sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A República Ianomâmi

O autor fala dos interesses obscuros relacionados com a criação da área Ianomâmi e alerta para o surgimento no exterior da idéia de uma “República Socialista Ianomâmi”.
A respeito dos chamados Ianomâmis, convém iniciarmos lembrando a inexistência de tribo com tal denominação em território brasileiro, pelo menos até o ato de nosso Governo Federal que assim denominou os remanescentes de diversas tribos locais, perfazendo um total de cerca de seis mil indivíduos.
Essa foi a conclusão de indianistas e estudiosos da área amazônica, como o saudoso Cel Carlos Alberto Menna Barreto, que exerceu vários comandos na fronteira e, posteriormente, foi Secretário de Segurança do Estado de Roraima. Havendo passado cerca de dez anos pesquisando os assuntos daquela região, percorreu inteiramente a área dita Ianomâmi, onde apenas encontrou grupos esparsos de índios, com línguas, costumes e até tipos físicos diferentes, mas nenhuma, entre as dezoito tribos relacionadas, com a denominação “Ianomâmi”.
Após minuciosas pesquisas, escreveu o livro “A Farsa Ianomâmi”, publicado pela Biblioteca do Exército, afirma que “a tribo Ianomâmi não passa de história de ficção ou de uma farsa”, parecendo que esses grupos esparsos, por “interesses inconfessáveis estão sendo relacionados sob o mesmo rótulo de Ianomâmi” e naturalmente instruídos posteriormente, para que confirmem essa denominação.
Apesar disso, o Presidente da República da época, recebendo pressão dos E.U.A., conforme foi noticiado, determinou a demarcação do imenso território de 94000 km2 e, para cúmulo, deu a denominação de “nação”, como se fosse possível haver outra nação dentro da Nação Brasileira.
Esse ato, que afronta a soberania nacional, atendeu aos interessados na internacionalização da Amazônia, que agora podem clamar pela libertação do “povo dominado e espoliado” pelo BRASIL.
Já existem fatos concretos que demonstram claramente que tudo foi obra de bem montada manobra internacional visando ao futuro desmembramento da nossa Amazônia. A revista “A Defesa Nacional”, em seu número do 2o trimestre de 1996, publica interessante artigo de autoria de Gilberto Paim sob o título “Sobre a República Socialista Ianomâmi”, no qual comenta:
“Há algum tempo, encontram-se em discussão específicos da situação de algumas populações indígenas na região Norte. Examina-se, em particular, a questão das vastas extensões oficialmente definidas como terras indígenas, em favor de grupamentos ianomâmis, nas reservas para eles deferidas no Amazonas e em Roraima”.
Podemos considerar ridículo o chamado “Governo da República Socialista Ianomâmi”, formado no exterior, que tem como presidente um cidadão americano, Mr. Charles Dunbar, nascido em Conneticut e “naturalizado” ianomâmi. O vice-presidente é alemão, e os ministros pertencem a várias nacionalidades. Faz parte do governo um índio, Akatoa, supostamente de origem ianomâmi. Para completar o ridículo, a República Socialista Ianomâmi tem um “parlamento” composto de 18 membros. Não obstante seus aspectos risíveis, o Brasil não pode ficar indiferente a iniciativas como a dessa República que tem um governo no exílio.
Para completar a farsa, esse governo até emite passaporte. O Governador Neudo Ribeiro Campos, de Roraima, em outubro de 1996, durante o III Encontro Nacional de estudos Estratégicos, realizado no Rio de Janeiro, mostrou um passaporte expedido pela “Nação Ianomâmi”, demonstrando claramente que pretendem fazer com que o governo dessa “nação” se apresente como um fato real, com vida própria.
Podemos afirmar que nada tem de ridículo a criação desse “governo exilado”, pois tudo demonstra que está dentro de manobra internacional, muito bem planejada e em plena execução, visando a conseguir, ou pelo menos, a tentar apossar-se dos 94.000 km2, em território brasileiro, ao qual somam-se outros 83.000 km2 na Venezuela, totalizando 177.000 km2, pois, conforme preconizam os “verdes”, deve ser mantida a unidade territorial indígena, e tudo seria facilitado pela inexistência de linha divisória perfeitamente demarcada na região.
Todos os atos demarcatórios parecem haver sido comandados do exterior, contando com o apoio de entreguistas, que tudo facilitam para que sejam feitas essas exageradas delimitações de áreas, onde supostamente viveriam indígenas, através de simples portarias do Ministério da Justiça, sem que tivessem sido ouvidos os órgãos responsáveis, como o Congresso e o Conselho de Defesa Nacional.
A qualquer momento, pode ser desencadeada uma campanha, bem orquestrada, pela independência dessa “pobre nação, subjugada e explorada” , como alegarão, pela Nação Brasileira, e isso terá pleno apoio da ONU e do Grupo dos Sete.
Que espera nosso Governo para eliminar essa manobra, anulando a denominação de “nação”, conferida a essa descomunal reserva?
Atualmente o narcotráfico está permitindo uma grande ingerência externa na situação interna da Colômbia, não estando descartada a intervenção militar, como foi proposto pelos E.U.A., por parte de um grupo de países, “vizinhos ou simplesmente relacionados política e economicamente” (!?). A situação de uma força militar dessa natureza na fronteira do BRASIL acarretará problemas muito sérios, pois, em tal caso, esbarrarão com as FARC que procurarem refúgio no lado de cá? A nossa guarnição militar na região terá condições para garantir a inviolabilidade do território nacional?
Uma ação dessas demonstraria a facilidade com que poderão ser feitas outras, inclusive para apoiar a “independência” da “República Socialista Ianomâmi”.
Revista do Clube Militar, Novembro/1999.
A República Ianomâmi
Ruy de Paula Couto

http://www.teoriadaconspiracao.com.br/geral/a-republica-ianomami/

A república ianomâmi

18/04/2001

Autor: M. PIO CORREA

Fonte: O Globo - Rio de Janeiro -RJ



O`governo federal demarcou para os índios ianomâmis uma reserva com área de 94 mil quilômetros quadrados (o tamanho do estado de Santa Catarina). Esta reserva é povoada por cerca de cinco mil índios, transformados assim nos maiores latifundiários do Brasil. Essa vasta reserva é prolongada por outra, em território venezuelano, as duas, somadas e fundidas em uma só, sem solução de continuidade, podendo formar um enclave entre os dois países, com foros de estado independente. Isso, de fato, já está ocorrendo: passou-se a falar em nação ianomâmi. Já existe, mesmo, um governo ianomâmi "no exílio", funcionando no território de um país europeu, com um presidente da República Socialista Ianomâmi, americano, um vice-presidente alemão e um Parlamento de 18 membros, dos quais um único índio. Essa "República Ianomâmi no exílio" recebe generoso apoio financeiro e moral, angariado por diversas organizações da vasta ninhada de ONGs, com o empenho de organizações religiosas também, de estranhas seitas, pastores de ovelhas negras (ou vermelhas), reverendos ecologistas pregando o catecismo da internacionalização da Amazônia. Cabe recordar que, em recente conferência internacional realizada em Genebra sob os auspícios da ONU, foi debatido um Projeto de Declaração Universal dos Direitos Indígenas, na qual pretendeu-se inserir o princípio do direito à autodeterminação dos territórios indígenas - proposta vigorosamente combatida pelos representantes do Itamaraty. Com efeito, se concedido esse direito à autodeterminação, nos veríamos no Brasil a braços com um problema de gigantescas proporções. É que as 35 maiores reservas indígenas demarcadas no Brasil somam 410 mil quilômetros quadrados, ou seja, uma extensão total maior que o estado de São Paulo ou o Rio Grande do Sul ou o Paraná. Tudo isso habitado por escassos 20 mil índios, o que equivale a dizer que a cada índio correspondem 20 quilômetros quadrados. Em vingando o princípio da autodeterminação dos territórios indígenas, o Brasil perderia sua soberania sobre essas vastas extensões de território. A ameaça maior desenha-se do lado dos ianomâmis e de sua pretensa República Socialista, pois suas terras estendem-se por dois estados (Roraima e Amazonas) e vão prolongar-se além da fronteira venezuelana, criando um cômodo corredor para trânsito de mercadorias, pessoas e drogas, sem fiscalização aduaneira possível em nível adequado. Felizmente, as Forças Armadas estão alertas e bem apetrechadas na área. As três Forças estão irmanadas no zelo pela preservação da soberania nacional na Amazônia. As Brigadas e Batalhões de Selva estão admiravelmente organizados, comandados e providos de meios para a execução de qualquer missão. Os navios fluviais da Marinha apóiam os deslocamentos de tropas e patrulham os rios. A FAB mantém na região 75 helicópteros de apoio à tropa terrestre, e todo um Grupo de Aviação. Enquanto isso, os ianomâmis continuam opondo-se a que a importante estrada estratégica BR-320, parte do Projeto Calha Norte, atravesse as suas terras - que não são deles, mas do Brasil. Quando for tomada a decisão de levar avante a construção da estrada, os ianomâmis precisarão, para impedi-la, de uma pajelança que excede a competência de seus feiticeiros... Aliás, para a solução pacífica e honrosa deste impasse, também as Forças Armadas seriam indicadas como negociadores naturais com os índios. Desde Rondon, o Exército possui larga experiência de contatos pacíficos com populações indígenas, baseados no respeito mútuo e em autêntica amizade. O presidente Theodore Roosevelt foi testemunha dessas cordiais relações entre militares e silvícolas, tão diferentes das sangrentas experiências americanas. A FAB vem, há mais de meio século, cultivando o convívio com os índios em Cachimbo. E a Marinha é a providência, não só dos civilizados, mas também das tribos ribeirinhas, às quais leva em abundância assistência médica excelente. Na hora das negociações, para o prosseguimento da BR-320, todos fumarão juntos o cachimbo da paz.... M. PIO CORREA é embaixador aposentado.

http://pib.socioambiental.org/en/noticias?id=2789
 

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