segunda-feira, 29 de março de 2010

O trenzinho da Cantareira

DA WIKIPEDIA

O Tramway da Cantareira era uma linha urbana de trens na cidade de São Paulo. Começou como um ramal da E. F. Sorocabana, aberto em 1893 partindo da Rua João Teodoro, para transporte de materiais que seriam utilizados na construção da Adutora Cantareira. Este trecho ia um pouco além do que é hoje o bairro do Tremembé em São Paulo. Utilizava uma locomotiva movida a lenha.

Pouco tempo depois de aberto começaram também a transportar passageiros para os bairros da periferia de São Paulo. No ano de 1907 construíram uma estação no Parque Dom Pedro II. Em 1908 iniciaram a construção do ramal Guapira que chegava até o Asilo dos Inválidos (ainda ativo Hospital Geriátrico e de Convalescentes D. Pedro II) no Guapira, atual bairro do Jaçanã, imortalizado na canção de Adoniran Barbosa (Trem das Onze). Os ramais da linha se dividiam na estação do Areal que ficava em frente da antiga Casa de Detenção onde está hoje a estação Carandiru do metrô.

Somente em 1913 foi aberta a primeira estação intermediária, Tucuruvi, e aos poucos outras estações passaram a ser abertas ao longo das linhas. Em 1915 chegou até Guarulhos. No ramal para Guarulhos existiam as seguintes estações: Areal, Carandiru, Paulicéia, Parada Inglesa, Tucuruvi, Vila Mazzei, Jaçanã, Vila Galvão, Gopoúva, Guarulhos e em 1947 este ramal foi estendido até o aeroporto militar de Cumbica. Ainda em 1947 a bitola da linha ampliada de 60 cm para 1 m. O ramal para o Horto Florestal tinha as seguintes estações: Areal, Santana, Santa Terezinha, Mandaqui, Tremembé e Horto Florestal.

Em 1964, começou o desmonte da linha, foi suprimido o trecho entre a estação Tamanduatei e a primeira estação Areal, um ano depois o trecho Areal - Guarulhos foi suprimido. Os trilhos foram retirados logo depois e as estações foram demolidas. Nos dias de hoje, grandes avenidas e o Metrô passam pelo antigo traçado.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Trenzinho_da_Cantareira

terça-feira, 2 de março de 2010

Elvis Presley - Sweet Sweet Spirit



There's a sweet sweet spirit in this place
And I know that it's the spirit of the Lord

There are sweet expressions on each face
And I know they feel the presence of the Lord

Sweet Holy Spirit
Sweet heavenly dove
Stay right here with us
Filling us with your love
And for these blessings
We lift our hearts in praise (hearts in praise)
Without a doubt we'll know that we have been revived
When we shall leave this place

Elvis Presley - Why Me Lord

Direita, volver

Revista ISTOÉ


Direita, volver
Ele é a favor da pena de morte e da prisão perpétua, promete rever o Bolsa Família, é contra a universidade pública gratuita e quer o seu voto para ser o próximo presidente do Brasil
Alan Rodrigues 

LEGALISTA
Mário Oliveira diz querer governar sob o “império da lei”


A poucas semanas do aniversário de 25 anos do fim da ditadura militar que governou o Brasil por duas décadas, o ex-soldado e hoje advogado Mário de Oliveira Filho prepara-se para lançar o programa de governo de sua pré-candidatura à Presidência da República pelo Partido Trabalhista do Brasil, o PTdoB. O documento de 89 páginas é uma compilação de propostas e conceitos ideológicos polêmicos que, antes mesmo de ser divulgado oficialmente, tem aglutinado em torno do pré-candidato simpatizantes do golpe de 1º de abril de 1964, militares da ativa e da reserva, policiais que tiveram participação direta nos órgãos de repressão e empresários que admiram a história e a capacidade intelectual de Oliveira, um filho de ferroviário que atingiu o auge de sua carreira como executivo da área internacional da Construtora Norberto Odebrecht. Oliveira tem cativado a atenção desse grupo heterogêneo por defender posições marcadamente conservadoras. Entre suas principais propostas está a implantação imediata da pena de morte, da prisão perpétua, o fim do ensino público gratuito, a extinção das cotas para negros e índios nas universidades federais e a manutenção da jornada de trabalho de 44 horas. “Vivemos uma situação de guerra. Essa alternativa é para acabar já com a violência que tomou conta do País”, diz Oliveira. “Governarei sob o império da lei.”

O pré-candidato do PTdoB também é contra o principal programa de distribuição de renda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Bolsa Família. Para ele, é um erro grave do governo conceder benefícios financeiros a pessoas que não trabalham. “Vou colocar esse pessoal para trabalhar em frentes de reflorestamento que pretendo abrir no Nordeste.” Em seu governo a reforma agrária seria extinta e o MST seria tratado como uma quadrilha. “Não há necessidade de reforma agrária no Brasil e o MST é composto por bandidos”, afirma ele, pausadamente, em um tom de voz sereno. As propostas de Oliveira têm encontrado eco junto a uma parcela da população brasileira que não se vê mais representada pela crescente polarização partidária do cenário político brasileiro. Apesar das diferenças programáticas e, em alguns casos, ideológicas, tanto o PT quanto o PSDB têm seus quadros formados por políticos que combateram, em maior ou menor grau, a ditadura militar. “Existe um grande eleitorado à procura de um novo Estado”, diz a cientista política da USP Maria Socorro Souza Braga. Para ela, tanto o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quanto o do presidente Lula deixaram os setores médios da sociedade desprotegidos do “cobertor” que o Estado estendeu sobre os mais pobres. Os apoios a Oliveira têm se concentrado na internet. Seja por redes de e-mail, seja por sites ou blogs, seu nome tem sido apresentado a comunidades virtuais compostas por militares, policiais e apoiadores de toda a sorte.


Em um e-mail público, o delegado aposentado Carlos Alberto Augusto, popularmente conhecido na época da ditadura militar como “Carteira Preta” pede apoio à candidatura de Oliveira. “Ele é nacionalista de verdade, temos que mudar nosso País, tirando-o das mãos do crime organizado que está no poder”, afirma Carteira Preta, ligado diretamente ao delegado Sérgio Paranhos Fleury quando este chefiava o Deops de São Paulo na década de 70. Dentro e fora dos quartéis, Oliveira também é bem-visto. “Suas propostas de mudanças são bem centradas e podem acabar com os costumes negativos da política brasileira”, diz o general de Brigada Paulo Chagas, ex-sub-chefe do Estado Maior do Exército de Brasília entre 2004 e 2006. O site Ternuma (Terrorismo Nunca Mais), conhecido por abrigar defensores da ditadura militar, também recomenda que seus visitantes procurem conhecer melhor as propostas de Oliveira. Nessa campanha virtual, a candidatura de Oliveira já vai ganhando espaço. Referência dos “porões”, o blog Alerta Total fez uma enquete entre seus visitantes e ele ficou em segundo lugar, com 15% das intenções de voto, perdendo apenas para o candidato tucano José Serra, que foi o escolhido de 50% dos votantes. “Vamos crescer, ainda somos pouco conhecidos”, diz o presidente do PTdoB, Luiz Tibet. De fato, o partido conta com uma estrutura capenga. Com pouco mais de 125 mil filiados – o PT, por exemplo, tem mais de um milhão –, os trabalhistas têm apenas um deputado federal, 14 estaduais, oito prefeitos, 300 vereadores e nenhum senador ou governador. Pior: a legenda, que deverá seguir sozinha na corrida eleitoral, só conta com dois minutos diários de espaço na tevê e arrecada anualmente pouco mais de R$ 1 milhão.

Dinheiro, no entanto, não parece ser exatamente um problema para Oliveira, que não esconde sua boa posição financeira. Ele acredita que conquistará mais de dois milhões de seguidores e, com a ajuda deles, pretende arrecadar R$ 40 milhões. “É o valor que precisamos para vencer as eleições”, diz ele, um assíduo frequentador de bons –e caros – restaurantes, apreciador de um bom vinho e amante de ópera. Apesar da fleuma, seu berço é proletário. Seu pai foi operário da Rede Ferroviária Federal – e um ex-militante do Partido Comunista Brasileiro – e a mãe, dona de casa. Sua história de estudante é igual à de milhares de brasileiros que venceram as adversidades. Estudou em escola pública até chegar à universidade. Ex-funcionário concursado da Petrobras, Mário Oliveira é mato-grossense da cidade de Aquidauana. Sétimo filho de uma prole de nove, esteve na Rússia, viveu na Suíça e, de volta ao Brasil, se lançou na política em 2006 filiando-se ao Partido Verde, legenda que abandonou no último ano. “O PV é um partido contraditório e midiático. Ele tem todo cuidado do mundo com o macaco-prego e não ataca a questão das favelas, que é um problema de saúde pública.” Agora ele acha que fez a escolha certa indo para o PTdoB e é a partir dele que quer colocar em prática seu projeto político de se tornar presidente do Brasil.

EU VOTO NELE, SE SAIR CANDIDATO.

http://www.istoe.com.br/reportagens/51785_DIREITA+VOLVER