segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

WikiLeaks: Ainda as paranóias brasileiras


Saia justa ao País

Segundo WikiLeaks, Amorim diz que Chávez ‘late, mas não morde’

Rio - O vazamento de mais documentos confidenciais publicados pelo site WikiLeaks atinge desta vez o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, conforme divulgou ontem o jornal francês Le Monde.

Em correspondência enviada aos Estados Unidos, em março de 2007, o ministro deixa claro que diverge da opinião dos americanos no que diz respeito à relação diplomática com a Venezuela comandada por Hugo Chávez. “Ele é cão que late mas não morde. A direção política de Hugo Chávez não é a do Brasil, mas os brasileiros não se sentem ameaçados. O isolamento não é uma solução”, afirma. Como resposta, os americanos dizem: “Não queremos isolá-lo, queremos falar com ele. Mas ele não negocia conosco”.

Outros trechos destacados pelo jornal mostram ainda que brasileiros e americanos estariam em constante disputa pela influência na América Latina. “O Brasil acha que está em concorrência com os Estados Unidos e desconfia das intenções americanas. O Brasil tem necessidade quase neurótica de ser igual aos Estados Unidos e de ser percebido como tal”, afirma telegrama confidencial de novembro de 2009.

Essa disputa teria ficado ainda mais evidenciada com o embargo dos Estados Unidos à venda dos aviões Super Tucanos, fabricados aqui, para a Venezuela, em 2005. Na época da troca de correspondências, o Brasil ainda não teria digerido esse veto.
 
Grifos meus

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