LONDRES (Reuters) - Políticos britânicos repreenderam um conselho local
na Inglaterra neste sábado, depois que ele retirou crianças dos cuidados
de uma família adotiva porque ela apoiava um partido político que
defende a saída da Grã-Bretanha da União Europeia e regras imigratórias
mais duras.
A contenda colocou em evidência o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), que viu sua popularidade aumentar nos últimos meses com o crescente desencantamento provocado pela associação da Grã-Bretanha com a UE, e tem gerado polêmica entre políticos conservadores que acusam a esquerda de correção política excessiva.
A decisão de tirar as crianças dos cuidados do casal por causa do apoio deles à UKIP foi tomada pelo Conselho Rotherham, no norte da Inglaterra, que é controlado pelo partido Trabalhista, da oposição.
Falando à BBC, Joyce Thacker, diretora-estratégica dos serviços de crianças e jovens no conselho, disse que ainda teria que decidir se colocações adotivas seriam apropriadas para crianças especiais.
"Essas crianças (especiais) vêm de famílias migrantes da UE, e o UKIP fez declarações muito claras sobre o fim do multiculturalismo, sobre não levar isso adiante, e preciso pensar sobre quão sensível estou sendo com essas crianças", disse ela.
Relatos da mídia disseram que o conselho havia lançado uma investigação sobre o assunto. O conselho não pôde ser encontrado para dar declarações.
O líder do UKIP, Nigel Farage, condenou a medida do conselho.
"Somos um partido político não racista e não sectário... eles (o casal) estavam dando a essas crianças amor e estabilidade e todas as coisas das quais precisavam", disse ele.
"Eles foram discriminados... porque apoiam um partido que diz que não deveríamos fazer parte da União Europeia e que deveríamos controlar nossas fronteiras e isso é preconceito em sua forma mais terrível".
O UKIP pede em seu site o fim da "imigração em massa descontrolada" e diz que não mais do que 50.000 imigrantes deveriam ter permissão de entrar na Grã-Bretanha por ano. O partido de Farage não tem uma cadeira no Parlamento, mas está vendo sua popularidade aumentar.
"Essa decisão é arbitrária, ideológica, indefensável", disse o ministro da Educação, Michael Gove, pedindo uma investigação da questão.
Ed Miliband, o líder do partido Trabalhista, disse que a afiliação política não deveria afetar as chances para adoção.
"O que importa é o futuro das crianças em Rotherham e em outros lugares e ser membro de um partido político como o UKIP não deveria ser um obstáculo para adotar crianças".
(Reporting by Mohammed Abbas)
A contenda colocou em evidência o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), que viu sua popularidade aumentar nos últimos meses com o crescente desencantamento provocado pela associação da Grã-Bretanha com a UE, e tem gerado polêmica entre políticos conservadores que acusam a esquerda de correção política excessiva.
A decisão de tirar as crianças dos cuidados do casal por causa do apoio deles à UKIP foi tomada pelo Conselho Rotherham, no norte da Inglaterra, que é controlado pelo partido Trabalhista, da oposição.
Falando à BBC, Joyce Thacker, diretora-estratégica dos serviços de crianças e jovens no conselho, disse que ainda teria que decidir se colocações adotivas seriam apropriadas para crianças especiais.
"Essas crianças (especiais) vêm de famílias migrantes da UE, e o UKIP fez declarações muito claras sobre o fim do multiculturalismo, sobre não levar isso adiante, e preciso pensar sobre quão sensível estou sendo com essas crianças", disse ela.
Relatos da mídia disseram que o conselho havia lançado uma investigação sobre o assunto. O conselho não pôde ser encontrado para dar declarações.
O líder do UKIP, Nigel Farage, condenou a medida do conselho.
"Somos um partido político não racista e não sectário... eles (o casal) estavam dando a essas crianças amor e estabilidade e todas as coisas das quais precisavam", disse ele.
"Eles foram discriminados... porque apoiam um partido que diz que não deveríamos fazer parte da União Europeia e que deveríamos controlar nossas fronteiras e isso é preconceito em sua forma mais terrível".
O UKIP pede em seu site o fim da "imigração em massa descontrolada" e diz que não mais do que 50.000 imigrantes deveriam ter permissão de entrar na Grã-Bretanha por ano. O partido de Farage não tem uma cadeira no Parlamento, mas está vendo sua popularidade aumentar.
"Essa decisão é arbitrária, ideológica, indefensável", disse o ministro da Educação, Michael Gove, pedindo uma investigação da questão.
Ed Miliband, o líder do partido Trabalhista, disse que a afiliação política não deveria afetar as chances para adoção.
"O que importa é o futuro das crianças em Rotherham e em outros lugares e ser membro de um partido político como o UKIP não deveria ser um obstáculo para adotar crianças".
(Reporting by Mohammed Abbas)
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