segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Resistências civis ao direito de autodeterminação

Autor: Thiago Bolivar, da Liga de Defesa Paulista

Quando pensamos em algum tipo de represália que possa sofrer nosso (e qualquer outro) movimento separatista, imaginamos sempre políticos e juízes agindo de alguma forma nefasta, na tentativa de calar as vozes daqueles que clamam por liberdade e justiça verdadeira. Isso já seria de se esperar, e todos dão por certo que essas personalidades corruptas irão mesmo agir, garantindo seu ganha-pão. O que assombra, no entanto, é ver como pessoas comuns, espalhadas por todos estes "Brasis", se manifestam teimosamente contra a causa libertária, defendendo o regime que as escraviza.

Imaginemos a causa específica dos Estados Austrais (sejam eles SP ou apenas o Sul, especificamente). Quando a causa é apresentada para pessoas de outras regiões, muitas vezes encontra-se forte resistência por parte das mesmas, que acusam o movimento de ser racista ou até mesmo Nazista, dois argumentos absurdos e de uma hipocrisia tal que beira à loucura. Basta ler os ideais da causa separatista, e especificamente o manifesto do GESUL, para que esses argumentos se desfaçam. Nas fileiras do Separatismo Sulista lutam com toda a certeza pessoas das mais diferentes etnias, que jamais se sentiram discriminadas. Se por ventura há alguém que defenda teorias racistas no Sul, também é possível encontrar racistas no Rio de Janeiro, em Brasília, no Nordeste, na Europa, na Ásia, enfim, no mundo inteiro.

O fato de associarem a causa Sulista a uma espécie de "racismo" vem da mídia que defende o sistema. Ora, o que fariam os controladores da mídia para estragar a imagem do movimento? Valendo-se do fato de que nos Estados Sulinos a grande maioria da população é de origem Européia, contrastando com as demais regiões, decidiram então enfiar nas cabeças da população que o movimento teria razões racistas ocultas, ou algo do gênero. Um golpe baixo utilizado por pessoas que defendem coisas ainda mais baixas: a corrupção e escravização de diversos povos do Brasil. Deixemos claro, de uma vez por todas, que não há lugar para racismo em nossos ideais.

Pois bem, já falamos sobre pessoas em outras regiões que negam o direito de autodeterminação Sulista. Falemos agora de algo ainda mais grave: pessoas que são contrárias à autodeterminação da própria terra!

Em conversa com um amigo Paulista, expliquei-lhe que era absurdo e asqueroso o fato de que o governo Federal desvia praticamente todo o dinheiro produzido no Estado para "outras regiões" (na verdade, nem um centavo desse dinheiro chega aos povos necessitados dessas "outras regiões", como bem sabemos). Esse amigo se posicionava contra o separatismo. Disse-lhe: "Como pode aceitar o fato de que apenas um décimo do dinheiro que tiram de seu bolso volte em benefícios Federais para sua terra?", ao que meu amigo me respondeu, com ar de nobreza: "Sei bem o que tiram de mim, mas me sinto Brasileiro antes de tudo". Uma resposta bem similar me foi dada por parentes Gaúchos, com os quais eu conversava (eles, também, infelizmente contrários ao Separatismo). Falei-lhes da escravidão implementada em todos os cantos do Brasil, que atrasa não só o Sul, como todas as regiões. Meus parentes fizeram o seguinte comentário: "Antes de sermos Gaúchos, somos Brasileiros, e devemos agüentar o que vier, para o bem do país". Lamentável.

Lamentável, sim, porque essas pessoas que estufam o peito e mostram-se tão "patriotas", estão cegas, defendendo a própria condição de escravos, ao mesmo tempo em que escravizam outros povos no Brasil. Para os povos do Norte, nos pintam como Nazistas. E para os povos do Sul, nos pintam como traidores de uma pátria que só existe no papel e promove todo o tipo de desigualdades e "roubalheiras". Foi criado na mente dessas pessoas o mito de um Brasil imenso, que devia a sua grandeza à enorme extensão territorial e aos bens naturais. Afirmações como "Sou Brasileiro acima de tudo", ou "Antes de ser Sulista, sou Brasileiro", que são aplaudidas por alguns, deveriam na verdade ser recebidas com olhos apertados de tristeza. Tristeza pelo estado de servidão mental ao qual foram reduzidos alguns de nossos amigos. Novamente, trata-se da mesma mídia defensora do sistema, que faz de tudo para poder sobreviver.

Não é por considerar-se "melhor", nem por querer romper laços com irmãos de outras regiões que um povo busca sua autodeterminação. Conclamo a todos que se interessarem pelo assunto, a lerem o Manifesto do GESUL, que esclarecerá todas essas questões melhor do que eu. E também convido-os a visitar as páginas de outros movimentos (tais como o Grupo de Estudos Nordeste Independente), que, espalhados pelo Brasil afora, lutam em trincheiras diferentes, pelo mesmo ideal sagrado: a liberdade.


http://mrsp.110mb.com/resistencias.html

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