No início do século 19, foram
trazidos por iniciativa do governo imperial, colonos europeus para este
país imenso que é o Brasil. No oeste, sul e norte, para ocupação de
terras como meio de defesa contra os invasores. E em São Paulo,
principalmente para a substituição de escravos cujo comércio e
importação tornava-se cada vez mais complicado.
Descobriu-se que os colonos europeus adaptavam-se melhor com a cultura e produção de café.
As
primeiras 232 famílias desembarcaram sem anuência do governador da
província, em Santos no dia 13 de dezembro de 1827. Devido a este fato,
foram mal recebidos e mal alojados. Posteriormente, 129 famílias com
origem em Hunsrück (Alemanha), concordaram com seu assentamento numa
região chamada Parelheiros, distante 43 km da vila de Santo Amaro. Este
assentamento recebeu o nome de Colônia (Colônia Velha.).
Terra
inadequada para a agricultura, localizada na serra do mar com clima,
estrada e caminhos ruins ou inexistentes, vizinhança de índios, longe do
centro consumidor mais próximo. Estas eram as principais
características da região.
Vieram
sem professores, religiosos ou médicos. Dizimados por doenças
desconhecidas, muitos migraram para São Paulo. No isolamento, sem falar a
língua nativa, falando um dialeto alemão difícil de ser entendido,
estes colonos originalmente evangélicos luteranos foram perdendo
gradativamente a identidade, a língua, a religião, os costumes e a
cultura de origem.
Devido ao isolamento, já em 1829, instalaram um cemitério. Em 1842 fundaram uma associação com nome de “Associação Kaerchhof”, a qual solicitou, através de um ofício, que o Bispo de São Paulo benzesse o cemitério.
Nos
casamentos, sepultamentos e batizados, um ancião em liturgia cantada,
rezava a partir de um velho cancioneiro de igreja, editado em Hamburgo
em 1823, entoando uma canção alusiva ao evento, sem mesmo entender as
palavras pronunciadas.
Durante
a segunda guerra mundial, o cemitério permaneceu fechado. Em 1966 foi
encampado pela Municipalidade e impedido de funcionar. A Colônia,
Entidades e Associações de origem alemã, junto com os remanescentes dos
colonos empenharam-se para a devolução e reabertura do Cemitério.
A
Associação Cemitério dos Protestantes comprometeu-se em promover a
restauração do cemitério e o assentamento de um monumento alusivo,
construir a infra-estrutura, velórios e assumir a administração.
A fim de tornar o cemitério auto-suficiente, a Associação Cemitério dos Protestantes adquiriu
um terreno adjacente, sobre o qual foram construídos velórios,
administração, sanitários e outras áreas auxiliares, sobrando espaço
suficiente para a ampliação do cemitério.
Em 18 de novembro 2000 o Cemitério de Colônia reiniciou oficialmente as suas atividades.
E em 27
de outubro de 2001, com a presença de muitas autoridades, foi celebrada a
reabertura do Cemitério de Colônia em uma belíssima solenidade
acompanhada de um culto ecumênico.
Na placa comemorativa do monumento de reabertura do cemitério consta a inscrição de autoria do saudoso Sr. Helmuth Maximilian Franz Bremberger, morador e um grande defensor da revitalização do Bairro de Colônia:
Viemos pelo mar
Para trás ficaram:
Amigos, familiares
Gente que amamos,
Ficou nosso lar.
Viemos de muito longe
Povoar prados virgens.
Para trás ficaram:
Amigos, familiares
Gente que amamos,
Ficou nosso lar.
Viemos de muito longe
Povoar prados virgens.
Viemos para ficar;
Criar nossos filhos,
Trabalhar!
Construir,
Ombro a ombro
Com todos que aqui encontramos,
Uma grande nação...
Nossa Pátria
Criar nossos filhos,
Trabalhar!
Construir,
Ombro a ombro
Com todos que aqui encontramos,
Uma grande nação...
Nossa Pátria
18 de Junho de 1829 / 18 Novembro de 2002
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