apple. No momento, não há mudanças", afirmou o executivo.

O Google, principal companhia de busca na Internet no país, está sob crescente investigação regulatória.

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos está averiguando se os laços entre os conselhos da Apple e do Google violam as leis de competitividade.

Schmidt e o ex-presidente-executivo da Genentech, Arthur Levinson, são diretores de ambas as empresas.

( Por Alexei Oreskovic e Yinka Adegoke)
http://br.reuters.com/article/internetNews/idBRSPE56907T20090710?sp=true
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Gana está mudando imagem da África, diz Bono

Por Peter Cooney

WASHINGTON (Reuters) - Quando Barack Obama chegar a Gana na sexta-feira para sua primeira visita à África subsaariana, uma nova face dos Estados Unidos se encontrará com uma "nova face da África", disse o ativista social e roqueiro irlandês Bono, vocalista do U2.

Em um artigo no New York Times nesta sexta-feira, horas antes da chegada de Obama à África, Bono escreveu que se o primeiro presidente negro dos Estados Unidos estivesse fazendo uma viagem sentimental à África, "ele teria ido ao Quênia", a terra natal de seu pai.

"Ele fez uma opção diferente e está bastante certo quanto ao motivo", acrescentou Bono. "Apesar da beleza inacreditável do Quênia e suas recentes vitórias contra o mosquito anopheles, a corrupção ainda dolorosa no país e a instabilidade política confirmam muitas das manchetes que nós no Ocidente lemos sobre a África."

"Gana as desmente", escreveu Bono, que há muito tempo luta contra a pobreza e a Aids na África. "Calma, modesta, mas também heroicamente, Gana está cuidando de mudar a imagem do continente. A nova face da América encontra a nova face da África".

Bono disse que Gana, país do oeste da África, é um Estado bem-governado onde o poder trocou de mãos pacificamente depois da última eleição e que também está resistindo à tempestade econômica mundial.

"Ninguém vazou para mim uma cópia do discurso do presidente em Gana, mas é bastante certo que ele se concentre não nos problemas que afligem o continente, mas nas oportunidades de uma África em ascensão", escreveu Bono.

"Se for isso o que ele fizer, os maiores cumprimentos virão dos membros da crescente classe média africana, que estão cansados de serem tratados com arrogância e de escutar a música de seu majestoso continente em um tom menor."

Bono observou que ele frequentemente falou das crises e tragédias que afligem a África, "mas como o exemplo de Gana deixa claro, este é apenas um acorde."

"Em meio à pobreza e doença há oportunidades de investimento e crescimento - investimento e crescimento que não eliminarão do dia para a noite a necessidade de assistência... mas que com o tempo pode construir estradas, escolas e redes de eletricidade e impulsionar o comércio até o ponto em que a ajuda seja substituída pela parceria comercial, acordos de negócios e renda interna crescente", escreveu o cantor.

Bono disse que Obama pode acelerar o processo tendo como alvo a corrupção na África.

Citando a Millennium Challenge Corporation, principal fundo de desenvolvimento do governo dos EUA, criado pelo ex-presidente George W. Bush, Bono disse que os dólares da ajuda norte-americana "cada vez mais vão para países que os usam e não os desperdiçam."

"Gana é um deles. Há cada vez mais outros", disse.
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GM sai da concordata enxuta e disposta a pagar governo dos EUA

Por Kevin Krolicki

DETROIT (Reuters) - A nova General Motors saiu da concordata nos Estados Unidos nesta sexta-feira, muito mais rapidamente do que se previa, como uma montadora mais enxuta e obstinada a recuperar os consumidores norte-americanos e pagar os recursos emergenciais obtidos do governo norte-americano.

A concordata de 40 dias terminou com o fechamento de um acordo que permitiu a venda das principais operações e marcas, incluindo a Chevrolet e a Cadillac, para uma nova companhia que será controlada pelo Tesouro dos EUA.

O acordo foi firmado entre o governo norte-americano e executivos da GM no escritório de advocacia Gotshal & Manges, de Weil, afirmou uma fonte próxima à companhia.

Analistas da indústria viram a rapidez da concordata como um desenvolvimento positivo. "Eu acho que não seria bom um processo longo", disse o advogado Richard Mikels, diretor de práticas de concordata no escritório Mintz, Levin, Cohn, Ferris, Glovsky e Popeo.

As vendas da GM despencaram 36 por cento nos EUA durante junho, quando pediu proteção judicial contra falência. Executivos disseram que o relançamento da companhia oferece uma chance para tentar quebrar a visão negativa de consumidores.

"Eu realmente espero pelo momento em que estaremos operando no azul e o nome da companhia não será associado à concordata", afirmou o diretor de vendas da GM Mark LaNeve, na quinta-feira.

O presidente-executivo da GM, Fritz Henderson, já detalhou planos de tornar a companhia mais produtiva e menos burocrática, reduzindo o número de executivos. A GM está cortando sua força de trabalho administrativa em mais de 20 por cento e pretende eliminar 6 mil empregos nos EUA até outubro.

Outro pilar do plano é o compromisso da GM de lançar mais carros de consumo eficiente de combustível e concentrar seus recursos em menos marcas, modelos e concessionárias.

A aprovação da venda de ativos da GM pela Justiça norte-americana marca a conclusão de um esforço sem precedentes do governo dos EUA para salvar a empresa e a rival Chrysler por meio da redução de dívidas, de custos trabalhistas e de concessionárias.

A Casa Branca desembolsou quase 80 bilhões de dólares para fortalecer a indústria automotiva, incluindo 5 bilhões de dólares em suporte às fabricantes de autopeças.

Do total, 50 bilhões de dólares foram destinados à GM, em financiamento emergencial que dará ao governo norte-americano uma fatia de mais 60 por cento na nova companhia.

A Chrysler saiu da concordata há um mês, após vender parte dos ativos a um grupo de investidores liderados pela italiana Fiat.

Como parte das mudanças a serem anunciadas nesta sexta-feira pela GM, Bob Lutz, ex-diretor de produtos da montadora, concordou em ficar na empresa em outra posição, informou uma fonte próxima das discussões. Lutz, 77, tinha anunciado anteriormente planos para se aposentar no final deste ano.

A nova GM surgirá após reduzir dívida e obrigações com seguro-saúde em 48 bilhões de dólares, ter diminuído em quase 40 por cento sua rede de concessionárias nos EUA e eliminado marcas como Saab, Saturn e Hummer.

A nova GM também se beneficiará de um novo contrato trabalhista com a entidade sindical UAW. Segundo a empresa, o novo contrato coloca os custos com funcionários horistas de fábricas em mesmo patamar que os de competidores japoneses como a Toyota.
http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE5690A320090710?sp=true

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