sábado, 8 de maio de 2010

Fascismo à brasileira constrói rede de imprensa

Jornalista e escritor vinculado à corrente modernista dos verde–amarelos, Plínio Salgado voltou de uma viagem que fez à Itália, em 1930, impressionado com o regime fascista naquele país. Fundou então, em 1932, a AIB (Ação Integralista Brasileira), movimento cultural e político de extrema direita, que pregava a centralização política nas mãos de um Estado com plenos poderes, e era contrário à pluralidade de partidos políticos.
Para divulgar estas idéias, surgiram os veículos de imprensa, como a revista Anauê (1935) e o jornal diário Acção ( 1936 ). Outros periódicos, inclusive locais, participavam da rede de imprensa integralista. Desde o começo, o movimento entrou em choque com sindicatos, partidos de esquerda e alguns setores liberais. Estes choques resultavam, frequentemente, em embates violentos com mortos e feridos.

Já as relações com o governo Vargas eram bastante próximas e amistosas.
A marca mais duradoura da AIB na história brasileira foi o famoso Plano Cohen, fabricado pelo capitão integralista Olímpio Mourão Filho. O Plano alinhava uma conspiração comunista imaginária contra o governo Vargas. Este se apoderou do documento e utilizou–o como justificativa para tomar as medidas de exceção que marcaram o início do Estado Novo, em 1937. Em 11 de maio do ano seguinte, os integralistas, também atingidos pelo fechamento político no país, tentaram tomar o poder. O fracasso dessa tentativa resultou no fechamento definitivo da AIB, que, da perspectiva de Vargas, já havia cumprido seu papel.

Fonte:

    Imprensa Integralista, Imprensa Militante, Rodrigo Santos de Oliveira, Site domínio Público,
    http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?selectaction=&co obra=133383, em 26/8/2009. 
 


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