terça-feira, 29 de março de 2011

A Índia é o maior importador de armas do mundo

A Índia, com nove por cento da quota global, encabeça a lista mundial dos países importadores de armas no relatório do SIPRI, o Instituto de Pesquisa para a Paz, que tem sede em Estocolmo. O mesmo estudo mostra que os Estados Unidos e a Rússia continuam a ser os maiores exportadores. Metade das armas que foram compradas em todo o mundo entre 2006 e 2010 veio de suas fábricas.
Trinta por cento das exportações de armas neste período eram de procedência americana, que vendeu para um total de 75 países ao redor do mundo, com seus principais clientes: Coréia do Sul, Austrália e Emirados Árabes Unidos. A Rússia, entretanto, ganhou 23% das vendas globais de armas e tem na Índia e China, que são os dois maiores importadores de armas no período de 2006 a 2010, como seus melhores clientes. Segundo o SIPRI, nos próximos anos, a Índia vai continuar a assumir esse papel de liderança, tendo em conta os seus objetivos de investimento de 50 bilhões de dólares nos próximos cinco anos na modernização das suas forças armadas.
Entre os principais projetos incluem a compra de 126 aviões de combate, a remodelação da frota de Mirage, a adição de 10 aeronaves C-17 Globemaster III, 600 helicópteros, seis submarinos de nova geração. Além disso, a Índia está negociando com a Rússia para criar um programa conjunto de  aviões de combate (Sukhoi-50 ou PAK-FA-T50) da quinta geração, da qual Nova Délhi, comprará entre 250 e 300 unidades. Para Siemon Wezeman, membro analista do SIPRI, as importações indianas têm sobretudo a ver “com a sua rivalidade com o Paquistão e a China e com as questões de segurança interna. A Índia exige (dos vendedores) transferência de tecnologia para desenvolver sua indústria bélica.” A Rússia fornece 82 por cento das armas importadas pela Índia. Reino Unido e Israel são os outros dois principais fornecedores de armas à China.
O volume total
O volume de vendas de armas em todo o mundo cresceu 24% em cinco anos, em comparação com o período anterior (2001-2005). As 100 maiores fabricantes de armas no mundo, exceto a China, em 2009, venderam armas no valor de Us$ 401 bilhões, as vendas combinadas das 100 empresas aumentou em 14,8 bilhões de dólares em 2009 em comparação a 2008, representando um crescimento de 8%.
Depois da Rússia, que tem dois terços de suas exportações para a Ásia com a China como um grande comprador, foi o terceiro maior exportador de armas da Alemanha no mundo, com 11% das vendas totais.  No período anterior foi de 7%. Sua posição foi reforçada pela venda de fragatas e submarinos.  Os principais mercados da Alemanha nesse período foram a Grécia, África do Sul e Turquia. A França reserva-se o quarto no ranking, com 7% do total, seguido pela Grã-Bretanha, que ocupa o quinto lugar com uma quota de mercado de 4%.
Na América Latina, o Chile foi o maior importador de armas durante esse período eo décimo primeiro maior importador de armas no mundo. Outro grande país importador da região foi a Venezuela.
FONTE: Defensa.com via Forças Terrestres

Direita avança na França

A votação deste domingo renovou metade dos conselheiros dos 95 departamentos que formam os Conselhos Gerais do país, responsáveis por políticas públicas como saúde, transportes e educação.
O partido Frente Nacional, liderado por Marine Le Pen, conquistou 11,64% de votos e duas cadeiras, fato inédito. O Partido Socialista se manteve na liderança com 50,23 % de vozes e o UMP, do governo obteve 35,56% de votos. Este resultado representa uma derrota política para o presidente Nicolas Sarkozy, especialmente neste momento, quando as pesquisas indicam que Marine Le Pen teria mais votos do que ele nas presidenciais de 2012.
O professor de Ciências Políticas da Sorbonne, Stéphane Montclaire, não considera que os resultados desta votação cantonal representem uma projeção das próximas eleições para a presidência; mas ele concorda que os votos da Frente Nacional, ao contrário de um voto de adesão às ideias do partido, é uma sanção à política do atual governo: "Para que seja um voto de adesão, seria necessário que cada eleitor da Frente Nacional conheça o programa do partido, o que não é o caso para este partido, nem para os outros. O voto do FN se explica por um capital de simpatia popular e também por um comportamento de contestação da oferta política do atual governo", diz o analista , lembrando que 25% dos eleitores que votaram para o presidente Nicolas Sarkozy nas presidenciais de 2007, votaram para a Frente Nacional neste domingo.
FONTE:RFI

sexta-feira, 18 de março de 2011

Potências atacarão Líbia em ‘algumas horas’, diz França




A França deve enviar para as missões na Líbia seus caças Mirage 2000. (Foto: Armée de L'Air)
O ataque militar autorizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) contra as forças do ditador da Líbia, Muamar Kadafi, deve começar ‘em algumas horas’, afirmou nesta sexta-feira, 18, o porta-voz do governo francês, François Baroin, em entrevista à rede RTL. O governo britânico ordenou à cúpula militar que finalize o plano para impor uma zona de exclusão aérea na Líbia e a Força Aérea Britânica (RAF, na sigla em inglês) está de prontidão, disse o primeiro ministro David Cameron. Na noite de quinta-feira, 17, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que autoriza o uso de “todos os meios necessários” para proteger os civis das tropas leais a Kadafi.
Fontes diplomáticas francesas disseram que a ação incluirá a participação da França, Grã-Bretanha, Noruega, Suécia e possivelmente os EUA e uma ou mais nações árabes.
Caças Tornado GR4 da RAF deverão ser as primeiras aeronaves utilizadas na missão.
Os caças Tornados da RAF devem ser os primeiros a atacar a defesa antiaérea de Kadafi. Os aviões, baseados na Escócia e em Norfolk, cidade no leste da Inglaterra, utilizariam bases no sul da França ou no Chipre. O Canadá também ofereceu seis caças CF-18 para a operação.
Caças Typhoon da RAF também serão utilizados nas patrulhas aéreas sobre a Líbia.
O primeiro ministro britânico confirmou nesta sexta a participação do Reino Unido na operação de intervenção na Líbia. David Cameron frizou, entretanto, que a resolução aprovada ontem pela ONU exclui o envio de tropas de ocupação no país. O Reino Unido já acionou as aeronaves Tornado e Typhoon, que serão realocadas para outras bases durante a operação.
O porta-aviões italiano Giuseppe Garibaldi já está seguindo para costa Líbia, possivelmente com caças Harrier a bordo.
A Itália, por sua vez, disponibilizou suas bases militares para garantir o cumprimento da resolução, segundo a Reuters. A base aérea de Sigonella, na Sicília, que fornece apoio logístico à Sexta Frota do Estados Unidos, é uma das bases da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) mais próximas à Líbia e poderá ser usada na ação.
A França deve usar também seus caças Rafale, os quais a Líbia era um potencial cliente de exportação do modelo francês.
“É um desenvolvimento positivo”, afirmou uma fonte italiana após a sessão do Conselho de Segurança. Questionada sobre se a Itália iria oferecer suas bases para a aplicação da resolução da ONU, a fonte disse: “Sim, dissemos que estamos prontos para fazê-lo”.
O Egito começou a fornecer armas de pequeno porte, como rifles e munição, para rebeldes no leste da Líbia, com o aval dos Estados Unidos, segundo o The Wall Street Journal. É o primeiro esforço conhecido de um governo estrangeiro para armar a oposição a Kadafi.
A votação
Dez dos 15 países-membros do Conselho de Segurança votaram a favor da resolução que autoriza a aplicação de uma zona de exclusão aérea de forma imediata e qualquer medida adicional – menos uma incursão terrestre – para impedir ataques que possam resultar na morte de civis. Eram necessários ao menos nove votos favoráveis, sem nenhum veto. O Brasil se absteve da votação, assim como Alemanha, Índia, China e Rússia.
A embaixadora brasileira na ONU, Maria Luiza Viotti, atribuiu a abstenção do país ao texto da resolução. “As medidas adotadas podem causar mais danos do que benefícios. Mas não significa uma aceitação do comportamento do governo líbio”, disse. Além disso, segundo a representante brasileira os movimentos no mundo árabe têm crescido internamente, e uma intervenção externa alteraria esta narrativa, tendo repercussões na Líbia e em outros países.
As negociações estiveram sob o comando da França, da Grã-Bretanha e do Líbano. Os EUA envolveram-se mais intensivamente nos últimos dias depois que a Liga Árabe e a União Africana se posicionaram a favor da zona de exclusão aérea. O desafio, ao longo dos últimos dois dias, foi convencer a China e a Rússia a não vetar a resolução.
EUA cogitam treinar rebeldes
Na avaliação de alguns países, mesmo a zona de exclusão aérea não será suficiente. A embaixadora dos EUA junto à ONU, Susan Rice, disse antes da votação que talvez sejam necessárias medidas ainda mais restritivas para conter o regime líbio. Os EUA e seus aliados poderiam também enviar militares para assessorar e treinar os rebeldes, disse um oficial americano.
Demonstrando a importância da questão para a França, o próprio chanceler Alain Juppé compareceu ao conselho em Nova York e disse que a “obrigação dos franceses não é dar lições, mas ajudar as pessoas a decidir seu futuro. A situação na Líbia é alarmante. Não podemos abandonar a população civil diante da repressão. Temos pouco tempo. É uma questão de dias. Ou mesmo de horas. Cada hora que passa, aumenta o peso sobre os nossos ombros. Não podemos atuar tardiamente”.
Kadafi ameaça
Minutos depois de a ONU aprovar a intervenção, Kadafi disse que a decisão do órgão é “um ato flagrante de colonização” ilegal. Isso é loucura, insanidade, arrogância. Se o mundo enlouquecer, enlouqueceremos junto. Vamos responder. Faremos de sua vida um inferno, porque estão fazendo isso da nossa. Eles nunca terão paz”, disse o ditador ao canal português RTP.
Mais cedo, o ditador, que está há 40 anos no poder, já havia dito que suas forças estavam prontas para atacar Benghazi, principal reduto rebelde. “Está decidido. Estamos chegando. Não teremos misericórdia”.
Fonte: CAVOK

sexta-feira, 4 de março de 2011

Alckmin é do Opus Dei

Em diálogos com diplomatas americanos, tucanos afirmaram que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pertencia ao Opus Dei, umas das prelazias mais conservadoras do catolicismo. As declarações partiram de membros do PSDB de São Paulo, entre eles o secretário de Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante a campanha eleitoral de 2006.
As informações foram reveladas pelo site Wikileaks e publicadas na edição desta sexta-feira, 4, do jornal “A Folha de S. Paulo”. De acordo com o telegrama obtido, os tucanos disseram ainda que não se empenhariam na campanha de Alckmin à presidência da República, e teriam definido o atual governador como “caipira” e sem visão nacional.
Questionado sobre o teor das conversas, o Alckmin minimizou as informações. “Pelo jeito, os brasileiros nos Estados Unidos não deram muita bola, porque eu ganhei a eleição nos Estados Unidos. Aliás eu ganhei na maioria dos países da América Latina”, brincou. Para o governador, o assunto já está “superado”. “Vamos olhar para a frente. Pé na estrada e servir o povo.”
ESTADÃO

3 de março de 2000 - Pinochet volta ao Chile

Depois de quase 17 meses em que esteve detido na Grã-Betanha, o ex-ditador chileno Augusto Pinochet (na época com 84 anos), foi o pivô de uma crise política já ao desembarcar em uma base aérea de Santiago, em meio ao entusiasmo de seus seguidores, à satisfação das Forças Armadas e ao constrangimento do governo do Chile. Acusado pela tortura e morte de adversários do seu regime, Pinochet pôde deixar Londres porque o governo britânico considerou que ele não tinha condições mentais para ser extraditado e julgado na Espanha pelos crimes cometidos.
http://www.jblog.com.br/media/57/20110303-pinochet.jpg

O presidente eleito, Ricardo Lagos, que ainda não tinha tomado posse no dia em que viu o ex-ditador colocar os pés novamente em solo chileno, condenou a recepção festiva preparada por chefes militares, líderes de partidos de direita e empresários. “Os interesses do país exigiram comedimento. As cenas que vimos na TV não ajudam ao Chile. Isto tinha que ter sido levado em conta pelas pessoas envolvidas”, disse o novo líder do país, acrescentando que não permitiria manifestações semelhantes por parte dos militares quando passasse a ocupar seu posto como Chefe de Estado. O secretário-geral da Presidência foi mais longe. José Miguel Insulza, que seria o futuro ministro do Interior do governo Lagos, disse que a recepção festiva dada a Pinochet “lembrou a entrada de tropas nazistas em certas cidades na Segunda Guerra”.

Pinochet deixou o avião das Forças Armadas numa cadeira de rodas, mas assim que foi baixada à pista, ele se pôs de pé e, apoiado numa bengala, caminhou até um grupo de parentes, amigos e admiradores que o saudavam acenando bandeiras do Chile ao som da mais importante banda militar do país. Apesar da sua aparência frágil, a relativa desenvoltura demonstrada por Pinochet chamou a atenção assim como as observações dos seus parentes sobre sua impressionante recuperação a bordo do avião da Força Aérea chilena, que diziam ter visto o general se recuperar brilhantemente assim que deixou a Inglaterra.

Na volta à pátria, Pinochet encontrou 60 queixas criminais contra ele. Todas perseguindo um objetivo comum: julgá-lo por seus crimes graves cometidos durante os 17 anos de sua ditadura que teve início em 1973, com o golpe de Estado que causou a morte do ex-presidente Salvador Allende; e terminou em 1990, quando uma onda de protestos populares o impediu de tentar a reeleição.
Jornal do Brasil

Último veterano americano da Primeira Guerra Mundial morre aos 110 anos

Frank Buckles, considerado o último veterano americano da Primeira Guerra Mundial, morreu aos 110 anos, segundo a imprensa dos EUA nesta segunda-feira (28).

Em depoimento ao jornal americano "The Washington Post", a filha de Buckles disse que ele morreu neste domingo em sua fazenda em Virgínia Ocidental.
Frank Buckles no Exército Americano durante a Primeira Guerra.


Buckles comemorou seu aniversário de 110 anos no último dia 1º de fevereiro. Ele se juntou ao Exército aos 16 anos. Natural de Missouri, Buckles estava entre os cerca de cinco milhões de americanos que, entre 1917 e 1918, participaram da Primeira Guerra Mundial.

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Buckles foi motorista de ambulância durante a guerra. Em 1941, enquanto trabalhava como civil em Manila, nas Filipinas, foi capturado pelos invasores japoneses e mantido preso por 38 meses durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo o "The Washington Post", com a morte de Buckles, um australiano de 109 anos e uma britânica de 110 anos são considerados os últimos sobreviventes dos 65 milhões de pessoas que serviram na guerra entre 1914 e 1918.
Fonte: UOL