Versão Independente

terça-feira, 25 de maio de 2010

Os Pinos

http://gl.wikipedia.org/wiki/Himno_de_Galicia

Letra orixinal de 1890
Que din os rumorosos
Na costa verdecente,
Ó rayo trasparente,
Do prácido luar...?
Que din as altas copas
D'escuro arume arpado,
Co seu ben compasado,
Monótono fungar...?
Do teu verdor cingido,
É de benígnos astros,
Confin dos verdes castros,
E valeroso clán,
Non dés a esquecemento,
Da injuria o rudo encono;
Despérta do teu sono,
Fogar de Breogán.
Os boos e generosos,
A nosa voz entenden;
E con arroubo atenden,
O noso rouco son;
Mas, sós os ignorantes,
E férridos e duros,
Imbéciles e escuros
No-nos entenden, non.
Os tempos son chegados,
Dos bardos das edades,
Q'as vosas vaguedades,
Cumprido fin terán;
Pois donde quer gigante,
A nosa voz pregóa,
A redenzón da bóa
Nazón de Breogán.
Letra de 1984
Que din os rumorosos
na costa verdecente,
ao raio transparente
do prácido luar?
Que din as altas copas
de escuro arume arpado
co seu ben compasado
monótono fungar?
Do teu verdor cinguido
e de benignos astros,
confín dos verdes castros
e valeroso chan,
non des a esquecemento
da inxuria o rudo encono;
desperta do teu sono
fogar de Breogán.
Os bos e xenerosos
a nosa voz entenden
e con arroubo atenden
o noso ronco son,
mais sóo os iñorantes
e féridos e duros,
imbéciles e escuros
non nos entenden, non.
Os tempos son chegados
dos bardos das edades
que as vosas vaguedades
cumprido fin terán;
pois, donde quer, xigante
a nosa voz pregoa
a redenzón da boa
nazón de Breogán.
CLIQUE AQUI E OUÇA
OUÇA TAMBÉM: MARCHA REAL GALEGAPARTITURA DA MARCHAhttp://www.himnogallego.com/im%E1genes/marcha_galego.jpg
Postado por Ismaju às 01:43 Nenhum comentário:
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Marcadores: áudio, Galiza, hinos comuns

Pijama de Getúlio Vargas é restaurado após 55 anos

O pijama de seda que o presidente Getúlio Vargas usava no dia da sua morte foi restaurado e voltará a ser exposto no Museu da República, no Rio de Janeiro, a partir do dia 24 de agosto, quando o suicídio do político, que governou o país em duas oportunidades (1930-1945 / 1951-1954), completará 55 anos. A peça foi retirada do local no dia 9 de dezembro do ano passado para sua primeira restauração.

  • O buraco de bala e a mancha de sangue podem ser vistos no bolso esquerdo do pijama


O buraco de bala e a mancha de sangue podem ser vistos na altura do bolso esquerdo do pijama listrado. A diretora do museu, Magali Cabral, vai exibir a peça em uma vitrine e, desta forma, os visitantes poderão observar pela primeira vez a parte de trás, onde ainda há uma grande mancha de sangue. Antes da restauração, a peça era mostrada ao público apenas estendida sobre uma plataforma.

A museóloga Helena Lúcia Antunes foi a responsável pela restauração. Após três meses de exibição, a peça será guardada em condições mais apropriadas na reserva técnica do palácio, e o público não terá mais acesso.

DO UOL

COMENTÁRIO: O pijama até que é bonitinho demais para este bandido que nele morreu.
Postado por Ismaju às 01:31 Nenhum comentário:
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Marcadores: Getúlio Vargas, história, república velha

Cidade belga distribui galinhas aos moradores para reduzir lixo orgânico

 
Galinhas são doadas aos habitantes de Mouscron
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Galinhas são doadas aos habitantes de Mouscron

Mouscron, na Bélgica, distribui galinhas aos moradores para diminuir o lixo doméstico. Moradores têm de se comprometer a não abater o animal por dois anos. Iniciativa já levou à campanha "troco lixo por ovos".

 

Preocupada com a grande quantidade de lixo doméstico produzido na cidade, há três anos a prefeitura de Mouscron, perto da fronteira entre a Bélgica e a França, resolveu doar galinhas aos moradores. Cada animal consome cerca de um quilo de lixo orgânico por semana.
Christophe Deneve, um dos responsáveis pela ideia, conta que só quem participa das palestras introdutórias pode ganhar um animal. Que não ouve a palestra, não ganha galinhaBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Que não ouve a palestra, não ganha galinha"No primeiro ano, não demos maiores esclarecimentos ao distribuir as galinhas em caixas de papelão e aconteceu que, duas semanas depois, algumas pessoas ainda não tinham tirado os bichos da caixa".
As visitas de controle anual continuam, embora nunca mais tenham sido registrados problemas, conta Deneve. O casal Christine e Charles Vandewiele, por exemplo, adquiriu mais duas, além das seis galinhas que têm em casa. Eles consideram as aves suas "filhas". "Quando as chamamos, elas vêm correndo", conta Christine orgulhosa.
Lixo bem aproveitado
Seu marido fala do prazer em comer os ovos, que recolhe todos os dias. Suas aves põem quatro a cinco ovos ao dia. "Com certeza isso diminui a quantidade de lixo, pois o que damos a elas não é jogado fora", diz.
Para o casal Wandewiele, aves são como 'filhas'Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Para o casal Wandewiele, aves são como 'filhas'
Matar as próprias galinhas, no entanto, é tabu. Embora o contrato com a cidade estipule que as aves devem ser mantidas vivas por pelo menos dois anos, todas os animais doados desde 2007 continuam vivos, garante o responsável ambiental da cidade.
"As pessoas não conseguem matá-las. Conheço gente que permite que elas entrem até na cozinha, ou que corram atrás das crianças, como pequenos cachorrinhos", conta.
Daoud Riffí é um dos que vê as galinhas com fins pedagógicos. "Moramos no centro da cidade e isso traz um pouco da natureza para dentro de casa", explica. Riffí assinou um contrato com a prefeitura, no qual se compromete a tratar bem os animais.Família Riffí foi contempladaBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Família Riffí foi contemplada
Grande interesse dos moradores
A família Riffí teve sorte. A cidade não dá conta de atender a todas as inscrições para as cem galinhas distribuídas anualmente. "Mais uma vez, tivemos muito mais interessados do que galinhas para distribuir", explica Deneve.
Além disso, o objetivo da prefeitura é sensibilizar os moradores para o problema do lixo e não distribuir aves para cada um dos 27 mil domicílios de Mouscron.
Quem quiser, pode comprar uma galinha por sete euros, só que ganhar uma, sem pagar nada, tem muito mais charme.
Autorin: Susanne Henn (rw)
Revisão: Soraia Vilela

 http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5604050,00.html?maca=bra-rss-br-all-1030-rdf
Postado por Ismaju às 01:26 Nenhum comentário:
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Marcadores: Meio ambiente

Outdoor com Hitler vestido de rosa causa protestos no sul da Itália

Anúncio de loja de roupas mostra Hitler vestido de rosa, com escrito "mude de estilo, não siga seu líder"
DA FRANCE PRESSE, EM PALERMO
FOLHA

Anúncio de loja de roupas mostra Hitler vestido de rosa, com escrito "mude de estilo, não siga seu líder"
A entidade é ligada à Resistência italiana ou 'partigiana', movimento de oposição ao fascismo surgido durante a Segunda Guerra Mundial.
O cartaz é um anúncio de uma loja de roupas e mostra Hitler "com uma atitude triunfante", segundo Anpi, vestido com um uniforme rosa e uma braçadeira militar com um coração vermelho em vez da suástica.
Abaixo da imagem está escrito: "mude de estilo, não siga seu líder".
Para os manifestantes, trata-se de um "fato grave que afeta os democratas sicilianos, ofende aqueles que combateram o fascismo e o nazismo e viola os princípios democráticos e constitucionais", escreveu Terranova.
A agência de publicidade que lançou a campanha informou à imprensa que o anúncio era uma provocação para chamar a atenção do público, e não uma apologia ao nazismo.
O dono da agência, Daniele Manno, afirmou que o objetivo era "ridicularizar Hitler", e ao mesmo tempo, "convidar os jovens a não se deixar condicionar por seus chefes".
Segundo Manno, em poucas semanas serão divulgados outdoors com a imagem do líder chinês Mao Tse Tung.
Postado por Ismaju às 01:24 Nenhum comentário:
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Marcadores: Adolph Hitler, propaganda

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Madame Guyon

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f7/Jeanne_Marie_Bouvier_de_la_Motte_Guyon_-_Project_Gutenberg_eText_13778.jpg/225px-Jeanne_Marie_Bouvier_de_la_Motte_Guyon_-_Project_Gutenberg_eText_13778.jpg

Autobiografia de Madame Guyon
Madame Guyon
editora: Editora dos Clássicos
série: Riquezas de Cristo


Sinopse
"Poucas pessoas atingiram um alto grau de espiritualidade como o alcançado por Madame Guyon (1648-1717). Nascida em uma época corrupta, ela cresceu e criou-se em uma igreja tão devassa quanto o mundo em que estava inserida. Perseguida a cada passo de sua carreira, padeceu maus-tratos, aflições, sofreu abusos e foi presa durante anos pelas autoridades da igreja católica. Seu único crime foi amar a Deus; sua culpa foi a suprema devoção e afeição a Cristo. Ela compreendeu com facilidade as verdades mais profundas das Sagradas Escrituras. Os mais distintos líderes espirituais foram tremendamente influenciados por seus escritos, que têm por objetivo realizar algo bem maior nesses dias do que realizou no passado. Na realidade, o mundo cristão está apenas começando a entendê-los e a apreciá-los. Por meio de sua obra, milhares de pessoas podem chegar à mesma relação e comunhão íntima com Deus."


Comentários dos Editores

Jeanne Marie Bouvier de La Motte (1648-1717), mais conhecida como Madame Guyon, foi levantada por Deus num contexto católico, em pleno século XVII, quando as nuvens da apostasia ainda eram densas, apesar da fresta de luz da Reforma. Deus a usou de forma especial para abrir caminho para a restauração da vida interior, da comunhão profunda com Ele, através da oração, da consagração plena, da santificação e do operar da cruz. Seus inspirados escritos, especialmente gerados na prisão, influenciaram a muitos ao redor do mundo e a notáveis líderes, tais como o Arcebispo Fenelon, os Quacres, John Wesley, Zinzendorf, Jessie Penn-Lewis, Andrew Murray e Watchman Nee. Eles foram tão marcados por Deus através dela que muitas das verdades comentadas e vividas por eles tiveram origem, de alguma maneira, no que herdaram de Madame Guyon; em nossos dias, estamos apenas começando a tocar no fluir das águas da verdadeira espiritualidade que Deus fez jorrar através dela.

Sua autobiografia, escrita especialmente para atender à insistência de seu mentor, o padre La Combe, é notoriamente reconhecida como um dos maiores clássicos cristãos. Em vários livros encontramos menções dispersas desta autobiografia e de seus escritos, tentando resumir sua vida e obra. Hoje, pela primeira vez em língua portuguesa, temos a grande satisfação de apresentar aos garimpeiros de preciosidades esta singular obra.

Esta é uma versão completa da obra original, e conservamos na íntegra o estilo da autora, em sua linguagem e contexto católico (apenas adicionamos os títulos, subtítulos e frases resumindo os capítulos). Como ela ressaltou: “Espero que o que escrevo não seja visto por ninguém que possa ofender-se com isso, ou que não esteja em condição de ver estes assuntos em Deus”. Assim, é nosso encargo que, sem preconceitos, nossos olhos sejam abertos para também vermos, como muitos, além das letras e da casca das conjunturas naturais e tocar nos segredos do coração de Deus dispensados de forma especial pela correspondência incondicional de Madame Guyon.

Esta é uma obra que merece nosso respeito.

Que possamos vê-Lo no cenário e amá-Lo ainda mais.

Ó Senhor, esta obra é fruto de Tua providência. A Ti damos toda glória!



Editora dos Clássicos

São Paulo, 05 de novembro de 2004.
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Marcadores: Cristianismo, Madame Guyon, protestatismo

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Luta sem Classe

Defenda seu Filho




http://www.escolasempartido.org

Luta sem Classe


Por Mírian Macedo

(Veja ao final a resposta do Sistema COC)

Acabei de tirar minha filha, de 14 anos, do Colégio Pentágono/COC (unidade Morumbi - São Paulo) em protesto contra o método pedagógico "porno-marxista" adotado pela escola no ensino médio este ano. O sistema COC, que começou como cursinho pré-vestibular há cerca de 40 anos em Ribeirão Preto-SP, está implantado hoje em mais de 150 escolas em todo Brasil, atingindo cerca de 200 mil alunos. O Pentágono - que, além do Morumbi, tem colégios em Alphaville e Perdizes - é uma das escolas-parceiras.

As provas de desvio moral-ideológico são incontáveis. Numa apostila de redação, a escola ensina "como se conjuga um empresário" e, para tanto, fornece uma seqüência de verbos retratando a rotina diária deste profissional:

"Acordou, barbeou-se... beijou, saiu, entrou... despachou... vendeu, ganhou, lucrou, lesou, explorou, burlou... convocou, elogiou, bolinou, estimulou, beijou, convidou... despiu-se... deitou-se, mexeu, gemeu, fungou, babou, antecipou, frustrou... saiu... chegou, beijou, negou, etc., etc.".

A página 4 da apostila de Gramática ostenta a letra de uma música de Charlie Brown Jr, intitulada Papo Reto (Prazer É Sexo O Resto É Negócio) – assim mesmo, tudo em maiúscula, sem vírgula. Está escrito:

"Otário, eu vou te avisar:/ o teu intelecto é de mosca de bar/ (...) Então já era,/ Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer".

Noutro exemplo, uma letra de Vitor Martins, da música Vitoriosa:

"Quero sua alegria escandalosa/ vitoriosa por não ter vergonha/ de aprender como se goza".

As apostilas de História e Geografia, pontilhadas de frases-epígrafes de Karl Marx e escritas em 'português ruim', contêm gravíssimos erros de informação e falsificação de dados históricos. Não passam, na verdade, de escancarados panfletos esquerdejosos que as frases abaixo, copiadas literalmente, exemplificam bem:

"Sabemos que a história é escrita pelo vencedor; daí o derrotado sempre ser apresentado como culpado ou condições de inferioridade (sic). Podemos tomar como exemplo a escravidão no Brasil, justificada pela condição de inferioridade do negro, colocado (sic) como animal, pois era ‘desprovido de alma’. Como catequizar um animal? Além da Igreja, que legitimou tal sandice, a quem mais interessava tamanha besteira? Aos comerciantes do tráfico de escravos e aos proprietários rurais. Assim, o negro dava lucro ao comerciante, como mercadoria, e ao latifundiário, como trabalhador. A história pode, dessa forma, ser manipulada para justificar e legitimar os interesses das camadas dominantes em uma determinada época".

Sandice é dizer que a Igreja legitimou a escravidão. Em 1537, o Papa Paulo III publicou a Bula Veritas Ipsa (também chamada Sublimis Deus), condenando a escravidão dos 'índios e as mais gentes'. Dizia o documento, aqui transcrito em português da época que "com authoridade Apostolica, pello teor das presentes, determinamos, declaramos, que os ditos Indios,  todas as mais gentes que daqui em diante vierem á noticia dos Christãos, ainda que estejão fóra da Fé de Christo, não estão privados, nem devem sello, de sua liberdade, nem do dominio de seus bens, que não devem ser reduzidos a servidão".

Outra pérola do samba do crioulo doido, extraída da apostila de História:

"O progresso técnico aplicado à agricultura (...) levou o homem a estabelecer seu domínio sobre a produção agrícola em detrimento da mulher".

Ok, feministas. Agora, tratem de explicar a importância e o poder das inúmeras deusas na mitologia dos povos mesopotâmicos, especialmente Inana/Ishtar, chamada de Rainha do Céu e da Terra, Alta Sacerdotisa dos Céus, Estrela Matutina e Vespertina e que integrava, com igual poder, a Assembléia dos Deuses, ao lado de Anu, Enlil, Enki, Ninhursag, Nana e Shamash. Na Suméria,"tanto deuses quanto deusas eram patronos da cultura; forças tanto femininas quanto masculinas estavam envolvidas com a criação da civilização. A realidade dos papéis das mulheres dentro de casa estava em perfeito acordo com a projeção destes papéis no mundo divino". (Tikva Frymer-Kensky em seu livro de 1992, In the Wake of Goddesses: Women, Culture and Transformation of Pagan Myth. Fawcet-Columbine, New York.

Mais delírio marxista de viés esquerdológico:

"Estas transformações provocaram a dissolução das comunidades neolíticas, como também da propriedade coletiva, dando lugar à propriedade privada e à formação das classes sociais, isto é, a propriedade privada deu origem às desigualdades sociais - daí as classes sociais - e a um poder teoricamente colocado acima delas, como árbitro dos antagonismos e contradições, mas que, no final de tudo, é o legitimador e sustentáculo disso: o Estado". (Definição de propriedade privada, classes sociais e de Estado, em sentido marxista, no neolítico, nem Marx!).

Calma, não acabou: No capítulo sobre a Mesopotâmia, a apostila informa que o deus Marduk (grafado Manduque) ordenou a 'Gilgamés' que construísse uma arca para escapar do dilúvio. (Gilgamesh é, na verdade, descendente do Noé caldeu/sumério, chamado Utnapishtin/Ziusudra. É Utnapishtin que conta a Gilgamesh a história da arca e do dilúvio. Há versões em que Ubaretut, filho de Enki, é que é o verdadeiro Noé; Utnapishtin apenas revela a história do dilúvio a Gilgamesh).

Outro trecho informa que o "dilúvio seria enviado por Deus, como castigo às cidades de Sodoma e Gomorra". (Em Genesis (19,24), lê-se: "O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra". Além disto, a destruição de Sodoma e Gomorra nada tem a ver com Noé e sim, com o patriarca Abraão e seu sobrinho Ló).

Outros achados:

"Diz a tradição que Sargão era filho de um jardineiro, o que nos faz pensar que, nesta época, como era possível alguém das chamadas camadas baixas da sociedade, ter acesso ao poder?". (Que reflexão revolucionária! E que estilo!).

No capítulo "Geografia das contradições" lê-se: "Uma das graves contradições relaciona-se à economia: na sociedade capitalista quase todos trabalham para gerar riquezas, mas apenas uma minoria burguesa se apropria dela (sic) (...) Por outro lado, é necessário compreender que a sociedade foi e é organizada por meio das relacões sociais de produção. Entre nós, e na maioria dos países, temos o modo de produção capitalista, em que a relação básica é representada pelo trabalho. Nele encontram-se os proprietários dos meios de produção e os trabalhadores que, não possuindo os meios de produção, vendem sua força de trabalho". (Marxismo puro, simples assim).

O mais grave é que estas apostilas, de viés ideológico explícito, vêm sendo adotadas por um número cada vez maior de escolas no País. Além das escolas próprias, o COC faz parcerias com quem queira adotar o sistema, como aconteceu este ano com o Colégio Pentágono, onde minha filha estuda desde o primário. Estas apostilas têm de ser proibidas e as escolas-parceiras e o COC têm de ser responsabilizados. É a escuridão reinante.

______________________

Dias depois de exercer o direito de resposta, o Sistema COC de Ensino ajuizou ação judicial, objetivando a condenação do coordenador do EscolasemPartido.org, Miguel Nagib, e da jornalista Mírian Macedo, ao pagamento de indenização por danos morais alegadamente causados pelo artigo.

___________________________________________

Resposta do Sistema COC

O Sistema COC de Ensino lamenta profundamente o conteúdo do texto da Sra. Mirian Macedo, publicado nesse site.

Queremos esclarecer:

O estudo da História, enquanto uma disciplina do conhecimento, tem como um dos pontos de partida a elaboração de uma teoria desse conhecimento. Essa teoria norteia o trabalho de leitura e interpretação das informações, de elaboração e estabelecimento daquilo que chamamos fatos históricos.

Podemos dizer que há uma construção da narrativa histórica dentro de uma perspectiva espaço-temporal que envolve personagens particulares (reis, presidentes, líderes religiosos, revolucionários...) e personagens coletivos (povos, etnias, massas urbanizadas, comunidades religiosas...). Porém, o que define a posição desses sujeitos históricos e a valorização de seus discursos é, entre outros aspectos, a teoria assumida pelos historiadores. Infere-se, disso, a importância das teorias da História na legitimação dessa ou daquela representação do passado humano.

No que tange ao campo específico dessas teorias, encontramos, de forma basilar, dois caminhos distintos. Um valoriza as relações materiais de produção nas comunidades humanas como determinantes de elaborações sociais, políticas, econômicas e culturais específicas que constituem a condição humana num determinado momento. Esse caminho assinala a importância da divisão social do trabalho e dos mecanismos de controle da produção como definidores de um sentido histórico. Assim, as diferenças estabelecidas no âmbito econômico-social imprimem um movimento na História. Esse movimento é marcado por contradições surgidas dessa própria diferenciação econômico-social. Tais contradições, quando superadas, colocam o grupo humano em outro estágio de desenvolvimento e este redefine as novas contradições. É nesse jogo, chamado de dialético, que flui a História. O que tratamos aqui é da teoria marxista ou do materialismo histórico-dialético.

O outro caminho valoriza a criação das idéias na relação que os homens estabelecem com a natureza e seus semelhantes. São as idéias, nesse sentido, os valores assumidos por um grupo humano que busca definir-se no contato com o mundo (natureza/outros grupos), os pilares, os fundamentos do movimento da História. Esses pilares se constituem como mitologias, religiões, sistemas éticos, filosofias etc. Nessa teoria, a própria forma de produção, de divisão social do trabalho e de distinções sociais se estabelecem em relação a esses conjuntos de valores compartilhados e, às vezes, questionados, pois há também uma relação dialética nesse mundo das idéias. Essa perspectiva da História valoriza a cultura como o âmbito definidor de organizações políticas, sociais e econômicas dos grupos humanos no tempo e no espaço. Essa teoria pode ser chamada de idealista e teve como importante pensador Max Weber, intelectual alemão, considerado, com Karl Marx e outros pensadores, um dos pais das ciências sociais (humanas). Em relação à crítica feita ao material didático, mostramos capacidade e disposição em atender aos dois caminhos interpretativos da História, sem dar espaço para simplificações grosseiras e panfletárias.

Educação não é doutrinamento para um lado ou para outro, mas é o estímulo da inteligência da complexidade. Doutrinamento é simples repetição; inteligência da complexidade é, antes de tudo, articulação.

É em nome dessa diversidade cultural, do choque entre a cultura dos livros e a cultura da mídia, que o material de Língua Portuguesa contempla os mais diversos autores e estilos, desde clássicos da literatura mundial até poetas, letristas e – por que não? – artistas populares amplamente explorados pela mídia – principalmente rádio e TV – para que possam ser comparados, discutidos, sob a luz da escola e dos professores. Dessa forma, ao invés de negar a existência de tais textos e letras, colocamo-las às claras para que possam suscitar análises e reflexões, para que possam colaborar com o processo educacional além do instrucional.

Vale ainda ressaltar que o material impresso é parte do processo de ensino e aprendizagem, que conta também com conteúdo na Internet, Livros Eletrônicos, entre tantos outros recursos que se completam com a atuação dos professores, coordenadores, alunos e pais. As escolas parceiras também complementam o material didático do sistema COC com outras atividades. É o caso do exercício "Como se conjuga um empresário", reproduzido na integra do vestibular da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que não se encontra nos materiais da 1a série do Ensino Médio do Sistema COC.

No processo de produção editorial podem ocorrer falhas e imprecisões. Nós, do Sistema COC, temos o compromisso de fazer as correções, por meio do uso do material por professores e alunos, ou de leitura crítica. Erratas são enviadas às escolas parceiras, e na edição seguinte o material impresso é retificado. Honramos sempre tal compromisso.

Para finalizar, citamos algumas obras de referência nacional e internacional, as quais corroboram o conteúdo apresentado nos livros de História do Sistema COC de Ensino.

FAUSTO, Boris – História do Brasil, São Paulo, Edusp.

NEVES, Joana – História Geral – a construção de um mundo globalizado, São Paulo, Editora Saraiva. FIGUEIRA, Divalte G. – História, São Paulo, Editora Ática.

CASAS, B. de las – Brevíssima relação da destruição das Índias, Lisboa, Antígona. KOSHIBA, L. e PEREIRA, D. M. F. – História do Brasil, São Paulo, Atual. CAMPOS, F. de e MIRANDA, R. G. – Oficina de História, São Paulo, Editora Moderna. SODRÉ, N. W. – Formação histórica do Brasil, São Paulo, Editora Brasiliense.

José Henrique del Castillo Melo - Sistema COC
Postado por Ismaju às 14:19 Um comentário:
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Marcadores: doutrinação marxista

terça-feira, 18 de maio de 2010

Jânio revela em Houston um dos dois maiores prazeres da vida

Jânio revela em Houston um dos dois maiores prazeres da vida

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Com o cônsul do Brasil à sua direita e o neto de 12 anos à esquerda, Jânio Quadros caminhava pensativo por uma rua de Houston, onde a filha Tutu morava com o marido americano, quando rompeu o silêncio de dois minutos com a pergunta surpreendente:

─ Senhor cônsul, o senhor já manteve relações sexuais com uma mulher da raça negra?

Desconcertado, o diplomata demorou alguns segundos até gaguejar a resposta:

─ Não, presidente. Até hoje, não.

─ Pois então o senhor não conhece um dos dois maiores prazeres da vida ─ comentou o ex-presidente.

E mais não disse, informa Jânio John, que acaba de me contar o episódio que testemunhou na sala de reuniões da revista Época. Único neto do presidente que morrera dois anos antes, o jovem que fala português fluentemente mas com forte sotaque americano está lá para comunicar que é candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo. Aproveito a visita para recolher mais histórias de um dos meus personagens prediletos. A que acabou de contar me deixa curioso:

─ Qual era o segundo dos dois maiores prazeres? ─ quero saber.

─ Foi o que perguntei assim que voltamos para casa ─ lembra Jânio John. ─ Ele disse que aquilo não era assunto para ser tratado com moleques.

O neto replicou que ouvira metade da revelação. Por que deveria ignorar a outra metade?

─ Minha conversa foi com o cônsul ─ cortou Jânio. ─ Nem notei que você estava por perto.

Jânio John tentou desvendar o mistério mais três vezes. O avô levou o segredo para o túmulo.

─ Ele era meio doido ─ sorri o neto da lenda.

Sem dúvida, concordo em silêncio. E peço ao visitante que conte mais uma.

Postado por Ismaju às 13:59 Nenhum comentário:
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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Bruxelas muçulmana em 2030: A islamização em marcha




BRUXELAS (NOVOpress) – «O Islão será a religião maioritária em Bruxelas dentro de 20 anos?». É a interrogação feita esta semana pela revista Le Vif/L’Express, uma das mais importantes na Bélgica francófona (mais de 500.000 leitores), que introduz nesse artigo indicadores que confirmam a islamização da capital belga.
Há dois anos atrás uma sondagem realizada sobre a prática religiosa em Bruxelas levada a cabo pela La Libre Belgique, a rádio RTBF e a universidade católica de Louvain analisou o fenómeno em questão: um terço da população de Bruxelas é seguidora do Islão e a taxa de natalidade associada sugere que os muçulmanos já são maioria do seio da União Europeia.
Entretanto o site Al-kanz.org anunciou que Mohamed é o nome mais comum nas maternidades de Bruxelas, e dos 10 nomes mais atribuídos aos recém-nascidos, 7 são de origem árabe.

[cc] Novopress.info, 2009, Texto original cuja cópia e difusão são consideradas livres, desde que se mencione a fonte de origem [http://pt.novopress.info]
Postado por Ismaju às 12:47 Nenhum comentário:
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Marcadores: Bélgica, Europa, Islamisação, Islamismo

LÉON DEGRELLE Sentido Heróico da Vida

Léon Degrelle pertence a essa estirpe de guias e condutores de povos que enchem a História da humanidade. A sua palavra era viva, ardente, como a sua alma. Fez da sua existência um ideal e, do ideal, honra. Resistiu como uma rocha firme. Léon foi aquela águia que fixou o olhar no sol. E nunca pestanejou!

Fundador do Movimento REX na sua pátria natal, a Bélgica, os seus discursos eloquentes elevaramno à categoria de tribuno; falava com o coração e atingia o sentimento do seu povo. Estava seguro da grandeza que se esconde em cada homem quando emprega as suas energias para conseguir atingir alegremente o superior. A sua existência foi uma exaltação...

Por isso não concebia a vida sem arte ou sem beleza. Convocava o esforço colectivo para arrostar empresas de envergadura. Desdenhava o fácil, amava a virtude e o poder da vontade.

Quando as forças do Eixo quiseram libertar a Europa do comunismo, sendo um chefe popular e um Caudilho, alistouse, sem galões nem postos, como soldado raso na frente do Leste. Na sua folha de serviço constam 62 combates corpo-a-corpo contra o inimigo; cicatrizou cinco feridas quase mortais. Por mérito de guerra ascendeu de soldado a general, sendo o único estrangeiro que atingiu tal grau nas SS.

Foi a 23 de Fevereiro de 1944 que o próprio Hitler lhe veio a impor o colar da Cruz de Ferro - a Ritter-kreuz - com as folhas de carvalho, a distinção máxi-ma que podia ser outorgada. Condecorou não apenas a coragem, mas a inteligência também.

Alcançou a felicidade ao libertarse dos seus desejos. Resistiu de peito erguido contra o vento desfavorável da história, sem se render nem claudicar. Soube vencer a adversidade. Jamais foi derrotado porque «a própria desgraça nos traz a alegria dolorosa da alma que se entrega sangrando, que sopesa o seu sacrifício e disseca e analisa a sua amargura. Alegria cruel, mas alegria de hierarquia excelsa, da que só é capaz o homem que, com o coração destroçado, compreende tudo!»

É um motivo de orgulho ter podido conhecer Léon Degrelle e ter sentido o calor da sua amizade inquebrantável. A sua figura, se é possível, só muito dificilmente poderia ser comparada. Sem egoísmo, sem falso orgulho, sem nenhuma vaidade, irradiava a autoridade que emergia da sua própria pessoa e da disciplina, do trabalho e do sacrifício, da sua voz de comando, da ordem, da generosidade e, sobretudo, do contraste genuíno de verdade contra a duplicidade e a hipocrisia circundantes.

Foi o único estrangeiro que recebeu a medalha da Velha Guarda da Falange. Foi dos primeiros camaradas a ligarse ao espírito de poesia e combate que José António desfraldou. Recordo, como se fosse ontem, e já passou um quarto de século, uma manhã de um Janeiro longínquo quando, na sua casa de Madrid, me mostrou, no intervalo de um solilóquio, a credencial da sua pertença desde 1934 com carácter honorífico à FE das JONS. Ainda recordo o número do ofício de concessão da Medalha da Velha Guarda aos militantes ante-riores a 16 de Fevereiro de 1936. Era o número 35:214.

O que foi secretário geral do Movimento, José Utrera Molina, referiase a Degrelle nestes termos: «Devo afirmar que, ao longo da minha trajectória humana, conheci muito poucos homens com a mesma energia intelectual e moral de Léon Degrelle».

Guardo na memória muitas evocações pessoais que deixaram marcas profundas no meu ser. Ceava com ele em 10 de Outubro de 1975 na casa recémestreada da sua filha Anne e em que me dispunha a tomar o avião com destino à Itália para participar num meeting convocado em Reggio Calábria a favor da Justiça espanhola e contra o terrorismo, no momento em que em toda a Europa se tinha desencadeado uma campanha orquestrada de a tentar legitimar acções criminosas, como ataque ao regime de Franco... Os conselhos que me deu naquela velada robusteceram e reafirmaram a minha convicção de, em quaisquer situações, por mais hostis que viessem a ser, advogar todas as causas nobres e justas.

Anos mais tarde subiria com toga à barra para testemunhar a minha adesão pessoal e jurídica no processo que certa organização judaica interpôs contra o velho Léon Degrelle. Degrelle continuava na trincheira, desmascarando com a sua caneta brilhante as mentiras históricas com que tenta lavarse o cérebro da humanidade e se procura confundir as suas consciências. Foi defendido pelo seu genro, Servando Balaguer, que, em 1973, apadrinhou a minha filiação no Ilustre Colégio de Advogados de Madrid.

A nossa maior vitória moral talvez, foi, depois da perseguição e da guerra sem quartel a que Léon Degrelle se viu submetido, a entrevista que realizei em sua casa em 28 de Fevereiro de 1992 para ser publicada a 24 de Maio no semanário de Moscovo, O Dia. As suas declarações causaram um impacto insuspeitado. O povo russo lia com assombro, nos seus próprios termos e em caracteres cirílicos, as palavras que, de Madrid, no ano das Olimpíadas e da Expo, lhe dirigia o antigo general das SS, Léon Degrelle... solidarizando--se com eles, animandoos a não ceder na sua ânsia de liberdade... enquanto assegurava confiar nas virtudes tradicionais do povo que estava começando a despertar da longa letargia do comunismo. A entrevista foi ilustrada com uma fotografia de Léon ostentando a cruz de ferro com folhas de carvalho e tinha a seguinte dedicatória: «Aos meus amigos russos de O Dia, com as saudações de Léon Degrelle». Foi um golpe de mão que o encheu de satisfação e que celebrámos a sós.

A última vez que vi Léon foi este inverno, em sua casa, durante uma curta estadia em Madrid. Fui convidado para uma ceia, que compartilhei à mesa do casal Baillo. Joanne, a esposa de Léon, tinhaa preparado. Falámos até depois da meianoite. Fizemos uma análise de tudo, tendonos Degrelle confiado pensamentos e inquietações. A sua saúde, jovialidade e fortaleza não faziam pressagiar um fim próximo.

No dia 10 de Março dava entrada no quarto 225 do hospital malaguenho, a sua última casa. Imediatamente telefonei a saber do seu estado. A esposa informoume que a minha chamada fora a última autorizada pelos médicos...

No passado dia 31 de Março, sextafeira santa, o tanger dos sinos recolheu ao silêncio e voltou depois, lento e pausado, em som de bronze e loureiro do toque a defuntos. O destino quisera que, no mesmo dia em que a Igreja comemora a expiração de Jesus Cristo, falecesse aquele que da sua vida fizera um permanente acto de heroísmo, Léon Degrelle.



JOSÉ LUIS JEREZ RIESCO, Presidente de la Asociación Cultural de Amigos de Léon Degrelle.
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Marcadores: Facismo, Leon Degrelle, segunda grande guerra

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O hermano Hitler

SUPER INTERESSANTE

por Eduardo Szklarz

A conhecida relação entre a Argentina e o nazismo já rendeu ótimos livros de ficção e teorias conspiratórias. Mas até há pouco tempo, limites entre real e imaginário ainda eram turvos. A publicação de uma nova leva de documentos dissipou algumas dúvidas. Mostrou como as ligações batiam na cúpula argentina e tramavam planos que obrigariam brasileiros a torcer por Maradona.

Um mapa interceptado no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial (ver abaixo) conta como a Alemanha dividiria a América do Sul se ganhasse o conflito. A revelação está em Crônica de uma Guerra Secreta, do ex-diplomata Sergio Corrêa da Costa. A expansão germânica por essas bandas alçaria a Argentina ao posto de reitora dos vizinhos – inclusive o Brasil.

A derrota alemã não pôs fim ao namoro. Em A Verdadeira Odessa, o jornalista Uki Goñi revela com detalhes o funcionamento da rede armada pelo presidente argentino Juan Domingo Perón para resgatar nazistas. As investigações em arquivos americanos e europeus mostram que o esquema teve ajuda do Vaticano e até da Cruz Vermelha para driblar o cerco aliado e levar criminosos de guerra para respirar os Buenos Aires.


A Verdadeira Odessa: O Contrabando de Nazistas para a Argentina de Perón


Uki Goñi


Record, 448 páginas, R$ 60


Crônica de uma Guerra Secreta


Sergio Corrêa da Costa


Record, 532 páginas, R$ 55


Brasil, capital Buenos Aires
Nazistas queriam reescrever o mapa da América do Sul

1 - Argentina

Fixação do Führer por sua pouca miscigenação, absorveria Uruguai, Paraguai, o sul da Bolívia, parte do Brasil e uma lasca do Chile para ter saída ao Pacífico. Seria o principal aliado alemão na região

2 - Nova Espanha

Reuniria Colômbia, Venezuela e Equador. Também abraçaria o Panamá e seu canal – a menina dos olhos dos estrategistas alemães

3 - Chile

Engoliria partes do Peru e da Bolívia. Além das riquezas minerais chilenas, Hitler cobiçava a passagem de sua frota pelo estreito de Magalhães, ligação entre o Pacífico e o Atlântico no sul do continente, que serviria de elo com os aliados japoneses em caso de conflito com os Estados Unidos

4 - Guianas

As três vizinhas se uniriam numa colônia da França, país que estava sob domínio alemão

5 - Brasil
Hitler planejava transformar “esse país mestiço e corrupto” num domínio alemão apoiado na colônia germânica do sul. O Brasil seria base para o Reich e ajudaria a deter a liderança americana. Mais preocupado com os comunistas, o governo Vargas fez vista grossa à ação de agentes alemães. Em 1942, quando o Brasil declarou guerra ao Eixo, a rede nazista depositou suas apostas na Argentina.
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Marcadores: Adolph Hitler, América do Sul, história, Nazismo, Paises imaginários

O Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais - IPES

O Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais - IPES

As articulações para a criação de uma entidade, nos moldes que veio a ter o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais – IPÊS, começaram ainda em 1961. A renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto daquele ano, e a subseqüente posse de João Goulart – visto com desconfiança pelo empresariado devido às suas ligações com o movimento sindical – deram uma nova dimensão aos encontros que vinham sendo mantidos. Preocupados com a inflação, com a falta de planejamento econômico do governo e, sobretudo, com a suposta influência de comunistas e o aumento da intervenção estatal, os empresários resolveram intensificar as ações visando à criação de uma organização que defendesse seus interesses.
Fundado oficialmente em 2 de fevereiro de 1962, no Rio de Janeiro, o IPÊS resultou da fusão de grupos de empresários organizados no Rio e em São Paulo e rapidamente ganhou a adesão das classes produtoras das outras unidades da federação.
O acirramento nos debates sobre as chamadas "reformas de base" – agrária, bancária, urbana, universitária e tributária, promovidas pelo governo Goulart – incitou nos membros do IPÊS a percepção de que o país marchava inexoravelmente para o comunismo e que cabia aos "homens bons" a interrupção desse processo.
Dessa forma, o instituto promoveu intensa campanha anti-governamental. Associando as propostas do governo ao comunismo, a entidade utilizou os mais diversos meios de comunicação na defesa da "democracia" e da livre iniciativa. Publicou artigos nos principais jornais do país; produziu uma série de 14 filmes de "doutrinação democrática", apresentados em todo o país; financiou cursos, seminários, conferências públicas; publicou e distribuiu inúmeros livros, folhetos e panfletos anticomunistas, dentre os quais UNE, instrumento de subversão, de Sônia Seganfredo, dirigido aos estudantes universitários, então tidos como um dos pilares da infiltração comunista.
O IPÊS também atuou no financiamento de outras entidades contrárias ao governo Goulart, tais como os Círculos Operários carioca e paulista, a Confederação Brasileira de Trabalhadores Cristãos, a Campanha da Mulher pela Democracia (Camde) do Rio, a União Cívica Feminina de São Paulo, o Instituto Universitário do Livro, e o Movimento Universitário de Desfavelamento. O IPÊS-RJ auxiliava igualmente a Associação de Diplomados da Escola Superior de Guerra.
Em maio de 1963, a Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), acusado de financiar candidatos oposicionistas na campanha eleitoral de 1962 com recursos indevidos. O IPÊS foi arrolado na CPI, mas acabou sendo absolvido, em dezembro de 1963.
A participação do IPÊS na derrubada do governo Goulart, em 31 de março de 1964, pelos militares, foi preferencialmente resultado de um trabalho propagandístico. Todavia, isso não impediu que alguns de seus membros, individualmente, atuassem de maneira mais direta. O reconhecimento dos seus préstimos pelo regime militar, ocorreu em 7 de novembro de 1966, quando foi declarado "órgão de utilidade pública" por decreto presidencial.
O IPÊS paulista foi completamente desativado em 1970, ao passo que o do Rio encerrou suas atividades em março de 1972.
Christiane Jalles de Paula
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
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Marcadores: anos 1960, Comunismo, direita, IPES, Jânio Quadros, João Goulart

Bruce Bueno de Mesquita: Sucessor de Nostradamus

04/12/2009 - 22:11  -  REVISTA ÉPOCA
 
Bruce Bueno de Mesquita: "Copenhague será um fracasso"
É o que diz um cientista político americano que acerta 90% das previsões. Sobre a candidatura Dilma, ele afirma que as perspectivas não são boas
Peter Moon
Ethan Hill
O ADIVINHO
Bueno de Mesquita, em Palo Alto, Califórnia. Ele não usa bola de cristal. Diz que o futuro “é uma ciência”
"Quer saber qual será o resultado da conferência das mudanças climáticas? Você acha que os líderes mundiais reunidos na cúpula de Copenhague, em dezembro, chegarão a um acordo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa em quantidade suficiente para deter o aquecimento global?”, pergunta o americano Bruce Bueno de Mesquita, de 62 anos. “Não sou nenhum climatologista, mas fiz meus cálculos e posso dizer: provavelmente não. Copenhague será um fracasso.” Ele é cientista político na Universidade Nova York e membro do Instituto Hoover, um centro de pesquisa da Universidade Stanford, na Califórnia.
Apesar da aparente boa vontade dos governos e da população mundial para chegar a um acordo climático, os cálculos de Bueno de Mesquita são categóricos. Não haverá acordo em Copenhague em 2009, nem na cúpula da Jamaica em 2010, nem na reunião seguinte em 2012 (talvez no Rio de Janeiro). E no longo prazo? “Perca as esperanças”, me diz, por telefone. “Não haverá acordo pelo menos até 2130, o limite das previsões do meu programa de computador.”
Bueno de Mesquita não é astrólogo, muito menos vidente. Ele não lê o tarô, não tem bola de cristal, não lê as linhas da mão nem vasculha o futuro nas folhas de uma xícara de chá. Sobretudo, não é um charlatão. O segredo do sucesso das previsões desse filho de judeus-holandeses que emigraram para a América antes da Segunda Guerra Mundial (seu sobrenome português remonta aos judeus de Portugal, expulsos pela Inquisição no século XVII) é o poderoso programa de computador que ele criou em 1979. O programa é baseado na Teoria dos Jogos – o ramo da matemática que procura prever de que forma as escolhas das pessoas, empresas e dos governos podem afetar o futuro (leia o quadro). Bueno de Mesquita aplica um questionário aos diversos “jogadores” envolvidos no problema que quer resolver e submete as respostas ao computador.
No caso da questão climática, um acordo para garantir reduções na emissão dos gases do efeito estufa depende da harmonização dos interesses de uma dúzia de jogadores mundiais. Segundo Bueno de Mesquita, quem é realmente favorável ao acordo são as organizações não governamentais e a florescente indústria de produtos ambientalmente corretos. Por outro lado, a indústria petrolífera e as empresas poluidoras e ineficientes são contrárias a qualquer acordo, bem como uma pequena parcela da opinião pública.

"As previsões dele são iguais às de nossos analistas, só que mais precisas"
RELATÓRIO DA CIA, de 1993
Entre esses dois polos está a maioria da população mundial. Em tese ela defenderia um acordo, contanto que não lhe imponha sacrifícios. “O ser humano só pensa no curto prazo”, diz. “Somos incapazes de fazer concessões que reduzam nosso conforto em nome do benefício das gerações futuras”, escreveu no livro The predictioneer’s game (O jogo do vidente), lançado há um mês nos Estados Unidos, a ser publicado no Brasil em julho de 2010 pela Ediouro.
Nas democracias, a satisfação dos interesses imediatos da população é a precondição para a reeleição dos governantes, “e o objetivo número um de todo político é a sobrevivência política”. Daí, a pouca disposição dos eleitores dos países ricos em alterar seu estilo de vida gastador de energia (e poluidor) se reflete diretamente na posição de seus representantes em Copenhague. Os acenos, os sorrisos e as palavras de esperança dos líderes dos Estados Unidos, da União Europeia, do Japão, do Canadá e da Austrália escondem a impossibilidade de assumir compromissos duros na redução de poluentes. “Um acordo restritivo impõe custos econômicos pouco toleráveis num mercado em expansão e intoleráveis com as economias em crise.”
Por fim, há Brasil, Rússia, China e Índia. “As grandes economias emergentes estão entre os maiores emissores de gases do efeito estufa. Elas defendem seu direito ao desenvolvimento econômico e não vão apoiar cortes sérios nas emissões.”
Quando todas as condições são levadas ao programa de Bueno de Mesquita, o resultado é um impasse. A ausência de acordo não implica o aumento desenfreado nas emissões de gases. Ao longo das décadas, as posições de cada jogador mudam. Cada um faz concessões aqui para obter vantagens acolá. No longo prazo, a importância de um acordo para a redução das emissões vai diminuindo, até tornar-se irrelevante. Como isso se explica?
“Sou otimista com relação a isso”, diz Bueno de Mesquita. A crescente irrelevância de um acordo decorre do desenvolvimento de novas tecnologias limpas. “Ao longo do século XXI, haverá um aumento progressivo na participação das fontes renováveis não poluentes na matriz energética, como as energias solar, eólica e hidrelétrica. Novas tecnologias surgirão. Todas elas vão substituir os combustíveis fósseis, não renováveis e poluentes.”
Como ele sabe disso? “É porque, em 1979, aprendi a prever o futuro”, diz, sem falsa modéstia. Há 30 anos, ele era um jovem cientista político interessado em programas de computador e nas aplicações da Teoria dos Jogos. Foi quando criou seu primeiro programa para fazer previsões – e começou a acertar na mosca. “As previsões dele são iguais às de nossos analistas, apenas mais precisas”, diz um relatório de 1993 da CIA, a agência de informações do governo americano.
Bueno de Mesquita é o melhor do mundo no que faz. Em 30 anos de carreira e centenas de previsões, seu índice de acerto jamais ficou abaixo dos 90%. Na comunidade de informações, ele é visto como um oráculo. Seus principais clientes são o governo americano, as grandes corporações e a CIA.
Em 2008, Bueno de Mesquita tentou prever se o Irã se tornará uma potência nuclear. Com a ajuda de seus alunos da Universidade Nova York, coletou informações sobre mais de 90 atores do conflito no Oriente Médio e as incluiu no programa. O resultado saiu em minutos. Em 2010, o Irã estará a ponto de construir sua primeira bomba. Mas não vai fazê-lo. Apesar do endurecimento do regime fundamentalista islâmico, que reprimiu a oposição após a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, o programa diz que os iranianos moderados prevalecerão – ainda que esse movimento seja hoje imperceptível.
Bueno de Mesquita nunca veio ao Brasil. Mas já estudou o país. “No início dos anos 1980, o Brasil ainda estava no regime militar. “Pediram-me para saber se os militares entregariam o poder aos civis. O programa previu que sim, os militares sairiam de cena, e a nascente democracia brasileira seria sólida e duradoura. Felizmente, eu estava certo.”

Pergunto a ele se algum de seus clientes já lhe encomendou uma previsão sobre as eleições presidenciais de 2010. “Ainda não pediram essa previsão. Mas, por conta própria, já comecei a estudar o caso.” Bueno de Mesquita conhece as qualidades do presidente Lula, que considera um político extremamente hábil. E quanto a José Serra, o governador de São Paulo, líder nas pesquisas? “Dele não posso falar nada. Ainda não fiz nenhuma previsão. Mas da Dilma, sim.” A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, “não tem nem de perto a habilidade política do presidente”, afirma. “É estranho. Dilma escolhe repetidamente as opções políticas que pior impacto podem ter sobre sua campanha.” O que quer dizer isso? Como são as previsões do programa sobre sua campanha presidencial? “As perspectivas não são nada boas.”
ilustração: Bettmann/Corbis/Latin Stock
O BANQUETE
Humoristas com máscaras dos líderes mundiais ironizam a cúpula na Dinamarca. Bueno de Mesquita lhes dá razão
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Marcadores: Bruce Bueno de Mesquita, clima, Climategate, ecologia, FBI, Geo-política, Nostradamus, Política internacional, previsões

sábado, 8 de maio de 2010

Divisão do Pará: separatismo em debate

Jornal Diário do Pará


Avanço de projeto no Congresso faz movimento pela emancipação do Estado de Carajás reacender debates
Na entrada do município de Marabá, o bar e restaurante Paraense praticamente mantém as portas fechadas, sem clientela. Do outro lado da rua um loteamento habitacional anuncia: ‘estamos plantando a semente do novo estado’. O contraste entre o restaurante que homenageia o Pará e o empreendimento que apregoa o surgimento de um novo estado reflete o sentimento de grande parte da população do sul e sudeste paraense, com a expectativa de que, dessa vez, ocorra o plebiscito sobre a criação de Carajás e, com isso, a tão propalada divisão do Estado seja efetivada.

A reserva de voos a Brasília já está esgotada. E uma caravana com pelo menos dez ônibus deve sair de Marabá e municípios próximos, assim que for definido o dia de votação no Congresso para aprovar ou não o plebiscito para discutir a criação dos estados de Carajás e Tapajós. “Muita gente, muito empresário, muito político, todos que estão interessados irão”, diz o empresário Caetano Reis.

Em Marabá e Parauapebas, os dois principais municípios da região, o discurso é quase o mesmo: as dimensões continentais do estado inviabilizam a administração. “É questão de dias. Está provado que o estado do tamanho que está é ineficiente”, diz em Parauapebas o vereador Odilon Rocha, do PMDB. “O trem nos aproxima mais de São Luís do que de Belém”, complementa.

O exemplo que todos miram está próximo. É o estado de Tocantins. “Se dizia que não dava nada ali e hoje melhorou. Por isso acreditamos que é uma separação que soma”, afirma. Odilon Rocha é maranhense. Veio para ser garimpeiro em Serra Pelada, em 1980. Tirou um pouco de ouro e migrou para o comércio.

MIGRANTES
É uma história que se espelha em diversas outras na região. A do migrante que vem para o sul ou sudeste do Pará e acaba por encontrar um norte na vida. “Aqui o pessoal de outros estados representa uns 90% da população”, diz o presidente da Câmara dos Vereadores de Parauapebas, Adelson Fernandes, ele mesmo um maranhense que chegou ao Pará com seis anos de idade, acompanhando o pai que veio para conseguir um lote de assentamento.

Fernandes acredita que a divisão do estado será benéfica para todos. “A vantagem seria para o Brasil inteiro. Teríamos estados mais compactos, com o povo mais próximo do governo. Teremos mais senadores, mais deputados federais e isso geraria maior representatividade. Para nós que nos sentimos abandonados e rejeitados, seria uma solução”, diz.

O sentimento de abandono é um dos três pilares sustentados pelos defensores da divisão do estado. Segundo José Soares de Moura e Silva, secretário geral do Comitê Brandão, o mais organizado grupo que luta pela criação do novo estado, a exploração predatória da região, a imensidão territorial e a ausência do estado, são os três principais motivos que justificaram a luta pela ‘secessão’ paraense. “Essa situação ingovernável do Pará prejudica a todo mundo”, diz ele.

A casa de Soares é quase um QG da luta pela criação de Carajás. Lá estão arquivados todos os documentos que iniciaram a discussão sobre a divisão do estado. Na parede, a bandeira defendida pelo comitê para representar o novo membro da federação. “Precisamos de políticas voltadas para a região, mas entendemos que a criação do novo estado não pode inviabilizar o Pará. Queremos uma parceria com Tapajós e Pará, que será nosso estado-mãe”, pondera Soares.
Projeto será votado em cinco sessões

A ideia de separação do Pará povoa o imaginário em Marabá há muitos anos. O primeiro estudo a esse respeito foi feito pelo professor José Brandão, que hoje dá nome ao comitê que mais defende a criação de Carajás. Em 1988 Brandão publicou o resultado de cinco anos de pesquisa num jornal de Marabá. A notícia repercutiu. Um ano depois o deputado Asdrúbal Bentes apresentou o primeiro projeto legislativo propondo um plebiscito para a criação do novo estado. “Surgiram as primeiras idéias de nome, como Itacaiunas, Araguaia e Carajás. Ganhou o último”, diz o professor Miguel Costa, um ardoroso defensor da divisão do estado.

O projeto de Bentes tramitou em todas as instâncias e teve como relator o deputado Juarez Marques Batista, mas como Asdrúbal não se reelegeu, o projeto parou, só sendo retomado em 1992, por intermédio do deputado Giovani Queiroz, propondo o plebiscito para a criação do estado de Carajás. O projeto também tramitou em todas as comissões e no dia 4 de abril de 1995 foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça. “Ficou pronto para a votação que nunca se realizou”, lembra Soares.

Em 2004, o então deputado José Roberto Arruda voltou a carga para que fossem criados novos estados. No projeto de Arruda, atualmente cassado, deveriam ser criados nada menos que dez novos estados brasileiros. Só na região Norte seriam três no Pará e cinco no Amazonas. “O projeto tramitou, foi aprovado e ficou pronto para ser votado, o que também nunca ocorreu”, diz José Soares. Com a eleição de Arruda para o governo, o projeto parou.

Em março de 2007, o senador Leomar Quintanilha, do PMDB (TO), protocolou no Senado Federal um projeto propondo a realização do plebiscito para a criação do estado de Carajás. De março a julho de 2007, o projeto tramitou em todas as comissões. “Só não foi aprovado naquele momento porque o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pediu vistas do processo e segurou o projeto por um ano”, afirma Miguel Costa.

NOVO FÔLEGO

O projeto só foi aprovado no plenário do Senado em dezembro de 2009. Depois foi para a Câmara para ser referendado como projeto de decreto legislativo de 2009, acompanhado de requerimento de ‘urgência urgentíssima’, que foi aprovado no dia 14 de abril. “Essa tem sido agora a nossa maior esperança de vitória”, diz Soares. O projeto tem cinco sessões para ser aprovado. Caso não seja votado, tranca a pauta, ou seja, nada se vota antes dele, a partir daí. “Foi feito um acordo com as lideranças do PT, PSDB e de outros partidos para que plebiscito não ocorra num ano eleitoral”, diz Costa. O projeto agora precisa de dois terços da Câmara para que o plebiscito seja aprovado. A expectativa é que até o final de maio deva ser votado.
(Diário do Pará)
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Marcadores: Brasil, Carajás, federalismo, novos estados, Pará, separatismo, Tapajós

O dia em que o paranormal tentou salvar Tancredo

sábado, 8 de maio de 2010 | 2:42
Na UTI - Thomas Green Morton, depois de muita concentração, pediu: "Desliguem os aparelhos"

Acaba de fazer 25 anos uma história ocorrida nos últimos dias de vida de Tancredo Neves, mas nunca revelada. Pela esquisitice, merece vir a público. Já em coma, Tancredo recebeu a visita do paranormal Thomas Green Morton numa madrugada. Solene, Thomas garantiu na UTI do Hospital das Clínicas (SP): “Vou curá-lo”. Postou-se, então, diante da cama de Tancredo e começou a se concentrar. As poucas testemunhas da cena se mostravam ansiosas e esperançosas. Em dado momento, porém, o paranormal apontou para os aparelhos que mantinham Tancredo vivo e pediu: “Estão dando interferência. Desliguem tudo”. Antes que Tancredo Neves morresse naquele momento, o bom senso voltou à UTI: nenhum fio, evidentemente, foi desligado. Aécio Neves, que assistia à cena, mandou Thomas parar com tudo aquilo. Foi, aliás, para Aécio, então com 25 anos, que Tancredo disse dias antes suas últimas palavras, referindo-se ao fato de não ter podido tomar posse: “Eu não merecia isso”.
Desespero - Tancredo: antes que fosse tarde, Aécio repôs a ordem natural das coisas

LAURO JARDIM
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Marcadores: história, redemocratização, Tancredo Neves

Fascismo à brasileira constrói rede de imprensa

Jornalista e escritor vinculado à corrente modernista dos verde–amarelos, Plínio Salgado voltou de uma viagem que fez à Itália, em 1930, impressionado com o regime fascista naquele país. Fundou então, em 1932, a AIB (Ação Integralista Brasileira), movimento cultural e político de extrema direita, que pregava a centralização política nas mãos de um Estado com plenos poderes, e era contrário à pluralidade de partidos políticos.
Para divulgar estas idéias, surgiram os veículos de imprensa, como a revista Anauê (1935) e o jornal diário Acção ( 1936 ). Outros periódicos, inclusive locais, participavam da rede de imprensa integralista. Desde o começo, o movimento entrou em choque com sindicatos, partidos de esquerda e alguns setores liberais. Estes choques resultavam, frequentemente, em embates violentos com mortos e feridos.

Já as relações com o governo Vargas eram bastante próximas e amistosas.
A marca mais duradoura da AIB na história brasileira foi o famoso Plano Cohen, fabricado pelo capitão integralista Olímpio Mourão Filho. O Plano alinhava uma conspiração comunista imaginária contra o governo Vargas. Este se apoderou do documento e utilizou–o como justificativa para tomar as medidas de exceção que marcaram o início do Estado Novo, em 1937. Em 11 de maio do ano seguinte, os integralistas, também atingidos pelo fechamento político no país, tentaram tomar o poder. O fracasso dessa tentativa resultou no fechamento definitivo da AIB, que, da perspectiva de Vargas, já havia cumprido seu papel.

Fonte:

    Imprensa Integralista, Imprensa Militante, Rodrigo Santos de Oliveira, Site domínio Público,
    http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?selectaction=&co obra=133383, em 26/8/2009. 
 


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Marcadores: história, imprensa, Integralismo, mídia

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Deus chega às aulas de biologia


Escola adota teoria baseada na intervenção de uma inteligência superior na criação da vida, opondo-se às ideias de Darwin
 

Hélio Gomes
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Uma das maiores polêmicas a chacoalhar a sociedade e a comunidade científica dos Estados Unidos nos últimos anos desembarcou no Brasil. Ao longo da semana passada, um ciclo de debates realizado no Colégio Presbiteriano Mackenzie, um dos mais tradicionais da capital paulista, apresentou a teoria do design inteligente a centenas de estudantes. Criada nos Estados Unidos na metade dos anos 80, ela se opõe à teoria da evolução de Charles Darwin – amplamente aceita pela ciência desde a publicação do clássico “A Origem das Espécies” (1859) – e se baseia na ideia de que uma entidade superior seria a responsável pela criação de todas as formas de vida do Universo. Para os cientistas que defendem o conceito, tal força criativa é chamada de “designer inteligente”. Para os cristãos fundamentalistas americanos, ela é Deus.
A grande questão envolvendo o design inteligente (DI) é a sua introdução em algumas escolas americanas durante as aulas de biologia, e não nas de religião, que, a exemplo do Brasil, não fazem parte do currículo escolar no ensino público. Conceitos pseudocientíficos e ainda não aceitos pela maioria da academia, como a chamada complexidade irredutível – que sustenta que certos micro-organismos biológicos são intrincados demais para terem evoluído de formas mais simples de vida –, são usados por biólogos, químicos e filósofos da ciência integrantes do movimento DI em sala de aula como uma alternativa à teoria da evolução. Em 2005, os pais de 11 alunos de uma escola pública de Dover, no Estado da Pensilvânia, entraram na Justiça para tentar impedir o ensino do DI, alegando que, na verdade, ele seria um conceito criacionista e, portanto, religioso. Eles ganharam a disputa judicial e a teoria foi banida da disciplina na escola.
O evento realizado em São Paulo nos últimos dias trouxe ao Brasil dois dos mais célebres defensores do DI nos Estados Unidos. Stephen C. Meyer, doutor em história e em filosofia da ciência, é um dos criadores do movimento e um de seus mais atuantes portavozes. Autor de três livros, entre os quais o recente “Signature in the Cell” (Assinatura na Célula, inédito no Brasil), ele afirma que sua missão em terras brasileiras era simples: “Viemos para suscitar a discussão – nosso trabalho é científico, e não político ou educacional”, diz Meyer, um dos membros mais atuantes do Instituto Discovery, centro de pesquisas sem fins lucrativos ligado a setores conservadores da sociedade americana. “Como eu creio em Deus, acredito que ele é o designer inteligente. Mas existem cientistas ateus que aceitam a teoria de outras formas”, completa o pesquisador.
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Não é o caso do bió logo americano Scott A. Minnich, também presente no ciclo de debates para apresentar os conceitos do DI aos estudantes brasileiros. “Sim, eu sou religioso”, afirma Minnich. Ele conta que já sofreu preconceito por fazer parte do movimento. “É assim que as coisas funcionam na ciência. Algumas pessoas tentaram convencer o presidente da universidade na qual leciono de que eu estava incluindo o DI nas minhas aulas de microbiologia, o que não era verdade”, diz o biólogo, que também participou das missões que buscaram indícios da produção de armas bioquímicas no Iraque em 2004.
A confusão gerada por uma teoria que se apropria de conceitos científicos para chegar a conclusões com forte viés religioso despertou a ira da ala ateísta. Entre as vozes mais ácidas contra o DI, destaca-se a do biólogo evolucionista britânico Richard Dawkins. Também chamado de “rottweiler de Darwin”, ele ganhou notoriedade graças ao livro “Deus, um Delírio” (lançado no Brasil em 2007 pela Cia das Letras), também transformado em documentário. “É pertinente ensinar controvérsias científicas às crianças”, disse Dawkins em entrevista ao jornal inglês “The Times”. “Só não podemos dizer: ‘Temos dois conceitos sobre o surgimento da vida – um é a teoria da evolução e o outro é o livro do Gênesis. Se abrirmos esse precedente, também teremos de ensinar a elas a crença nigeriana que diz que o mundo foi criado a partir do excremento de formigas”, provoca o biólogo.
Voltando ao cenário brasileiro, vale lembrar que o colégio Mackenzie é uma instituição particular, com origens americanas e de cunho religioso desde a sua fundação. Portanto, o ensino do DI nas aulas de biologia, que acontece desde 2008, é tão válido quanto as aulas de religião ministradas em instituições de ensino católicas. “Acreditamos que a fé influencia todos os aspectos da nossa vida, inclusive a ciência”, resume Davi Charles Gomes, chanceler em exercício do Mackenzie e pastor presbiteriano.
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Marcadores: Charles Thaxton, Criacionismo, Darwinismo, Istoé

O que realmente pensam os conservadores

Alexandre Magno Fernandes Moreira Aguiar | 01 Maio 2010
Artigos - Conservadorismo
RusselKirkA natureza humana sofre irremediavelmente de certas falhas graves, bem conhecidas pelos conservadores. Sendo o homem imperfeito, nenhuma ordem social perfeita poderá jamais ser criada. Buscar a utopia é terminar num desastre, dizem os conservadores.
1. Da necessidade de precisão no debate político
No debate político brasileiro, a primeira vítima costuma ser a semântica. As palavras passam a ser utilizadas em contextos completamente diversos daqueles em que surgiram. Novos significados são acoplados a um termo para que pareça ser mais defensável ou até mais "atacável". Em casos extremos, as palavras perdem todos os seus sentidos concretos, passando a designar um "oceano de significados". Exemplo nítido disso é a conhecidíssima "justiça", que parece ter um conceito diferente em cada boca que a pronuncia.
Outras palavras receberam cargas de ataques tão poderosos que deixaram de ter, para a população em geral, qualquer sentido próprio, tornando-se apenas rótulos odiosos prontos para serem utilizados em ataques retóricos contra os adversários ideológicos. Um caso contundente dessa degradação semântica é o termo "elite", que deixou de significar "um grupo de pessoas que, em determinada área de atuação, conquistaram um nível de excelência" para, em contornos totalmente retóricos, significar "um grupo de sanguessugas que conquistaram o poder no País por meio de pilhagem e, por isso, devem ser severamente combatidos". Para atestar essa transformação, basta verificar qualquer discurso político: em nenhum caso, aqueles que alcançaram o nível de excelência em suas áreas serão chamados de "elite", termo sempre reservado a difamações. Outros termos que foram vítimas da degradação semântica são "conservador" e "conservadorismo". Destacados de suas raízes anglo-saxônicas e utilizados a esmo em um País que não tem nenhuma tradição conservadora, passaram a referir-se, no discurso político, àquelas pessoas que simplesmente desejam manter o status quo, qualquer que seja ele. Assim, "conservador" seria sinônimo de reacionário, tradicionalista, preconceituoso e avesso a riscos. Fala-se em "investidor conservador" (aquele que prefere renda fixa a ações), "política econômica conservadora" (referência comum à atuação do Banco Central) e até em "congresso conservador" (a despeito de não haver nenhum parlamentar no Brasil que se enquadre nessa categoria).
Assim, a principal função deste artigo é definir o conservadorismo, seus valores essenciais e quais as opiniões conservadoras sobre os principais temas jurídicos e políticos em discussão no Brasil. Não será possível, e nem é essa a pretensão, abordar exaustivamente o movimento conservador. Para isso, seria necessário não um artigo ou mesmo um livro, mas um tratado. A pretensão aqui é bem mais modesta: apresentar ao público brasileiro o que é realmente o conservadorismo e quais são suas principais ideias. Seu objetivo será alcançado se se conseguir, ao menos, tornar mais claro e objetivo o debate político brasileiro.
2. Os adversários do conservadorismo: liberais e esquerdistas
Em primeiro lugar, é preciso definir o conservadorismo por exclusão, ou seja, compreender as correntes políticas que, tradicionalmente, opõem-se a ele: o liberalismo e o esquerdismo. Em termos bastante simplificados, pode se dizer que esses ideários são guiados por valores fundamentais, verdadeiras metas a serem implementadas em níveis cada vez mais aprofundados: enquanto os liberais querem a maior liberdade possível, os esquerdistas pretendem alcançar a maior igualdade possível. Entre os defensores dos extremos de liberdade e de igualdade, respectivamente, do anarcocapitalismo (ausência total de Estado) e do Estado socialista (presença absoluta do Estado), existem diversas gradações que passam pelo Estado mínimo e pelo Estado intervencionista. Portanto, o que distingue um liberal de um esquerdista é o valor predominante - quando mais importante for a liberdade para ele, mais ele será um liberal; quanto mais importante for a igualdade para ele, mais ele será um esquerdista. Aqueles que tentam compatibilizar os dois valores em um termo médio são conhecidos como centristas.
No Brasil, a corrente ideológica predominante é, sem dúvida nenhuma, o esquerdismo. Mais do que dominante, pode ser considerada quase como hegemônica. Não há nenhum político brasileiro que se declare de direita (liberal). No máximo, ele se considerará como um centrista. As pessoas declaradamente esquerdistas ocupam não apenas a maioria dos cargos eletivos, mas também dos postos reservados à "intelectualidade", como os professores universitários (nas universidades públicas, a hegemonia esquerdista é total e absoluta), os burocratas da Administração Pública e aqueles que escrevem periodicamente na imprensa. Os liberais brasileiros são uma nulidade em termos políticos e, como formadores de opinião, ocupam espaços restritíssimos, normalmente confinados a sites e blogs.
É preciso, ainda, uma referência aos políticos patrimonialistas, uma espécie bastante comum em terras brasileiras. Eles não aderem a nenhum conjunto de ideias, pois seu interesse é, somente, auferir o máximo de vantagens, em termos de dinheiro e poder, do Estado. Exatamente pela ausência de ideologia definida, esse grupo tende, com enorme frequência, a unir-se com todos os matizes de liberais e esquerdistas com o único objetivo de manter-se no poder e de auferir as vantagens daí decorrentes.
De forma extremamente simplificada, pode-se fazer uma gradação dos principais partidos políticos brasileiros quanto à ideologia: DEM (centro), PSDB (centroesquerda), PT (esquerda), PSOL e outros pequenos partidos (extrema esquerda). Em todos esses partidos, o componente patrimonialista é sempre bastante influente. No caso específico do PMDB, é possível considerar que, atualmente, é insignificante seu aspecto ideológico, sendo um partido quase que exclusivamente patrimonialista.
Porém, os pontos de contato entre liberais e esquerdistas são também bastante nítidos. Ambos são adeptos do que pode ser denominado de "progressismo", uma corrente filosófica que advoga, genericamente, a necessidade de constantes mudanças na sociedade, tanto em termos políticos, quanto econômicos e sociais. Progredir e evoluir seriam, em si, algo benéfico para a sociedade. Superar a tradição é o objetivo tanto de liberais quanto de esquerdistas. Mais ainda: querem fazer uma sociedade melhor e até um ser humano melhor. A promessa é a mesma: se seus programas forem integralmente implementados (o que é, naturalmente, impossível), haverá uma espécie de "paraíso na terra". Diferem apenas quanto ao modo de fazer isso: com mais liberdade individual, para os liberais, ou com mais igualdade, para os esquerdistas.
Por isso, liberais e esquerdistas concordam em diversos aspectos. Primeiramente, há um repúdio, quase automático, a quaisquer posicionamentos ligados à tradição judaico-cristã ocidental. São encontrados exemplos nítidos na defesa, muitas vezes incondicional, do aborto e da legalização das drogas. Também há o desprezo por institutos como o casamento e a monogamia. Finalmente, também é bastante comum a defesa de um relativismo moral, considerando que as noções de certo e de errado podem, legitimamente, variar de indivíduo para indivíduo (liberais); e de sociedade para sociedade, e até em uma mesma sociedade, a depender do momento histórico (esquerdistas).
3. O movimento conservador [01]
Como visto, o termo "conservador", atualmente, é utilizado muito mais como um insulto do que como seria sua conotação exata. Em tempos progressistas, em que as outras ideologias querem encaminhar o mundo para "um lugar melhor", produto de mais liberdade, para os liberais, ou de mais igualdade, para os socialistas, pode-se questionar: o que propõem os conservadores? Em primeiro lugar, uma saudável dúvida a respeito do que deve ser mudado, em contraposição àquilo que precisa ser mantido.
Porém, a simples reserva contra o progressismo e o apreço pela tradição não são suficientes para definir o conservadorismo.
Assim, para chegar a um conceito preciso, Samuel Huntington [02] trata o conservadorismo não como uma postura, refratária a qualquer mudança, mas como uma ideologia, ou seja, um corpo de ideias plenamente identificável. Com esse objetivo, traça três teorias a respeito do tema:
a)teoria aristocrática: o conservadorismo é uma ideologia radicada em um tempo e em um grupo social específico. Nesse sentido, "conservador" é o aristocrata, de mentalidade feudal e agrarista, que se opôs aos liberais e aos socialistas vitoriosos na Revolução Francesa de 1789;
b)teoria autônoma: o conservadorismo não se limita a um tempo e a uma classe em particular, mas é um sistema de ideias que independe do período histórico e dos agentes sociais que o defendem;
c)teoria situacional: o conservadorismo é uma ideologia que requer uma situação específica para se articular como tal. Ele emergeria em ocasiões dramáticas, nas quais as instituições fundamentais da sociedade estivessem em séria ameaça. Nesse ponto de vista, o conservador não defende um ideal de sociedade (como os liberais e os socialistas), mas, pelo contrário, defende aquilo que, na sociedade atual, mantém-se indispensável.
Atualmente, mostra-se sem sentido a teoria aristocrática, uma vez que, em termos históricos, vários personagens fora da aristocracia defenderam o conservadorismo. A questão é saber se essa ideologia tem um conjunto de valores próprios (teoria autônoma) ou se seria apenas uma reação em tempos extremados (teoria situacional).
Elucidando melhor a questão, John Kekes [03] define a proposição básica do conservadorismo: a crença na existência de valores "fundacionais", ou seja, fundamentais para a sobrevivência de quaisquer comunidades políticas. São também chamados de "primários", uma vez que são derivados da própria existência da natureza humana. Os conservadores também acreditam ser necessária a preservação de certos valores "secundários", que não fazem parte da essência da natureza humana, mas são derivados dos primários e formam parte relevante da cultura de uma sociedade. Nas palavras de Coutinho (op. cit., p. 36):
"(...) os "valores primários" habitam uma universo de necessidade moral; os "valores secundários", um universo de possibilidade moral. Tal significa que é possível uma posição pluralista em que valores fundacionais são condições prioritárias para a existência dos restantes. É possível, em suma, defender mínima moralia ("mínimos morais") que, embora não determinem aquilo que os seres humanos elegem como fins últimos de vida, não se furtam a afirmar aquilo que eles, enquanto seres humanos, necessariamente não serão capazes de prescindir".
Portanto, ser conservador é acreditar, em primeiro lugar, na existência da natureza humana, própria da espécie e, portanto, imutável. Esse é o ponto essencial a ser preservado. Isso leva, inevitavelmente, a um direito natural, ou seja, a um conjunto de normas que, independentemente das condições históricas e locais, devem ser obedecidas para que a natureza humana tenha as condições para ser realizada de forma plena.
Natureza humana, entendida como o conjunto de características que todos os seres humanos têm em comum, é um conceito fortemente baseado na filosofia grega (Platão e Aristóteles) e na teologia judaico-cristã (Santo Tomás de Aquino). Sem dúvida, sua formulação foi consolidada com o cristianismo, segundo o qual "todos são iguais perante Deus". Provavelmente, essa é a principal razão segundo a qual a imensa maioria dos conservadores é cristã. Além disso, a maior parte das ideologias progressistas, liberais e socialistas, acredita na inexistência de qualquer natureza humana ou, paradoxalmente, na possibilidade de "alterá-la" para melhor.
Contudo, ultimamente, a existência da natureza humana tem sido defendida por pessoas que, nem de longe, poderiam ser classificadas como conservadoras. São os evolucionistas, que, a despeito de fundamentá-la na genética e na evolução das espécies, chegam a conclusões bastante semelhantes às mais tradicionais.
Um exemplo notável dessa tendência é o livro "Tábula Rasa - A Negação Contemporânea da Natureza Humana", escrito por Steve Pinker [04]. Em seu apêndice (p. 587-591), consta uma interessantíssima lista que enumera as características linguísticas e comportamentais presentes necessariamente em todas as sociedades humanas. Entre essas características constam: abrigo; abstração no pensamento e na fala; ações sob autocontrole distintas das não sujeitas a autocontrole; adorno corporal; afeição expressa e sentida; alavanca; ajustes ao ambiente; ambivalência; antônimos; antromorpofização; armas; arte decorativa não corporal; assassinato proscrito; assistência às crianças; atração sexual, etc.
A crença na natureza humana implica uma série de princípios morais a serem seguidos, mas, principalmente, repele qualquer alegação de relativismo moral, ou seja, de que as normas morais seriam completamente dependentes da época histórica e da sociedade e que seriam sempre "negociáveis". Mais ainda: reconhece a existência de critérios concretos para definir o que é certo e o que é errado.
Da crença na existência da natureza humana, emerge uma característica marcante do conservador: o ceticismo das promessas de um ser humano melhor. Novamente, nos valemos da lição de Coutinho (op. cit., p. 42):
"Na sua resposta, o conservador será um agente 'cético'; 'cético' porque capaz de desaconselhar a persecução do Paraíso na Terra; 'cético' porque capaz de pautar sua atividade por uma conduta humilde e prudente; mas 'cético', sobretudo, porque interessado em reconhecer a existência de um natureza humana que coloca perante o agente limites morais à sua ação. A afirmação de que os seres humanos procuram valores ou fins de vidas distintos não poderá ignorar aquilo que esses mesmos seres humanos não poderá prescindir."
4. Os dez princípios conservadores
Por outro lado, a simples crença na existência da natureza humana não tem substrato suficiente para compor uma doutrina. Para isso, é preciso um conjunto de princípios que possam originar suas diversas ramificações. Quem se incumbiu formidavelmente dessa tarefa foi Russel Kirk, que, em sua obra "The Conservative Mind", enunciou os dez princípios conservadores. Tais princípios serão, a seguir, apresentados, nos termos da tradução realizada pelo Padre Paulo Ricardo [05].
Primeiro: o conservador crê que existe uma ordem moral duradoura. Como visto, a natureza humana é uma constante e, portanto, as verdades morais são permanentes. Uma sociedade em que homens e mulheres são governados pela crença em uma ordem moral duradoura, por um forte sentido de certo e errado, por convicções pessoais sobre a justiça e a honra, será uma boa sociedade - não importa que mecanismo político se possa usar; enquanto, se uma sociedade for composta de homens e mulheres moralmente à deriva, ignorantes das normas, e voltados primariamente para a gratificação de seus apetites, ela será sempre uma má sociedade - não importa o número de seus eleitores e não importa o quanto seja progressista sua constituição formal.
Segundo: o conservador adere ao costume, à convenção e à continuidade. Os conservadores são defensores do costume, da convenção e da continuidade porque preferem o diabo conhecido ao diabo que não conhecem. Eles creem que ordem, justiça e liberdade são produtos artificiais de uma longa experiência social, o resultado de séculos de tentativas, reflexão e sacrifício. A necessidade de uma mudança prudente está na mente de um conservador. Mas a mudança necessária, advertem os conservadores, deve ser gradual e discriminativa, nunca se desvencilhando de uma só vez dos antigos cuidados.
Terceiro: os conservadores acreditam no "princípio do pré-estabelecimento". Os conservadores percebem que as pessoas atuais são anãs nos ombros de gigantes, capazes de ver mais longe do que seus ancestrais apenas por causa da grande estatura dos que nos precederam no tempo [06]. Por isto os conservadores, com frequência, enfatizam a importância do pré-estabelecimento - ou seja, as coisas estabelecidas por costume imemorial, de cujo contrário não há memória de homem que se recorde. Os conservadores argumentam que seja improvável que nós, modernos, façamos alguma grande descoberta em termos de moral, de política ou de bom gosto.
Quarto: os conservadores são guiados pelo princípio da prudência. Toda posição política deveria ser medida a partir das prováveis consequências de longo prazo, não apenas pela vantagem temporária e pela popularidade. Os progressistas e os radicais, dizem os conservadores, são imprudentes: porque eles se lançam aos seus objetivos sem dar muita importância ao risco de novos abusos, piores do que os males que esperam varrer. Sendo a sociedade humana complexa, os remédios não podem ser simples, se desejam ser eficazes. O conservador afirma que só agirá depois de uma reflexão adequada, tendo pesado as consequências.
Quinto: os conservadores prestam atenção no princípio da variedade. Eles gostam do crescente emaranhado de instituições sociais e dos modos de vida tradicionais, e isso os diferencia da uniformidade estreita e do igualitarismo entorpecente dos sistemas radicais. Em qualquer civilização, para que seja preservada uma diversidade sadia, devem sobreviver ordens e classes, diferenças em condições matérias e várias formas de desigualdade. Uma sociedade precisa de liderança honesta e capaz; e, se as diferenças naturais e institucionais forem abolidas, algum tirano ou algum bando de oligarcas desprezíveis irá rapidamente criar novas formas de desigualdade.
Sexto: os conservadores são refreados pelo princípio da imperfectibilidade. A natureza humana sofre irremediavelmente de certas falhas graves, bem conhecidas pelos conservadores. Sendo o homem imperfeito, nenhuma ordem social perfeita poderá jamais ser criada. Buscar a utopia é terminar num desastre, dizem os conservadores: nós não somos capazes de coisas perfeitas. Tudo o que podemos esperar razoavelmente é uma sociedade que seja sofrivelmente ordenada, justa e livre, na qual alguns males, desajustes e desprazeres continuarão a se esconder.
Sétimo: os conservadores estão convencidos de que liberdade e propriedade estão intimamente ligadas. Separe a propriedade do domínio privado e Leviatã se tornará o mestre de tudo. Sobre o fundamento da propriedade privada, construíram-se grandes civilizações. Quanto mais se espalhar o domínio da propriedade privada, tanto mais a nação será estável e produtiva. Os conservadores defendem que o nivelamento econômico não é progresso econômico. Aquisição e gasto não são as finalidades principais da existência humana; mas deve-se desejar uma sólida base econômica para a pessoa, a família e o estado.
Oitavo: os conservadores promovem comunidades voluntárias, assim como se opõem ao coletivismo involuntário. Uma nação não é mais forte do que as numerosas pequenas comunidades pelas quais é composta. Uma administração central, ou um grupo seleto de administradores e servidores públicos, por mais bem intencionado e bem treinado que seja, não pode produzir justiça, prosperidade e tranquilidade para uma massa de homens e mulheres privada de suas responsabilidades de outrora. Essa experiência já foi feita; e foi desastrosa. É a realização de nossos deveres em comunidade que nos ensina a prudência, a eficiência e a caridade.
Nono: o conservador percebe a necessidade de uma prudente contenção do poder e das paixões humanas. Sabendo que a natureza humana é uma mistura do bem e do mal, o conservador não coloca sua confiança na mera benevolência dos governantes. Restrições constitucionais, freios e contrapesos políticos (checks and balances), correta coerção das leis, a rede tradicional e intricada de contenções sobre a vontade e o apetite - tudo isso o conservador aprova como instrumento de liberdade e de ordem. Um governo justo mantém uma tensão saudável entre as reivindicações da autoridade e as reivindicações da liberdade.
Décimo: o pensador conservador compreende que a estabilidade e a mudança devem ser reconhecidas e reconciliadas em uma sociedade robusta. O conservador não se opõe ao aprimoramento da sociedade, embora ele tenha suas dúvidas sobre a existência de qualquer força parecida com um místico Progresso, com P maiúsculo, em ação no mundo. Ele pensa que o progressista e o radical, cegos aos justos reclamos da Conservação, colocariam em perigo a herança que nos foi legada, num esforço de nos apressar na direção de um duvidoso Paraíso Terrestre. O conservador, em suma, é a favor de um razoável e moderado progresso; ele se opõe ao culto do Progresso, cujos devotos creem que tudo o que é novo é necessariamente superior a tudo o que é velho.
O último princípio requer um comentário à parte: o conservadorismo não se opõe à mudança e ao progresso, mas apenas é prudente com relação a eles. Sabe, em primeiro lugar, que qualquer mudança deve ser detidamente examinada com prudência, sem a ilusão de que a simples circunstância de ser "novidade" não faz uma ideia melhor que suas antecessoras. Sabe-se que a sede desenfreada de mudança provocou desastres humanitários como a Revolução Francesa e a Revolução Russa. Além disso, a natureza humana impõe que determinadas valores sejam definitivamente preservados, ou seja, protegidos de quaisquer "medidas tendentes a aboli-los" [07].
Portanto, não se pode identificar o conservador com o reacionário, aquele cuja postura implica contrariedade a qualquer mudança. O conservador aceita a mudança; apenas requer que ela seja prudente, gradual e tenha deferência por determinados valores fundamentais.
5. O ponto de vista conservador sobre os assuntos atuais
Todos esses princípios conservadores desdobram-se em diversas considerações sobre os temas mais importantes da atualidade. Esse conjunto de ponderações forma o que poderia ser chamado de "ideologia conservadora". Não é um dogma, uma "bíblia conservadora", mas apenas uma coletânea daquilo que é adotado pela maioria das pessoas que aderem a essa forma de pensar. A seguir, serão enumeradas as posições conservadoras mais proeminentes [08].
Estado laico não significa Estado ateu: a Constituição Federal nunca teve a intenção de excluir a religião da vida pública. Pelo contrário. No preâmbulo, faz referência implícita ao cristianismo ("sob a proteção de Deus") e ainda concede imunidade tributária aos "templos de qualquer culto" (art. 150, VI, b). A única restrição refere-se à vinculação estatal com "cultos religiosos ou igrejas", mesmo assim com a ressalva da "colaboração de interesse público". Portanto, iniciativas que pretendem excluir qualquer forma de religiosidade dos espaços públicos (como a colocação de crucifixos) são um atentado à liberdade de religião.
As drogas devem continuar banidas: o movimento de legalização das drogas incorre em uma contradição insolúvel - defendem-na em nome da liberdade individual, mas é sabido que seu consumo provavelmente levará ao vício, que é a ausência total de liberdade! O efeito da legalização seria principalmente aumentar de modo drástico o consumo dessas substâncias. Um dos mitos a esse respeito é que a repressão não funciona: nos Estados Unidos, em 1979, 14,1% da população havia usado drogas ilícitas; em 2006, depois de anos de combate, o percentual diminuiu para 8,3 [09].
Os empreendedores são a força vital da economia do País e merecem cada centavo do que ganham: basta ver a propaganda política para perceber como os empresários são demonizados. São costumeiramente vilipendiados e considerados culpados pelos males da nação. [10] Porém, são eles que tomam os riscos: podem quebrar e podem ficar ricos ou, mais costumeiramente, em algum lugar no meio. Mais ainda: foi demonstrado que o empresário brasileiro é o campeão mundial em horas trabalhadas para pagar o Fisco - 2.600 horas por anos, contra, por exemplo, apenas 63 horas na Suíça [11]. Nossa prosperidade depende essencialmente daqueles que são mais atacados. Boa parte disso pode ser simplesmente explicado por um sentimento que ninguém admite ser portador: a inveja [12].
As cotas raciais são um erro: qualquer privilégio dado a uma categoria de pessoas em detrimento às outras é uma grave lesão ao princípio constitucional da igualdade. No caso das cotas raciais, a lesão é ainda mais grave, pois o Brasil não é um País racista - não há movimentos que defendam a "supremacia branca", nem nenhuma publicação nesse sentido; também nunca houve leis segregacionistas [13]. Além disso, a imposição da política de cotas a todas as situações sociais (como pretende o projeto de lei chamado "Estatuto da Igualdade Racial") tem um enorme potencial de criar tensões sociais, principalmente devido ao ressentimento daqueles prejudicados por essa política [14].
Os pais devem ter o direito de educar seus filhos em casa: é do conhecimento geral a falência do ensino brasileiro. Mesmo as escolas particulares têm desempenho pífio nos exames internacionais. Também é bastante conhecido o fato de que boa parte dos professores brasileiros tem se importado muito mais com a doutrinação ideológica (usando o famoso lema "formar cidadãos") do que com a educação propriamente dita. Por isso, e considerando a liberdade de consciência de cada um, os pais devem ter a permissão para educar os filhos em casa (chamado de homeschooling). O Estado poderia exigir apenas que as crianças e os adolescentes sejam submetidos a testes de proficiência em determinadas matérias, para verificar a qualidade do ensino dado em casa.
Cada pessoa é a única responsável por seu destino: está na moda falar de "responsabilidade social", como se cada pessoa fosse responsável pelo destino de todas as outras e cada um tivesse que pagar seu "débito social". Por outro lado, também está em voga retirar a pessoa da responsabilidade por seus próprios atos, como se todos fossem inimputáveis. Exemplos disso são as constantes intervenções nas relações privadas (como a recente proibição de venda de aspirinas nos balcões de farmácia) e os processos de fumantes (conscientes dos danos causados pelo fumo) contra os fabricantes de cigarros. Retirar da pessoa a responsabilidade por seus próprios atos não é apenas imoral, mas também afeta profundamente sua dignidade como ser humano.
Deve haver "tolerância zero" contra a criminalidade: um dos efeitos da "desresponsabilização individual" é a crença romântica (para ser mais preciso, marxista) de que os criminosos são vítimas da sociedade e que, por isso, precisam ser protegidos ao extremo. Trata-se de uma nítida inversão de valores: os indivíduos honestos da sociedade passam a ser considerados culpados pelos crimes dos desonestos. Combater o crime significa salvar vidas e proteger pessoas inocentes. Para a sua diminuição drástica, não é necessário que o Brasil seja transformado em um "paraíso social-democrata"; basta a aplicação de uma velha fórmula testada e aprovada em diversos lugares (inclusive em São Paulo): cumprimento integral da lei, com mais policiamento e mais vagas nos presídios. Além disso, é preciso que a Justiça, a Polícia e o Ministério Público sejam geridos de forma eficiente, sem inquéritos e processos que se delongam indefinidamente.
Os cidadãos honestos devem ter o direito de portar armas: desde a promulgação do Estatuto do Desarmamento, em 2003, tem sido realizada uma intensa campanha que vincula a quantidade de armas de fogo com a ocorrência de crimes violentos. Essa vinculação é simplesmente falsa, uma vez que países com número de armas por habitante bem maior que o Brasil (Estados Unidos, Finlândia e França, por exemplo), têm níveis de homicídio significativamente menores. Além disso, existem pesquisas consistentes indicando exatamente o contrário: quanto mais armas existem, menor é a criminalidade [15].
O Estado de Direito não pode ser submetido aos desejos de determinados grupos: nos Estados Unidos, os conservadores distinguem-se dos esquerdistas (chamados de liberals) principalmente no tocante à atitude perante a lei. Os primeiros acreditam que a lei, mesmo ruim, deve ser cumprida, uma vez que é vinculante para todos. Os últimos distorcem o sentido da lei ou mesmo a desobedecem frontalmente em nome do que consideram mais justo para a sociedade. Na verdade, os esquerdistas querem impor sua particular visão de mundo para os outros. No Brasil, são exemplos nítidos: o Movimento dos Sem-Terra, que constantemente desprezam a lei em nome de uma "sociedade melhor"; e os juristas que distorcem o sentido da Constituição para adequá-la ao que consideram ser mais justo - é a famosa doutrina da "mutação constitucional".
O aborto, em qualquer fase da gestão, deve ser mantido como crime: qual é a essência do ser humano? Para os religiosos, a alma; para os materialistas, a carga genética. Nos dois pontos de vista, é inegável que a vida humana começa na concepção e deve ser, a partir desse momento, protegida. A argumentação abortista falha ao relacionar o direito à vida com circunstâncias meramente acidentais à própria vida, como a sua viabilidade; a possibilidade de sentir dor; a dependência do corpo materno; e mesmo a existência da consciência de si mesmos [16]. Aparentemente, só teria direito à vida o ser humano "completo", que tenha, efetivamente, todas as potencialidades da espécie humana. Enfim: o argumento da liberdade da mulher sobre o próprio corpo esbarra em seu equivalente - o direito do nascituro ao seu próprio corpo, mais ainda, à sua própria existência.
A família tradicional é a base de qualquer sociedade e seu desmantelamento tem provocado efeitos extremamente danosos: é bem sabido que a família chamada de tradicional (formada por pai, mãe e filhos) está em franca decadência, sendo considerada por muito como ultrapassada. Porém, quase nada é falado quanto aos "efeitos colaterais" desse processo: aumento dramático da criminalidade juvenil (é notável que quase todos os adolescentes infratores presos não tenham sido criados pelos pais); crescimento, também dramático, de infecção por doenças sexualmente transmissíveis e, de forma colateral, de gravidez na adolescência; aumento também dos crimes sexuais (chama a atenção que um menina criada sem o pai tem várias vezes mais chances de ser violentada) [17]. Finalmente, as recentes pesquisas sobre felicidade têm demonstrado que a vida em família é um componente essencial para o bem-estar do indivíduo [18]. Nesse sentido, é preciso estimular o casamento (uniões informais são bem mais propensas ao desfazimento) e manter as formalidades legais para o divórcio que, muitas vezes, terminam por desestimulá-lo (ao contrário do que prevê o bizarro projeto do "divórcio on line", feito pela internet e sem necessidade de tempo mínimo de separação).
Bibliografia
CARVALHO, Olavo de. Os mais excluídos dos excluídos. O silêncio dos mortos como modelo dos vivos proibidos de falar. In O Futuro do Pensamento
Brasileiro: Estudos sobre o nosso lugar no mundo.
2a. edição. Rio de Janeiro, Faculdade da Cidade Editora, 1997, pp. 82-111.
COUTINHO, João Pereira. Em busca de equilíbrio. In Dicta e Contradicta, n. 3 (junho de 2009), p. 32-42.
HUNTINGTON, Samuel. Conservatism as an ideology. The American Political Science Review, Vol. 51, No. 2 (Jun., 1957), pp. 454-473. Published by: American Political Science Association.
KEKES, John. A case for conservatism. Cornell University Press (March 2001).
KIRK, Russel. The conservative mind. BN Publishing, 2008.
LAGE, Janaina. Empresário brasileiro é o que mais trabalha para pagar impostos no mundo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u621281.shtml. Acesso em 14 de setembro de 2009.
LAYARD, Richard. Felicidade. Lições de uma nova ciência. Rio de Janeiro: Bestseller, 2006.
LOTT Jr., John R. More guns, less crimes. Understanding crime and guns control laws. University Of Chicago Press; 1st edition (June 15, 2000).
MORA, Gonzalo Fernandez de la. Egalitarian Envy: the Political Foundations of Social Justice. Lincoln: IUniverse, 2000.
PINKER, Steve. Tábula Rasa - A Negação Contemporânea da Natureza Humana. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
RICARDO, Padre Paulo. Dez princípios conservadores. Disponível em: http://www.padrepauloricardo.org/site/wp-content/uploads/2009/07/Dez_principios_conservadores_Russel_Kirk_Traducao.pdf. Acessado em 2 de setembro de 2009.
SINGER, Peter. Ética prática. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
SOWELL, Thomas. Ação afirmativa ao redor do mundo: um estudo empírico. Rio de Janeiro: Univer Cidade, 2005.
VALETINO, Phil. The conservative´s handbook. Nashville: Cumberland House, 2003.

Notas
  1. Trecho baseado no artigo "Em busca do equilíbrio", de João Pereira Coutinho. Revista Dicta e Contradicta, n. 3, junho de 2009, p. 32-42.
  2. "Conservatism as an ideology". The American Political Science Review, Vol. 51, No. 2 (Jun., 1957), pp. 454-473. Published by: American Political Science Association.
  3. "A case for conservatism". Cornell University Press (March 2001).
  4. Companhia das Letras, 2004.
  5. Dez princípios conservadores. Disponível em: http://www.padrepauloricardo.org/site/wp-content/uploads/2009/07/Dez_principios_conservadores_Russel_Kirk_Traducao.pdf. Acessado em 2 de setembro de 2009.
  6. Em interessantíssimo texto, Olavo de Carvalho argumenta que, em meio a tantas "minorias" que reclamam seus "direitos", há uma categoria de pessoas totalmente excluída do diálogo atual: os mortos. Consideramos que somos superiores a nossos antepassados pelo simples motivo de sucedermos a eles. Com essa mentalidade, toda a tradição é relegada, tida simplesmente por ultrapassada. Cf.: Os mais excluídos dos excluídos. O silêncio dos mortos como modelo dos vivos proibidos de falar. In O Futuro do Pensamento Brasileiro: Estudos sobre o nosso lugar no mundo. 2a. edição. Rio de Janeiro, Faculdade da Cidade Editora, 1997, pp. 82-111.
  7. Esse termo é uma referência clara ao art. 60, § 4º, da Constituição Federal, que proíbe emendas constitucionais tendentes a abolir "a forma federativa de estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; os direitos e garantias fundamentais". Esses dispositivos, cujo conteúdo não pode ser restrito, são chamados de cláusulas pétreas.
  8. Trecho parcialmente baseado no livro: "The conservative's handbook. Defining the right positions on issues froam A to Z", de Phil Valentine.
  9. Op. cit., p. 70.
  10. Esse fenômeno ocorre também em nível mundial. Os empresários, de preferência "brancos de olhos azuis", foram considerados os grandes culpados pela crise de 2008. Convenientemente, nenhuma referência foi feita à significativa influência governamental na ocorrência da crise.
  11. Cf.: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u621281.shtml.
  12. Nesse sentido, cf. "Egalitarian Envy: the Political Foundations of Social Justice", de Gonzalo Fernandez de la Mora.
  13. Para deixar a questão bem clara: não se afirma a inexistência de racistas no Brasil. Eles existem aqui e em qualquer lugar do mundo. O que se afirma é a inexistência de uma cultura racista no Brasil.
  14. Cf., a esse respeito, "Ação afirmativa ao redor do mundo: um estudo empírico", de Thomas Sowell.
  15. Cf. "More guns, less crimes. Understanding crime and guns control laws.", de John R. Lott Jr.
  16. Peter Singer chega a defender que bebês de até um ano de idade não têm direito à vida, pois ainda está ausente neles a autoconsciência. Cf. "Ética Prática".
  17. "(...) estudos confirmam o dano de ser criado apenas por um dos pais. Se, por volta dos 16 anos, você vive apenas com um de seus pais biológicos, tende a sofrer mais danos que as outras crianças. Tem 50% de chances a mais de ser condenado criminalmente aos 15; o dobro de chances de deixar a escola secundária sem obter um diploma e ter um filho na adolescência e 50% de chances a mais de não fazer coisa alguma aos 20 anos. Curiosamente, não fica em melhor situação se sua mãe se casa de novo ou sua avó vai morar com vocês." (Layard, 2006, p. 81 - grifou-se).
  18. "De todos os fatores que afetam a felicidade, a vida familiar ou outro relacionamento íntimo vem em primeiro lugar" (idem, p. 207).

Alexandre Magno Fernandes Moreira Aguiar é procurador do Banco Central do Brasil em Brasília (DF), especialista em Direito Penal e Processual Penal pela Universidade Estácio de Sá, professor de Direito Penal e Processual Penal na Universidade Paulista (Unip) e nos cursos preparatórios Objetivo e Pró-Cursos.
Publicado originalmente no site Jus Navigandi - http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=13511

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