sábado, 29 de agosto de 2009

Orgulho paulista



Quem não é Paulista fica intrigado porque em todas as cidades do Estado de São Paulo há uma rua 9 de Julho. Esse é só um dos muitos indícios da memória e orgulho da Revolução constitucionalista de 1932.

09 de Julho é feriado Estadual desde 1997.

Na paisagem urbana da capital podemos ver outras manifestações da memória de 32:
Desde 1935, com a avenida 9 de julho;
Edifício da Bandeira Paulista no Largo da Memória;
Desde 1954, no 4o. Centenário, o Obelisco do Ibirapuera com a cripta dos “Heróis de 32”;
Desde os anos 60 há Assembléia Legislativa ou Palácio 9 de julho;
Desde os anos 70 com a avenida 23 de maio;
Ruas e praças também lembram o feito revolucionário, como: a rua MMDC, a Praça Ibrahim Nobre, o nome oficial do “Cebolão” é: Complexo Heróis de 32, etc;

Mesmo heróis menores, como o Coronel Alfredo Feijó, personagem do meu último livro Memória Paulista, tem seu nome lembrado numa pequena rua da região sudeste de São Paulo.Em cidades do interior,os mesmos nomes de ruas,monumentos ligados à bandeira paulista e ao capacete do soldado constitucionalista são testemunhos dessa guerra.

Então senta que lá vem história:


No dia 23 de maio de 1932 em choque com a polícia numa manifestação contra a ditadura de Varga no centro de São Paulo, morrem quatro jovens estudantes paulistas - Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais dos nomes dos quatro estudantes - MMDC - passaram a ser o símbolo da luta de São Paulo por uma Constituição. O movimento eclode finalmente no dia 9 de julho numa rebelião armada que passou para a História com o nome de Revolução Constitucionalista de 32.


Revolução Constitucionalista de 32, movimento deflagrado contra a ditadura Vargas, que não queria promulgar nova Constituição para o País, não tinha nada de separatista como muitos imaginam. O movimento, que contou com mulheres na retaguarda e homens nos campos de batalha, objetivava restabelecer a democracia. Campanhas para levantamento de fundos de Guerra como " Ouro para São Paulo", lembra o filme "E o vento levou", essa relação vem das histórias contadas pela minha família, cujo meus tios usavam as alianças “Dei ouro para o bem de São Paulo” (trocadas pela doação de suas jóias), atitude que meu pai ironizava e contava que sumiram com parte do dinheiro arrecadado.

Durante os quase três meses da revolução, cerca de 300 mil homens participaram das lutas. O principal resultado do movimento iniciado pelos paulistas ocorreu dois anos mais tarde, com a convocação da Assembléia Nacional Constituinte.

O MMDC, uma espécie de milícia civil, mobilizou as “classes populares”, ou seja, a população urbana das cidades do Estado. Segundo alguns que viveram a época, só a “Campanha das Diretas Já” conseguiu uma mobilização igual em São Paulo. Segundo depoimentos o Jornal O Estado de São Paulo publicou na época "São Paulo está só. Saibamos vencer ou morrer".

Se quiser saber mais clique: http://historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=340

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