sábado, 28 de janeiro de 2012

Helicoptero Necessidade: Aguias da Polícia de São Paulo já atendem 22 chamados por dia

Perseguições policiais com helicópteros estão se tornando cada vez mais rotineiras no Estado. Em 2011, as 30 aeronaves Águia da Polícia Militar (24 helicópteros e seis aviões) foram acionadas 8.070 vezes para ir atrás de criminosos, média de 22 chamadas por dia. Isso representa um aumento de 43% em comparação com o ano anterior, quando foram 5.620 acionamentos. Segundo a PM, 70% dos atendimentos do helicóptero da PM foram na capital paulista.

O número de operações bem-sucedidas do Grupamento de Radiopatrulha Aérea, ou seja, que resultaram na prisão de criminosos, cresceu praticamente na mesma proporção: de 967 em 2010 para 1.374 no ano passado, alta de 42%. Os casos envolvem roubos de residência, arrastões em prédios, assaltos a banco, lotéricas e sequestros relâmpagos. "O helicóptero permite uma ação de acerto dos policiais em terra, agiliza o atendimento da ocorrência e, principalmente, salva a vida da população com agilidade", diz o especialista em segurança Felipe Gonçalves.

Se não fosse o helicóptero, uma quadrilha que invadiu uma casa no Jardim Paulista, zona sul de São Paulo, não seria capturada. No último dia 12, o bando invadiu a residência e amarrou o proprietário, um bancário de 30 anos. Os criminosos levaram vários objetos de valor e colocaram tudo no carro da vítima. Na saída, o bando foi seguido por terra por viaturas da PM e por ar pelo Águia. Com o apoio aéreo, a polícia conseguiu prender três assaltantes em flagrante. Com eles foram encontrados telefones, relógios de grife, joias e o carro do bancário.

O tenente Rui Galetti, oficial de relações públicas do Grupamento Aéreo, explica que, em algumas ocorrências, o próprio piloto se aproxima dos suspeitos no solo e os prende. "Aconteceu isso uma vez, os tripulantes se aproximaram bem dos ladrões e deram voz de prisão para criminosos que estavam escondidos em uma região de mata."

Helicóptero Águia 4 da Polícia Militar pousa no centro de São Paulo, onde um prédio pegou fogo

A PM diz que o acionamento do Águia pode ser feito pelo policial da rua que está na ocorrência, por meio de rádio. Outra forma é o pedido do próprio operador do telefone 190. Se ele analisar que o caso é grave ou precisaria de uma aeronave, ele mesmo faz a solicitação.

Emergências. Em meio a tantos crimes, os pilotos e suas equipes também relatam casos dramáticos de salvamento na água ou resgates de fogo e acidentes. No dia 22 de dezembro, a Favela do Moinho, nos Campos Elísios, região central de São Paulo, ficou em chamas. Onze pessoas foram resgatadas em cestos pelo Águia. O dia de trabalho intenso deixou reflexos no corpo do capitão Marcelo César Cancian, 12 anos no Grupamento de Radiopatrulha Aérea e 25 de PM. "Estava com tensão muscular, travado e com os dedos duros."

Fonte: Estadão via Vinna

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