segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sérgio de Vasconcellos-Correa compositor do hino Paulista

O hino do Estado de São paulo ou hino dos Bandeirantes,teve sua letra composta pelo "Príncipe dos poetas" Guilherme de Almeida e para sua melodia existem duas ainda executadas,a primeira que subentende-se estar em processo de esquecimento pelas autoridades oficiais e outra mais recente considerada por muitos a verdadeira oficial.

1º vídeo:Hino do Estado de São Paulo,com melodia de Sérgio Vasconcellos-Corrêa.Recebeu no ano passado o "Prêmio CLIO" da Academia Paulista de História


2º vídeo:Esta segunda versão do Hino é a mais antiga e que parece estar caindo em desuso.Inclusive muitos Paulistas,dos poucos que conhecem seu hino,a acham muito mais difícil de cantar e preferem a primeira versão .Eu também acho esta mais dificil de se cantar o que não faz perder o seu mérito.Esta melodia é mais "triumphal"




Sérgio de Vasconcellos-Correa (1934) é natural de São Paulo, onde iniciou seus estudos de piano com o professor Gilberto Canavarro e, logo a seguir, os continuou com a professora Ilíria Serato, da "escola de piano" do professor Agostino Cantú.

Diplomou-se pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, na classe da professora Ubelina Reggiani de Aguiar (1953). Participou de diversos "Cursos de Alta Interpretação Pianística" e recebeu aulas particulares e de interpretação da grande Mestra Magda Tagliaferro.

Foi um dos finalistas do Concurso de Piano Schwartzmann (1954). Em 1955, iniciou seus estudos de harmonia e composição com o Maestro Martin Braunwieser, prosseguindo-os com o Maestro Camargo Guarnieri (de 1956 a 1968) que lhe sugeriu dedicar-se exclusivamente à composição.

Como compositor, ficou conhecido em todo o Brasil e no exterior, após conquistar mais de uma dezena de prêmios em concursos de composição e de ter várias de suas obras gravadas em disco. Entre esses prêmios destaca-se o "Prêmio Governador do Estado de São Paulo", pelo seu Concertino para Trompete e Orquestra.

Para o cinema escreveu a trilha sonora do filme CURUMIM, do diretor Plácido de Campos Jr. Foi selecionado para participar dos Festivais de Música da Guanabara e posteriormente - como compositor convidado - de todas as "Bienais de Música Brasileira Contemporânea" realizados no Rio de Janeiro.

Estudou regência com os Maestros Martin Braunwieser, Hans Swarovsky, Si-mon Blech e Eleazar de Carvalho.
Dirigiu, entre outras, a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC (Rio de Janeiro) e, em diversas ocasiões, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo - quando teve como solistas o pianista Gilberto Tinetti, o trompetista Gilberto Siqueira e o barítono Carlos Vial – diversos corais como: o Madrigal Feminino de Câmara, o Coral do Conservatório Musical Gomes Cardim, o CO-RALASHCAR e o Coral Infantil ECO (em concerto realizado no MASP).

Como jornalista, atuou nos jornais A Gazeta do Belém, Folha de São Paulo, Folha da Tarde (Ilustrada) e O Estado de São Paulo, além de haver produzido para a Rádio Cultura FM os programas : Câmara Lúcida - A Música de Câmara do Brasil e As Notas São... da Música Brasileira, inteiramente dedicados à música e aos músicos do Brasil.

Como professor, percorreu todos os níveis do ensino de ponta, desde o primário - na Escola de Demonstração da Cidade Universitária (USP), Ginásio Vocacional Osvaldo Aranha (SP-Capital), Ginásios Estaduais Pluricurriculares Experimentais (nos quais foi Coordenador da Área de Educação Musical), além de ser pioneiro no ensino de música pela Televisão, através do Serviço de Ensino e Formação pelo Rádio e Televisão (SEFORT) da Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo - até o superior, como professor de contraponto, harmonia, análise, regência e composição na UNICAMP e depois no Departamento de Música da UNESP. Na mesma universidade exerceu as cátedras de Prática de Ensino, Piano complementar, Orientação de Estágios e Didática Especial, no Departamento de Educação.

Participou do Júri de inúmeros concursos de composição, piano, canto, música de câmara, música coral, órgão, bandas e Fanfarras etc. É Doutor em Música pela UNESP desde 1995, quando defendeu a tese "Canto e Contracanto a Base da Composição", perante Banca constituída pelos Doutores: Heitor Alimonda e Attilio Mastrogiovanni (pianistas), Roger Cotte (musicólogo), Osvaldo Accursi (pedagogo e pianista), sob a Presidência do consagrado Maestro Eleazar de Carvalho (aprovação por unanimidade).

É Membro Efetivo da Academia Brasileira de Música (cadeira n.º 20 – cujo Patrono é João Gomes de Araújo) tendo sido seu antecessor o ilustre crítico e musicólogo João da Cunha Caldeira Filho. Foi fundador da Sociedade Musical de Compositores Brasileiros, da Sociedade Pró-Música Brasileira e idealizador e fundador da Academia Paulista de Músi-ca, da qual é Presidente.

Em 1997, retomou sua carreira de pianista, interrompida desde 1956, com um Recital no Centro Cultural de São Paulo, no qual interpretou obras próprias e de outros compositores como: Eduardo Escalante, Villa-Lobos, Sigismund Neukonn e Johan Sebastian Bach.

Integrou, como convidado, a Banca Examinadora de Doutoramento - na Área de História - da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da USP, quando da Defesa da Tese: "Camargo Guarnieri em fins de milênio - o papel de um compositor nacional na formação da musica erudita brasileira" (01-12-1997), defendida por Harlei Aparecida Elbert Raymundo, orientanda da professora Doutora Laima Mesgravis.

Entre Prêmios e Honrarias recebeu, por diversas vezes, os de "Melhor do Ano" da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), o Prêmio "Governador do Estado de São Paulo" (em "Concurso Nacional de Composição"), foi bolsista da Fundação VITAE, quando compôs a ópera infantil "TIBIQUERA" , além de outros como pianista e regente coral.

Em sua atuação no magistério deve-se destacar a busca incansável pela reno-vação didática através da dedicação às pesquisas e às práticas do ensino reno-vado - iniciadas quando recém formado - pela Exposição e Demonstração Prá-tica do método de Educação Musical preconizado pelo educador carioca e co-laborador de Villa-Lobos, Gazzi Galvão de Sá.

Logo a seguir, após curso intensivo de seis meses promovido pela Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo, foi selecionado em 1° lugar para exercer a cátedra de Professor de Educação Musical do Ginásio Estadual Vocacional Osvaldo Aranha, da Capital paulista. As suas convicções didáticas e as suas experiências pedagógicas encontram-se registradas no livro “Planejamento em Educação Musical” editados pela Ricordi Brasileira.

Na mesma época, foi convidado para ministrar aulas de Educação Musical na “Escola de Demonstração de Cidade Universitária de São Paulo” (USP). Convidado pelo conceituado educador suíço Edgar Willems, preparou um grupo de professores de educação musical para o único curso que o Mestre re-alizou no Brasil, no Conservatório Musical Brooklin Paulista.

Sua especialização não ficou restrita apenas à prática da Educação Musical. A abrangência do seu trabalho compreende o ensino desde o piano até a compo-sição e a regência, passando pela prática coral, o folclore, a percepção musical, o contraponto, a harmonia, a análise musical, a pedagogia e a didática, que exerceu em diversos Conservatórios e Escolas de Música de São Paulo, Vitória (ES), Brasília (DF) e Goiânia (GO).

Em todas essas atividades produziu trabalhos que deixam transparecer a sua preocupação com a renovação didático-pedagógica e contra a metodologia estratificada e frustradora que ainda impera no país.

A quantidade de obras corais destinadas às vozes infantis é considerável. Sua atuação como professor de Canto Orfeônico na rede estadual de ensino ficou registrado no LP “Repertório –1975” – com o Coral do Ginásio Estadual “Professor Alfredo Ashcar” .

A sua metodologia aplicada no ensino do piano, pode ser encontrada no livro “Como Estudar Piano”. Em 1960, quando de seu ingresso (1° Lugar em Concurso de Título e Pro-vas) no Magistério Público Oficial, na cidade de Santo Anastácio no interior de São Paulo, realizou pesquisa folclórica que resultou no livro “Vamos en-trar na Roda?”

É ainda autor dos livros: “Solfejos e Ditados Rítmicos Progressivos”; “In-trodução à Harmonia”; da monografia “Normas para Composição de Cantos e Contracantos” e da Tese de Doutoramento “Canto e Contracanto a Base da Composição”

Entre as suas 644 composições para as mais diversas formações vocais e instrumentais, destacam-se ainda pelo seu caráter didático as “30 Peças Fáceis para Piano” (método de piano) e a ópera infantil “TIBICUERA” baseada no livro homônimo de Érico Veríssimo.

Como professor universitário exerceu as cátedras de: Composição; Harmonia Superior; Contraponto e Fuga; Percepção Musical; Regência Coral e de Orquestra; Piano – em todos os níveis; Prática de Ensino; Planejamento em Educação; Folclore; Canto Coral.

Como Conferencista, dedicou o seu trabalho à pesquisa e à divulgação da mú-sica e dos músicos do Brasil.

Atualmente, suas pesquisas são direcionadas para todos os aspectos do ensino, da metodologia à didática, de forma abrangente, porém sem perder de vista o ensino musical, em todos os estágios da aprendizagem. 





Página de Sérgio Vasconcellos na Wikipedia Holandesa :




http://nl.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_de_Vasconcellos_Corr%C3%AAa

Agradeço ao próprio Sérgio de Vasconcellos-Corrêa que entrou em contato comigo fornecendo maiores informações.

4 comentários:

  1. Parabéns, Sergio! Grande músico brasileiro que Souza Lima tanto admirava, assim como admiramos nós, os colegas.
    Parabéns a São Paulo também, por ganhar um Hino lindo, composto com a qualidade dos eruditos preciosos!
    Um abraço da
    Emma

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  2. https://www.youtube.com/watch?v=b1JarxNR7W4

    O Hino dos Bandeirantes de Sérgio de Vasconcellos-Corrêa, EXISTE SIM

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  3. O Hino apresentado neste Blog tendo à frente a bandeira de São Paulo não é do Mto. Sérgio de Vasconcellos-Corrêa, vencedor do Prêmio CLIO da Academia Paulista de História. O hino que se ouve aqui é do Mto Spartaco Rossi.

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  4. O Hino apresentado neste Blog tendo à frente a bandeira de São Paulo não é do Mto. Sérgio de Vasconcellos-Corrêa, vencedor do Prêmio CLIO da Academia Paulista de História. O hino que se ouve aqui é do Mto Spartaco Rossi.

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